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Randoncorp firma parceria para reciclagem de areia de fundição

Unidade da Castertech, em Caxias do Sul, destina resíduo à Caxiense Fagundes como matéria-prima para a construção civil. Projeto integra meta da companhia de zerar a disposição de resíduos em aterros industriais até 2025.

Vencida a fase de estudos e planejamento e com a obtenção de licenciamento ambiental, a Randoncorp, por meio da Castertech Fundição e Tecnologia, começa a executar o projeto Ecoareia, para reciclar a areia resultante do processo de fundição.

A iniciativa tem a parceria da Caxiense Fagundes, indústria sediada em Caxias do Sul e que processa e comercializa insumos utilizados na construção civil. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) autorizou, recentemente, a Caxiense Fagundes a utilizar a ADF como matéria-prima em seu processo.

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Para marcar o início das operações do projeto Ecoareia, evento realizado nesta terça-feira (14), na unidade da Castertech, em Caxias do Sul, reuniu executivos das equipes de trabalho das empresas envolvidas na parceria.

O Ecoareia foi apresentado pela Randoncorp em 2021 como parte do Rota Verde, conjunto de metas ambientais a serem cumpridas até 2030, por meio de ações conjuntas de todas as unidades do grupo. Um dos pontos listados no Rota Verde é zerar a disposição de resíduos em aterros industriais até 2025 – e, para atingir esse objetivo, a reciclagem de areia de fundição é um passo fundamental.

Com o nome técnico de areia descartada de fundição (ADF), o produto representa mais de 70% do volume de resíduos da Castertech. Também é o item de maior volume descartado nos processos industriais da Randoncorp. A ADF é derivada de areia de sílica limpa, carvão e bentonita (argila natural), possuindo alta capacidade de compactação e, por isso, utilizada para formar os moldes de fundição de metais, principalmente aço e ferro. Após ser usada em vários ciclos, a areia perde as características originais e precisa ser descartada.

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Apenas na fundição de Caxias do Sul (RS), a Castertech gera cerca de 800 toneladas de areia ao mês. Com o Projeto Ecoareia, que começou a ser executado em meados de agosto, a Caxiense Fagundes recebe o resíduo e o reinsere na cadeia produtiva. A areia de fundição tem muita utilidade na construção civil. Por ter origem mineral, pode ser usada na base da composição da manta asfáltica em estradas e pavimentações em geral. A reutilização da areia de fundição ocorrerá como substituição parcial ao pó de brita.

Conforme explica o diretor da Castertech, Leandro Correa, inicialmente, serão destinadas ao parceiro, mensalmente, 400 toneladas de areia, cerca de metade do volume produzido pela unidade de Caxias do Sul. Para viabilizar a reciclagem, a areia precisa passar por um processo de destorroamento e remoção de partes metálicas para atender aos requisitos de matéria-prima da Caxiense Fagundes.

O desenvolvimento do projeto Ecoareia foi realizado integralmente pela Castertech, sob a coordenação do engenheiro químico e responsável técnico ambiental, Lucas Guareze. “Estamos muito felizes em contar com a experiência da Caxiense Fagundes para executar, junto conosco, uma iniciativa tão estratégica para nossos compromissos ambientais. Inicialmente, vamos conseguir destinar para a reciclagem cerca de 50% da areia de fundição, e atuamos para ampliar esse volume”, explica Correa.

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COO da Vertical Autopeças da Randoncorp, Ricardo Escoboza adianta que a companhia trabalha para ampliar a atuação sustentável em todos os processos, alinhada ao próprio ritmo acelerado de crescimento. “Também temos um grupo de trabalho fixo que estuda alternativas para reciclagem dos demais resíduos de fundição, em alinhamento a nossas diretrizes ambientais e de manutenção de uma fundição limpa e sustentável”, ressalta.

Conforme o Gerente da Caxiense Fagundes, Carlos Catuzzo Gazzola, a parceria com a Castertech é um marco estratégico, que em conjunto com outras ações como reflorestamento, reutilização da água e geração de energia limpa, compõem a política de sustentabilidade da empresa.

“O êxito deste projeto deve-se ao comprometimento das duas empresas com as condicionantes ambientais impostas, e com a realização dos investimentos necessários para garantir a qualidade total dos produtos fornecidos, além da preocupação com o futuro e a excelência de cada etapa do processo.”

O potencial de reutilização de ADF, a partir do Ecoareia, pode ser ampliado às outras unidades de fundição do grupo, que funcionam em Indaiatuba (SP) e Schroeder (SC). Com isso, a reciclagem poderia chegar a 12 mil toneladas ao ano. Para atingir o objetivo, a companhia busca parceiros em outras regiões, explica o coordenador do Comitê de Sustentabilidade da Randoncorp, Anderson Pontalti.

“Nas mais de sete décadas da Randoncorp, sempre atuamos com a responsabilidade de construir um mundo mais sustentável e ambientalmente correto. O projeto Eco Areia é estratégico para reduzir o impacto ambiental de nossas operações e temos o desafio de ampliá-lo. A reciclagem de areia de fundição não é vista de forma atrativa no mercado, pelos custos envolvidos. Mesmo assim, é um tema que está entre nossas prioridades”, destaca.

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