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Curitiba é a primeira cidade a testar ônibus elétrico da Volvo para a América Latina

Testes integram projeto de eletrificação da frota de ônibus da capital paranaense; meta é zerar emissões até 2050.

A Prefeitura de Curitiba lança, nesta terça-feira (29/8), o início dos testes com o ônibus 100% elétrico da Volvo. A capital é a primeira cidade da América Latina a testar o novo veículo elétrico da marca sueca. O ônibus elétrico, que ganhou a sigla XY046, vai circular, a partir da primeira quinzena de setembro, nas linhas Inter 2 e Interbairros II que transportam 135 mil pessoas por dia. Os testes devem durar ao menos 30 dias.

O prefeito Rafael Greca e o presidente da Volvo Buses América Latina, André Marques, apresentam o veículo em evento no Parque Barigui, um dos principais cartões-postais de Curitiba.

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“Com fábrica na Cidade Industrial, a Volvo é um orgulho de Curitiba e está alinhada com a missão de avançarmos no nosso projeto de eletromobilidade. Os ônibus elétricos, não poluentes e mais confortáveis para a população, são o futuro do transporte coletivo da nossa cidade”, afirma Greca.

Depois de Curitiba, a Volvo pretende testar o seu modelo elétrico em São Paulo, Santiago (Chile) e Bogotá (Colômbia).
A Volvo integra o cronograma de testes que servirão de base para o edital de compra dos ônibus elétricos de Curitiba já dentro do novo contrato de concessão do transporte coletivo da capital, a partir de 2025.

Os primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar, no entanto, já a partir de junho de 2024. Serão investidos R$ 200 milhões na primeira compra de 70 ônibus que devem ser integrados à frota do município para circular nas linhas Interbairros II e nos Ligeirinhos.

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Sem emissão de CO2 e ruídos, o ônibus elétrico é considerado o futuro da mobilidade nas grandes cidades e é uma das principais agendas do município para os próximos anos, dentro do compromisso de reduzir a emissão de poluentes.

“O objetivo é melhorar a qualidade de vida do morador de Curitiba, com um transporte coletivo eficiente, sem emissões, que percorra os trajetos em menos tempo e com uma tarifa justa”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), empresa que gerencia o transporte coletivo na capital.

O plano de eletromobilidade integra o Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba, que tem como âncora os projetos das linhas Inter 2, Interbairros II e Leste-Oeste, com financiamentos externos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do New Development Bank (NDB).

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Ônibus Volvo – O chassis elétrico BZL Volvo que entra em teste em Curitiba foi fabricado na matriz do grupo na Suécia, que centraliza a produção dos ônibus elétricos da marca. Mas a montadora adianta que os planos de produção de elétricos na fábrica da CIC estão em desenvolvimento, para atender a demanda crescente por esse tipo de veículo na América Latina.

“Curitiba é onde fica nossa fábrica e nossa sede no continente. Temos uma longa parceria com a cidade no desenvolvimento de ônibus para o sistema de transporte de passageiros, que virou referência no mundo em BRT (Bus Rapid Transit), com os articulados e biarticulados Volvo. Tenho certeza que com os ônibus elétricos seguiremos esse mesmo caminho bemsucedido”, diz André Marques, presidente da Volvo Buses na América Latina.

Com capacidade para 90 passageiros e 12,6 metros, o veículo foi desenvolvido em parceria pelas equipes do Brasil e da Suécia.

Com duas portas, e piso baixo, o veículo tem carroceria Marcopolo e entre 250 e 300 quilômetros de autonomia de bateria. Com tempo de recarga de duas a quatro horas, o veículo será carregado no período noturno. O ônibus também é equipado com sistema que reduz a velocidade automaticamente próximo a espaço de grande movimento de pessoas, como terminais, próximo a escolas, hospitais e shopping centers, por exemplo.

No teste, serão avaliados itens como o consumo de energia, cumprimento da autonomia preconizada, níveis de ruídos e o desempenho do ônibus em variadas topografias (aclives, declives e plano).

Testes – Até outubro, seis empresas devem executar testes com nove ônibus elétricos em Curitiba. Além de BYD, Eletra e Marcopolo, que já fizeram testes, e Volvo, que inicia agora, Mercedes e Higer também devem apresentar seus veículos.

Parceria – A história da Volvo praticamente se confunde com o a do transporte coletivo de Curitiba. Junto com a montadora, o município desenvolveu, há 31 anos, o ônibus biarticulado, modelo com quatro eixos, duas articulações e capaz de transportar 250 passageiros – mais que o dobro de um veículo convencional – para circular nas canaletas exclusivas. Durante a primeira gestão de Rafael Greca (1993-1996), foi realizada a remodelação do Eixo Boqueirão com implantação de estações-tubo nas paradas (embarque em nível e pagamento antecipado da tarifa) para dar início à operação dos biarticulados. Em 1995, durante a primeira gestão Rafael Greca (1993- 1996), os ônibus entraram em circulação no eixo Norte-Sul.

O biarticulado foi um dos responsáveis por popularizar o BRT (Bus Rapid Transit), sistema de canaletas exclusivas que tornou a capital paranaense referência mundial no transporte coletivo, com o seu modelo copiado em mais de 182 cidades em todo
mundo.

No Brasil, Curitiba também foi pioneira a introduzir os ônibus híbridos da marca em 2012. O projeto atual de ônibus elétricos faz parte do mais recente ciclo de investimentos da Volvo no País: R$ 1,5 bilhão, entre 2022 e 2025.

Curitiba desembarca no futuro – A mudança da matriz energética no transporte coletivo da capital vai, mais uma vez, inovar a Rede Integrada em Curitiba. É mais conforto para usuário, mais eficiência na operação e mais qualidade de vida para toda a cidade.

A eletromobilidade é o vetor do Programa de Mobilidade Sustentável de Curitiba. As obras de requalificação viária vão mudar o perfil dos itinerários de grandes linhas de carregamento: o Inter 2 e o BRT Leste-Oeste. Serão as primeiras a receber veículos elétricos, a partir de 2024.

Somados, entre recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do New Development Bank (NDB) e as contrapartidas da Prefeitura, os financiamentos alcançam U$ 227 milhões.

A meta é que no médio prazo, até 2030, 33% da frota opere com emissão zero, alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), alinhado às ações globais de sustentabilidade.

NOVO INTER 2: US$ 106,7 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) + US$ 26,7 milhões PMC.

BRT NO CORREDOR LESTE-OESTE: US$ 75 milhões do New Development Bank (NDB) + US$ 18,7 milhões da PMC.

Fazem parte das obras do programa de mobilidade:

  • Melhoria e aumento da capacidade da infraestrutura, com renovação de vias e implantação de novos terminais e estações de ônibus autossustentáveis com energia solar.
  • Modais combinados com estações e terminais de ônibus integrados a sistemas de micromobilidade (bicicletas e patinetes), car-sharing e transporte por aplicativo, além de estímulo à mobilidade ativa, com melhores condições de caminhabilidade e acessibilidade.

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