O mercado de blindagem automotiva no Brasil encerrou 2025 com destaque: 22.425 veículos blindados apenas no primeiro semestre e uma frota nacional estimada em 425 mil unidades. Para 2026, a expectativa é de inovação tecnológica, redução de custos e maior integração com o setor automotivo.
O setor de blindagem automotiva mantém trajetória de expansão. Após o recorde de 34.402 unidades blindadas em 2024, o mercado registrou mais de 22 mil veículos blindados no primeiro semestre de 2025, consolidando uma frota nacional de aproximadamente 425 mil unidades.
Segundo especialistas, dois pontos centrais devem marcar 2026: a difusão de materiais balísticos avançados — como UHMWPE, aramidas e polímeros de alta resistência — e a racionalização dos processos produtivos, que tendem a reduzir custo, peso e tempo de instalação.
Para Flavio Galhardo, especialista em gestão de riscos e segurança, compostos à base de UHMWPE já oferecem alternativas ao aço, combinando resistência balística com redução de massa, favorecendo dirigibilidade e consumo.
O contexto social reforça a relevância da blindagem. Apesar da redução gradual nas taxas de homicídio, o Atlas da Violência 2025 apontou 45.747 homicídios em 2023, equivalente a 21,2 casos por 100 mil habitantes. A concentração de crimes nas grandes metrópoles mantém alta a demanda por proteção pessoal e veicular.
Galhardo prepara para 2026 um livro com critérios para escolha de veículos blindados conforme perfil de consumidor, reforçando a importância da personalização da proteção.
Representantes do setor destacam fatores que podem tornar a blindagem mais acessível:
- Competitividade entre blindadores;
- Economias de escala na cadeia de suprimentos;
- Soluções modulares, permitindo blindagem parcial ou escalonada;
- Automatização industrial, reduzindo tempo e custo de produção.
Eventos e fóruns realizados em 2025 também discutiram temas como blindagem para veículos eletrificados, uso de grafeno e novos polímeros, reforçando a expectativa de que a inovação tecnológica será o motor da evolução do setor.
Para os consumidores, especialistas recomendam atenção a fatores como nível balístico, impacto no desempenho, garantia técnica e certificação das oficinas e materiais. O Exército Brasileiro segue como órgão responsável pela homologação das blindagens civis.
O que esperar para 2026:
- Ampliação de ofertas com materiais mais leves e soluções modulares;
- Possível redução do custo médio por instalação;
- Crescimento contínuo da frota blindada, impulsionado pela percepção de risco e novos perfis de consumidores;
- Maior integração entre fornecedores, blindadores e o mercado automotivo, incluindo veículos híbridos e elétricos.
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UHMWPE (Ultra High Molecular Weight Polyethylene) – Polímero de ultra-alto peso molecular, leve e resistente, usado em blindagem avançada.
Aramida – Fibra sintética de alta resistência, utilizada em coletes balísticos e blindagens por sua leveza e durabilidade.
Nível balístico – Classificação que define o grau de proteção oferecido pela blindagem, conforme normas técnicas e regulamentos.
