Com a expansão da frota eletrificada e o avanço recorde da geração solar, o país vive um momento decisivo rumo à mobilidade sustentável e inteligente.
De acordo com o Balanço Energético Nacional 2025, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME), o número de veículos eletrificados plug-in licenciados no Brasil saltou de cerca de 1,9 mil unidades em 2020 para mais de 215 mil em 2024. Só em 2024, as vendas de elétricos e híbridos cresceram mais de 80%, somando 125.624 unidades, com destaque para os modelos 100% elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV).
As projeções indicam que o país poderá ultrapassar a marca de 1 milhão de veículos eletrificados antes de 2030, impulsionado pela queda nos custos tecnológicos, maior oferta de modelos e incentivos regionais.
Enquanto isso, o setor solar brasileiro alcança um novo patamar: em 2025, o Brasil superou 55 GW de potência instalada em energia solar, tornando-se a segunda maior fonte da matriz elétrica nacional e responsável por mais de 20% da capacidade total.
Para Legname, a integração entre energia solar e veículos elétricos é o auge desse movimento — e vai muito além da simples instalação de painéis ou pontos de recarga. “A verdadeira transformação depende de sistemas inteligentes que conectem geração, consumo e operação em tempo real, permitindo que a energia solar se torne, de fato, mobilidade. É o sol se transformando em combustível limpo para veículos particulares, frotas e transporte público”, explica o executivo.
Essa sinergia descentraliza o sistema energético, amplia a autonomia das cidades e fortalece a segurança energética nacional, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis e as variações tarifárias. Trata-se, portanto, de um novo modelo híbrido de mobilidade, no qual sustentabilidade e eficiência caminham juntas.
Além de benefícios ambientais, o avanço dessa combinação gera impactos econômicos positivos: cria empregos qualificados, estimula a inovação em armazenamento e redes inteligentes, fortalece a competitividade industrial e abre espaço para novos modelos de negócio baseados em energia inteligente e serviços digitais.
O resultado é perceptível nas cidades: menos ruído, melhor qualidade do ar e avanços na saúde pública. Para Legname, o desafio está em expandir a infraestrutura de recarga, atualizar regulamentações e investir em baterias de maior capacidade, mas o ritmo atual demonstra que o país segue uma trajetória sólida rumo à transição energética.
“O futuro da mobilidade urbana será elétrico, solar e inteligente — e esse futuro já começou”, conclui o fundador da Spott. “Estamos vendo o sol mover pessoas, empresas e cidades em direção a um novo modelo de desenvolvimento. Mais do que uma tendência, é uma resposta concreta aos desafios do século XXI.”
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Mobilidade elétrica: refere-se à utilização de veículos movidos parcial ou totalmente por eletricidade, com recarga feita por rede elétrica convencional ou energia solar.
Energia solar fotovoltaica: tecnologia que converte a luz do sol em eletricidade, utilizada tanto em residências e empresas quanto em infraestrutura de recarga de veículos elétricos.
Smart grids: redes elétricas inteligentes que permitem comunicação bidirecional entre geradores e consumidores, otimizando o uso da energia e reduzindo perdas.
V2G (Vehicle-to-Grid): conceito em que veículos elétricos podem devolver energia à rede elétrica, funcionando como baterias móveis que ajudam a equilibrar a demanda.
Descentralização energética: modelo em que a geração e o consumo ocorrem de forma distribuída, com menor dependência de grandes usinas e maior autonomia local.
