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Recorde em vendas de veículos eletrificados em novembro abre debate sobre o futuro da eletromobilidade

Com 17.413 emplacamentos, novembro de 2024 registra o melhor mês para veículos eletrificados no Brasil, mas o avanço dos micro-híbridos acende discussões sobre a eficácia da eletrificação.

O mercado de veículos eletrificados leves registrou recorde de vendas em novembro de 2024, com 17.413 unidades, mas a expansão de micro-híbridos reacendeu o debate sobre a real contribuição dessas tecnologias para a descarbonização.

Com crescimento de 62% em relação a novembro de 2023, o mercado brasileiro de veículos eletrificados atingiu uma nova marca histórica. Os 17.413 emplacamentos registrados no mês passado consolidaram a expectativa de que 2024 encerre com mais de 170 mil unidades vendidas, representando um aumento de 80% em comparação ao ano anterior.

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Apesar dos números positivos, o avanço de veículos micro-híbridos (MHEV) — com baixo nível de eletrificação — tem gerado discussões no setor. Ricardo Bastos, presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), questionou a contribuição real desses modelos para a descarbonização. “Alguns veículos classificados como eletrificados não têm tração elétrica e apresentam emissões de poluentes similares aos modelos convencionais. Isso realmente atende à proposta de eletromobilidade?”, indagou.

Os micro-híbridos alcançaram 11,2% das vendas de eletrificados em novembro, superando os tradicionais híbridos flex (9,1%) e híbridos convencionais (7,8%). Embora essa tecnologia apresente benefícios como economia de combustível e redução de emissões, especialistas alertam que seu impacto pode ser limitado.

O mercado de veículos plug-in, composto por 100% elétricos (BEV) e híbridos plug-in (PHEV), continua liderando com 72% das vendas. Os BEVs somaram 5.417 unidades (31,6%), enquanto os PHEVs totalizaram 6.922 (40,4%), demonstrando crescimento contínuo.

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A geografia da eletromobilidade no Brasil também revela tendências importantes. São Paulo lidera com 5.456 emplacamentos em novembro, seguido por Distrito Federal (1.197), Paraná (1.348), Santa Catarina (1.067) e Minas Gerais (1.041). Esses estados refletem uma infraestrutura mais desenvolvida e maior poder aquisitivo, fatores decisivos na adoção de eletrificados.

A singularidade do mercado brasileiro é notável. Híbridos flex, movidos a etanol ou gasolina, são exclusivos do país e têm ganhado relevância. Recentemente, os micro-híbridos flex, equipados com motores de 12V e adaptados de modelos a combustão, entraram no mercado, ampliando as opções para o consumidor.

No entanto, a comparação entre as diferentes tecnologias expõe desafios. Enquanto BEVs e PHEVs oferecem emissões zero ou reduzidas, os MHEVs e HEVs variam em eficiência e impacto ambiental. O debate se intensifica sobre como comunicar essas diferenças ao consumidor, especialmente com o avanço de modelos que podem não entregar a “experiência elétrica” esperada.

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A eletrificação no Brasil cresce, mas exige atenção para evitar distorções no conceito de sustentabilidade. Especialistas defendem que os avanços tecnológicos devem estar alinhados com uma transição efetiva para a mobilidade limpa, evitando que soluções intermediárias prejudiquem a credibilidade do mercado.

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