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Chinesas conquistam 10% do mercado de carros de passeio no Brasil em menos de quatro anos

O rápido avanço de marcas como BYD e GWM, impulsionado por híbridos e elétricos com bom custo-benefício, coloca o Brasil como foco da expansão asiática, mas a volta gradual do imposto de importação em 2026 pode mudar o cenário.

Em menos de quatro anos, as montadoras chinesas consolidaram uma fatia de 10% das vendas de carros de passeio no Brasil, segundo dados da Fenabrave. Impulsionadas pelo apelo tecnológico e o bom custo-benefício de modelos elétricos e híbridos, o crescimento foi de sete vezes nos últimos três anos. O movimento é liderado pela BYD, mas a volta gradual do imposto de importação até 2027 explica a corrida das marcas asiáticas para consolidar a produção nacional, como a GWM em Iracemápolis e a BYD em Camaçari.

As montadoras chinesas já respondem por 10% das vendas de carros de passeio no Brasil, em menos de quatro anos desde a chegada de BYD e GWM.

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Enquanto EUA e Europa impuseram barreiras tarifárias, o Brasil se tornou um dos principais destinos da expansão chinesa.

As vendas de carros chineses cresceram impressionantes sete vezes no país nos últimos três anos.

A BYD lidera este movimento no mercado nacional, alcançando 4,3% do market share total de janeiro a setembro de 2025.

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Com este resultado, a BYD ocupa o 8º lugar entre as marcas de carros mais vendidas no país.

Neste ano de 2025, 15 marcas chinesas venderam carros no Brasil, incluindo BYD, Chery, GWM, Jaecoo, Effa, GAC, JAC, Omoda, Zeekr, Geely, Foton, Neta, Fever, Seres e Riddara.

Parte da rápida popularidade das montadoras chinesas vem dos modelos híbridos e elétricos, que se destacam pelo bom custo-benefício e alto apelo tecnológico.

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Alguns modelos chineses já apresentam similaridade com os europeus, mas podem custar até 1/5 do preço de seus concorrentes mais tradicionais.

No cenário da produção nacional, a GWM já está fabricando veículos em sua planta de Iracemápolis (SP).

A BYD também reforça sua operação e inaugura oficialmente sua fábrica em Camaçari (BA), com cobertura Mecânica Online®, que será a maior planta da empresa fora da Ásia.

Contudo, o ambiente de negócios deve passar por transformações a partir de 2026–2027 com a mudança na política tributária de importação.

O governo brasileiro reintroduziu gradualmente o imposto de importação sobre híbridos e elétricos, uma medida que afetará as estratégias das marcas.

O imposto de importação voltará ao teto de 35% em julho de 2026, o que representará um aumento significativo nos custos.

Até que o imposto de 35% seja totalmente aplicado, as montadoras contam com cotas de importação com tarifa reduzida (14%) para veículos desmontados.

Essa tarifa de 14% é bem abaixo dos 25% a 30% aplicados sobre os modelos montados já importados.

A partir de janeiro de 2027, todas as categorias de veículos híbridos e elétricos pagarão a alíquota máxima de 35%.

Essa regra de 35% de imposto se aplicará inclusive aos carros que tiverem a montagem final no país.

Essa janela de vantagem tributária ajuda a explicar a corrida das marcas chinesas, como BYD e GWM, para consolidar suas operações de produção no Brasil antes que a maré tributária mude.

A antecipação da produção nacional, mesmo que inicialmente via montagem com cotas, permite que as marcas chinesas ganhem market share e criem base de clientes antes que os custos de importação atinjam o teto.

A estratégia das chinesas em investir em produção local não apenas mitiga o aumento de impostos, como também as posiciona como players de longo prazo, competindo diretamente com as montadoras já estabelecidas no país, como por exemplo as fabricantes de Iveco e Peugeot.

O foco inicial em elétricos e híbridos deu uma grande vantagem às chinesas, que já dominam essas tecnologias globalmente, forçando os concorrentes a acelerar seus lançamentos para não perderem espaço.

Mecânica Online® – Mecânica do jeito que você entende.

Market share – Expressão em inglês que significa “fatia de mercado” e representa a porcentagem das vendas totais de um setor que pertence a uma determinada empresa ou marca.

Híbrido e Elétrico – Veículos que utilizam eletricidade como fonte de energia, sendo os híbridos uma combinação de motor elétrico e a combustão interna, e os elétricos dependentes apenas de baterias.

Imposto de importação – Tributo federal cobrado sobre mercadorias estrangeiras que entram no território nacional, sendo a alíquota de 35% o teto para automóveis.

Cotas de importação – Limites de volume de importação definidos pelo governo, frequentemente associados a tarifas reduzidas para estimular determinadas ações, como a nacionalização da produção.

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