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Relatório de Segurança Viária de 2019 da DEKRA afirma que é possível reduzir acidentes

Praticamente todos os dias recebemos notícias relacionadas a acidentes no trânsito ou nas estradas, o que nos faz pensar nos perigos que todos vivemos nos nossos deslocamentos diários por ruas ou rodovias. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o terceiro em número de mortes no trânsito, atrás da Índia e da China.

É assustador saber que a cada hora, 5 pessoas morrem em acidentes de trânsito no Brasil, segundo números do Conselho Federal de Medicina. Infelizmente, nestes dados os menores de 15 anos são grande parte das vítimas. Para trazer mais conscientização quanto a este assunto de relevância mundial, desde 2008 a DEKRA publica o Relatório Anual de Segurança Rodoviária.

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A versão do relatório de 2019 — lançado no evento anual da DEKRA em Bruxelas, na Bélgica —, com o tema Crianças nas Estrada, demonstra que é possível baixar esses números alarmantes de acidentes fatais. Para se ter uma ideia, só na União Europeia em 2005, 1.325 menores de 15 anos morreram nas estradas; em 2017, no entanto, esse número caiu para 593.

“Isso demonstra o progresso das campanhas de prevenção na Alemanha e no restante da Europa, e outras regiões do mundo podem aprender muito com nossas experiências”, explica Clemens Klinke, membro do Conselho de Administração da DEKRA SE.

No evento, o coordenador europeu de Segurança Rodoviária, Matthew Baldwin, estimulou os países a não desistirem dos esforços para melhorarem ainda mais a segurança rodoviária: “O desafio de evitar 25 mil mortes por ano não é algo apenas aceitável, é uma meta a ser vivida”.

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Os acidentes graves de trânsito que envolvem crianças costumam ser chocantes, pois causam sofrimento às outras pessoas envolvidas no desastre e também aos familiares. De acordo com o Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington, 300 crianças com menos de 15 anos morrem todos os dias nas estradas em todo o mundo.

As razões para isso são muitas, no caso das crianças e adolescentes há falta de experiência, falta de consciência dos riscos e desatenção; já para os motoristas, envolve o desrespeito aos pedestres e demais motoristas, velocidade excessiva ou distração.

“Certamente existem inúmeras maneiras de mudar isso a longo prazo”, disse Klinke. Por isso o relatório analisa as áreas — pessoas, tecnologias e infraestruturas de veículos — onde são necessárias ações para alavancar com eficiência todo o potencial para melhorar a segurança rodoviária para crianças.

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Entre as ações de prevenções importantes está a educação em segurança viária, que preferencialmente deveria começar na idade pré-escolar. Afinal, as crianças geralmente não estão em posição de tomar a decisão certa em situações perigosas.

Além disso, outros usuários das ruas e rodovias precisam ser sensibilizados de que os comportamentos das crianças no trânsito são diferentes dos adultos.

“Todos os adultos — e os pais, acima de tudo — devem se esforçar para serem os primeiros a dar exemplo e estar conscientes de que são modelos para as crianças e, portanto, devem ser cautelosos ao atravessarem uma via ou estrada e sempre que andarem de bicicleta usar equipamentos de segurança, como capacete”, alerta Klinke.

Torna-se também fundamental — especialmente perto de jardins de infância e escolas — garantir uma infraestrutura de tráfego seguro, por meio de medidas preventivas, entre elas ruas totalmente funcionais, adequadamente iluminadas e sinalizadas e com monitoramento de velocidade.

Afinal, a velocidade de colisão em um acidente pode ter um enorme impacto na gravidade das lesões. As próprias crianças, adolescentes e jovens podem fazer várias coisas para se tornarem mais seguros ao transitar por estas vias, como vestir roupas de alto contraste com elementos retro refletivos e garantir que suas bicicletas estejam equipadas com freios e luzes que funcionem plenamente.

Uma causa comum de acidentes de trânsito é o erro humano, por exemplo, quando os motoristas estão distraídos.

Testes realizados recentemente pela DEKRA para o Relatório de Segurança Rodoviária demonstram o enorme potencial dos sistemas de freios de emergência automáticos com detecção de pedestres.

Entre os alertas do relatório da DEKRA por maior segurança nas estradas, estão:

· As crianças que viajam de carro devem usar assentos infantis adequados à idade e/ou tamanho nos veículos.
· As crianças que andam de bicicleta devem sempre usar capacete.
· As bicicletas — incluindo as infantis — devem estar equipadas com luzes ativas e passivas que funcionem plenamente, para que possam ser vistas com clareza a qualquer hora do dia ou da noite.
· Os pais devem dar aos filhos a oportunidade de adquirirem suas próprias habilidades e experiência em segurança no trânsito, de maneira apropriada à idade e ao estágio de desenvolvimento.
· Se os pais realmente não puderem levar seus filhos à escola, planejem sua rota para que não fiquem ou coloquem outras pessoas em perigo.
· Os cruzamentos, intersecções e trechos de estradas que levam a intercepções devem ser mantidos livres de qualquer coisa que possa obstruir a visibilidade.
· As medidas de velocidade máxima de 30 km/h devem sempre ser implementadas nas proximidades de escolas, jardins de infância e playgrounds.
· A educação em segurança no trânsito para menores de 15 anos — incluindo na idade pré-escolar — é absolutamente essencial para que se tornem usuários conscientes de segurança em vias de trânsito. As crianças precisam aprender as regras que se aplicam a pedestres e ciclistas.
· Os adultos devem estar sempre conscientes de que são exemplos para as crianças. Portanto, quando circularem pelas ruas, devem se comportar de maneira que as crianças possam os imitar, para que não se encontrem em situações perigosas.

Os Relatórios de Segurança Rodoviária da DEKRA — que são atualizados há 11 anos — são mais do que uma coleção de fatos sobre a insegurança no trânsito, pois fornecem subsídios para reflexões e recomendações específicas de ação para políticas públicas, especialistas em trânsito, fabricantes, instituições científicas e associações.

Eles também servem como companheiros essenciais para todos os usuários de diferentes tipos de rodovia.

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