Com 28 equipes inscritas e desafios de alta complexidade, a Competição EletroQuad SAE BRASIL–Eletrobras 2025 consagrou a Avant UFMG como grande campeã da primeira edição, realizada na Univap, em São José dos Campos (SP). O evento reuniu instituições de ensino superior de nove Estados e do Distrito Federal, promovendo o avanço de tecnologias autônomas e o espírito empreendedor entre estudantes.
A Avant UFMG, da Universidade Federal de Minas Gerais, conquistou o 1º lugar geral na competição, seguida pelas equipes Skyrats Poli USP (2º lugar), Gaia UFTM (3º lugar), Edra UnB (4º lugar) e eVTOL ITA (5º lugar). Todas foram premiadas com troféus e valores que variam de R$ 6.000 a R$ 2.000, reforçando o incentivo à excelência técnica e inovação acadêmica.
A competição consistiu no desenvolvimento completo de um drone tipo quadrotor, com voo autônomo e reconhecimento visual de padrões e obstáculos, enfrentando três missões específicas em ambiente externo. Mais que um desafio técnico, o projeto exigiu gestão financeira, estratégia de engenharia, criatividade e trabalho em equipe.
Com apenas seis meses de preparação, a equipe da UFMG se destacou não apenas pelo desempenho técnico, mas também pelo comprometimento. “A EletroQuad abriu portas para um futuro desafiador. Desenvolvemos habilidades que nem sabíamos que tínhamos”, destacou Naomy Isabela Biaggi, capitã da Avant UFMG e estudante de Engenharia de Sistemas.
Destaques especiais foram concedidos às equipes que sobressaíram em categorias complementares:
- Mais Competitiva: Gaia UFTM
- Criatividade e Tática: Game of Drones – IFSP/São João da Boa Vista
- Desempenho e Consistência: Avant UFMG
O engenheiro Jorge Ricardo Jr., coordenador técnico do evento e profissional da Embraer, destacou o foco da competição em robótica, visão computacional e integração de sistemas autônomos. As três missões testaram habilidades fundamentais:
- Slalom – Navegação entre postes coloridos com decolagem e pouso autônomos.
- Hang the hook – Detecção de alvo e liberação de gancho com retorno à base.
- Bouncing – Pouso em figuras geométricas variadas, exigindo reconhecimento preciso.
A competição vai além do aspecto técnico. Segundo Claudio Castro, presidente do Conselho Executivo da SAE BRASIL, o evento ajuda a formar especialistas para um mercado sedento por soluções inteligentes. “A EletroQuad ativa o interesse do jovem talento pela mobilidade e posiciona os drones como protagonistas em tarefas de difícil acesso”, destacou.
A EletroQuad 2025 contou com representantes de quatro regiões do Brasil, com maior concentração no Sudeste (18 equipes) e forte presença do Nordeste (6 equipes). Foram 28 instituições ao todo, reforçando a diversidade regional e o alto nível do ensino de engenharia no País.
Com foco em visão computacional, algoritmos, autonomia de voo e controle de sistemas, a competição também promoveu o empreendedorismo estudantil ao exigir viabilização financeira e documentação técnica do projeto, estimulando habilidades exigidas no setor industrial e tecnológico.
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Drone quadrotor – Aeronave não tripulada com quatro rotores, capaz de realizar voos autônomos com estabilidade e manobrabilidade.
Visão computacional – Tecnologia que permite ao drone interpretar imagens, identificar objetos e tomar decisões com base em padrões visuais.
Controladora de voo – Sistema embarcado responsável por manter o equilíbrio, controlar o movimento e executar as ações do drone.
Missões autônomas – Tarefas programadas previamente que o drone deve cumprir sem intervenção humana, utilizando sensores e algoritmos.
