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Abeifa critica exclusão de elétricos no projeto de isenção de IPVA em São Paulo

Associação questiona exclusão de veículos elétricos em benefício fiscal aprovado pela ALESP, apontando falhas na política de incentivo à mobilidade sustentável.

A Abeifa criticou duramente a aprovação do Projeto de Lei 1510 pela ALESP, que concede isenção de IPVA para veículos híbridos e a hidrogênio com valor de até R$ 250 mil, deixando de fora os 100% elétricos e gerando debate sobre a falta de equidade nas políticas de mobilidade sustentável.

A Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores – manifestou-se de forma contundente contra o Projeto de Lei 1510, aprovado no último dia 10 de dezembro pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP). O texto concede isenção do IPVA apenas a veículos leves movidos exclusivamente a hidrogênio ou híbridos, com um teto de preço de R$ 250 mil, mas exclui os veículos 100% elétricos.

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A decisão gerou insatisfação no setor automotivo. Segundo a Abeifa, o projeto estabelece um teto de preço arbitrário e adota uma abordagem seletiva que contraria as tendências globais de descarbonização e transição para uma economia verde. “Essa política demonstra um grave descompasso com as prioridades globais e contradiz o discurso de liberalismo econômico da atual gestão do Estado”, afirmou a associação em nota oficial.

Veículos elétricos, que são reconhecidos mundialmente como uma das soluções mais eficazes para reduzir emissões de carbono, ficaram de fora do benefício. A Abeifa destacou que uma política de incentivos fiscais deveria ser mais ampla e transparente, contemplando tecnologias que realmente contribuam para a transição energética e a redução de poluentes.

A exclusão dos 100% elétricos é vista como uma contradição estratégica, considerando o potencial econômico e ambiental do Estado de São Paulo. A medida pode desestimular consumidores a optarem por tecnologias de emissão zero, além de favorecer modelos híbridos que, embora menos poluentes que veículos tradicionais, ainda utilizam combustíveis fósseis.

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Para a Abeifa, o texto do projeto carece de uma visão equitativa que atenda aos interesses do público e do meio ambiente. “Uma política de incentivos não deve criar vantagens para algumas tecnologias em detrimento de outras, principalmente quando se fala em mobilidade sustentável”, afirmou a entidade.

A decisão da ALESP foi vista por muitos especialistas como um passo atrás no compromisso com uma matriz energética mais limpa. Ao priorizar veículos híbridos e limitar o benefício com base no valor do veículo, o projeto restringe o impacto positivo que uma isenção mais inclusiva poderia gerar no mercado automotivo e no meio ambiente.

O debate sobre o papel dos incentivos fiscais para estimular tecnologias limpas no Brasil segue ganhando força. A Abeifa reforça que qualquer medida desse tipo deve considerar todas as soluções de baixa emissão de poluentes, promovendo uma transição justa e equilibrada que beneficie tanto o consumidor quanto o setor automotivo como um todo.

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Com a aprovação do projeto, a Abeifa espera que as autoridades estaduais revisem a abordagem e busquem implementar políticas que estejam alinhadas com as metas globais de sustentabilidade e transição energética.

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