São muitas as razões que fazem o proprietário decidir vender seu veículo. Com a atual situação do mercado, até mesmo o preço do combustível pode ser um fator a ser considerado. Às vezes, o motivo é financeiro, com a dificuldade em fazer a manutenção periódica do veículo, o financiamento que está alto ou, ainda, não conseguir quitar o IPVA.
Há também quem deseja vender por motivo estético ou funcional, trocar por um modelo mais novo, ou que tenha mais recursos que atendam aos novos desejos do proprietário.
Independente da motivação, vamos focar no estado em que se encontra o veículo em questão e o preço ofertado. Por isso, a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) é um termômetro para esse momento de venda.
A conhecida tabela da Fipe é uma referência confiável e oficial para os compradores e vendedores que buscam negociar um carro, seja ele usado ou novo. A tabela é calculada mensalmente com base em informações sobre vendas e valores de carros, motos e caminhões no território nacional, ou seja, pode sofrer grandes alterações em um curto espaço de tempo e pegar os motoristas de surpresa.
Hoje o carro zero ficou difícil para muitas pessoas, por isso, cada vez mais motoristas recorrem a carros usados em bom estado.
“Os meios para buscar compradores também são diversos: feirões, grupos nas redes sociais e sites especializados em vendas são ótimos lugares para encontrar o seminovo ideal. Ao vender ou buscar um carro seminovo, você precisa garantir que ele esteja em um bom estado”, explica o engenheiro automotivo e sócio da AutoInsp, João Pedro Lottermann, especialista no tema.
Vamos então elencar alguns pontos que podem desvalorizar o veículo:
1) Problemas estruturais: hoje, a maioria dos veículos são construídos baseados em uma estrutura principal, chamada de monobloco. Essa estrutura é fabricada com peças soldadas seguindo um critério de qualidade muito rigoroso dentro da fábrica. Qualquer intervenção nessa estrutura afeta diretamente na segurança dos ocupantes e, consequentemente, na qualidade e preço do veículo;
2) Pintura em mau estado: problemas de pintura podem depreciar bastante o valor de revenda. Veículos de cidades litorâneas costumam apresentar, com maior intensidade, manchas na pintura e nos vidros, corrosão de peças metálicas e desgaste das borrachas, causados pela maresia. Além disso, carros que ficam muito tempo estacionados ao sol, em regiões quentes, também sofrem as avarias do tempo;
3) Customizações: o mercado automotivo dá mais valor aos carros sem qualquer tipo de modificação. Quanto mais próximo da originalidade, maior é o valor ligado a ele. Por conta disso, algumas customizações exageradas são mal vistas e podem lesar o preço do modelo na hora da revenda;
4) Pendências com documentação: pendências como multas, licenciamento, IPVA e transferência de placa devem ser quitadas pelo motorista que pretende vender o carro. Caso contrário, poderá levantar desconfianças por parte do possível cliente, que ficará com receio de concluir a compra.
5) Histórico de procedência: a passagem por leilão, registro de roubo/furto e substituição de motor são itens que podem ser verificados em uma consulta do histórico de procedência. A depender da situação, podem desvalorizar até 20% do valor do veículo usado.
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