A BYD celebrou nesta sexta-feira (19 de dezembro de 2025) a produção de seu 15º milionésimo veículo de nova energia (NEV), com o modelo premium Denza N8L saindo da linha de montagem em Jinan.
A BYD consolidou-se como a força dominante na transição energética global. O marco de 15 milhões de veículos produzidos é um feito impressionante, considerando que a empresa levou 13 anos para produzir seu primeiro milhão e agora entrega 5 milhões de carros em pouco mais de um ano.
O veículo que simboliza este marco é o Denza N8L, um SUV de luxo de seis lugares. Ele utiliza a plataforma e3 (e-cube), a mesma do Z9GT, permitindo tecnologias como o “modo caranguejo” e tração independente por motor em cada roda, elevando o padrão de dirigibilidade.
No Brasil, a marca vive um momento de glória. Além de ocupar a 6ª posição no ranking geral de vendas, a BYD confirmou que o país será o primeiro das Américas a receber o Megawatt Flash Charging. Esta tecnologia de 1.000 kW promete carregar 400 km de autonomia em apenas 5 minutos.
A estratégia de expansão da BYD em 2025 focou fortemente no mercado externo. Com vendas em mais de 110 países, a montadora prevê que as exportações representem 20% de seu volume total, com uma meta ousada de 1 milhão de entregas fora da China até o final do ano.
O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) atingiu níveis recordes, superando 220 bilhões de RMB acumulados. Esse capital financia inovações em baterias de lâmina (Blade Battery) e sistemas de assistência inteligente que equiparão a nova linha Denza na Europa em 2026.
A marca Denza, braço premium da BYD, estreou recentemente no Brasil durante o Salão do Automóvel de São Paulo. Com modelos como o SUV B5 e a perua de luxo Z9GT de 965 cv, a empresa mira no público que busca alto desempenho aliado à sustentabilidade.
Em termos de infraestrutura nacional, a BYD anunciou a instalação de 800 supercarregadores no Brasil até o fim de 2026. Esse movimento visa eliminar a “ansiedade de autonomia” e preparar o terreno para a produção local na fábrica de Camaçari, Bahia.
A tecnologia Super Híbrida DM continua sendo o carro-chefe para mercados em desenvolvimento. Modelos como o Song Pro e o futuro Dolphin G (o híbrido plug-in mais barato da marca) são fundamentais para democratizar a eletrificação em regiões sem rede de carga capilarizada.
Comparativamente, a BYD já produz mais veículos eletrificados do que a Tesla e a Volkswagen somadas. Essa escala industrial permite uma redução agressiva de custos, tornando os veículos elétricos competitivos mesmo sem subsídios governamentais diretos.
Pela ótica da Mecânica Online®, o grande desafio da BYD será o pós-venda diante de um crescimento tão explosivo. A manutenção de sistemas de 1.500V e módulos de carbeto de silício exige uma rede técnica altamente especializada e capacitada.
A dirigibilidade dos novos modelos, como o Z9GT, impressiona pelo uso de esterçamento nas quatro rodas e suspensão magneto-reológica DiSus-M. O carro não apenas acelera de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos, mas oferece estabilidade de “tapete voador”.
O compromisso com o “resfriamento da Terra em um grau” deixou de ser um slogan para se tornar uma realidade fabril. A cada 2,6 meses, a BYD adiciona um milhão de novos veículos eletrificados às ruas, transformando drasticamente a matriz de transporte global.
Como o Mecânica Online® foi Media Partner do Salão do Automóvel de São Paulo, confirmamos que a invasão chinesa evoluiu para uma liderança tecnológica incontestável. A BYD não está apenas vendendo carros; ela está ditando o ritmo da infraestrutura energética mundial.
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Super Híbrido DM (Dual Mode): Tecnologia exclusiva da BYD que combina um motor a combustão de alta eficiência com motores elétricos potentes. O sistema prioriza a tração elétrica e utiliza o motor térmico principalmente como gerador ou em situações de alta carga.
Megawatt Flash Charging: Sistema de recarga ultrarrápida com potência de 1 MW (1.000 kW). Utiliza alta voltagem e gerenciamento térmico avançado para carregar baterias em tempo comparável ao de um abastecimento de gasolina comum.
Plataforma e3 (e-cube): Arquitetura técnica avançada que permite a integração de três ou quatro motores independentes, possibilitando manobras complexas, vetorização de torque precisa e alta performance em veículos elétricos e híbridos de luxo.
