Imbatível nesse terreno desde sua entrada no Campeonato Mundial de Rali (WRC), em 2013, a Volkswagen chega ao Rali da Suécia na busca pela quarta vitória seguida. O rali teve dia 11 de fevereiro sua cerimônia de abertura, com os últimos estágios ocorrendo no domingo, dia 14.
A dupla tricampeã da categoria, Sebastien Ogier/Julien Ingrassia, que já conta com duas vitórias na Suécia, larga tendo como maiores desafiantes seus companheiros de equipe – as duplas Andreas Mikkelsen/Anders Jæger e Jari-Matti Latvala/Miikka Anttila.
As três duplas disputaram intensamente o rali de 2015, com Ogier e Ingrassia conquistando a vitória no fim. O Rali da Suécia é particularmente importante para a Volkswagen. Nele o Polo WRC conquistou sua primeira vitória, em 2013, iniciando uma trajetória sem precedentes, que soma atualmente 35 vitórias em 40 ralis disputados.
Desde o rali sueco de 2013, as primeiras posições no campeonato de pilotos e navegadores têm sido ocupadas por uma dupla da equipe Volkswagen. “Nós muito provavelmente sempre viajaremos para o Rali da Suécia com um sentimento de orgulho e antecipação”, diz o diretor da Volkswagen Motorsport, Jost Capito.
“A equipe toda nunca se esquecerá da cena de nossa primeira vitória no Campeonato Mundial de Rali. Ao longo dos últimos três anos, tivemos provas incríveis na Suécia – com vitórias para Sebastien Ogier e Jari-Matti Latvala, além de momentos especiais para Andreas Mikkelsen, que incluíram seu primeiro pódio e que estava muito perto de ser sua primeira vitória, 12 meses atrás. Os fãs também sempre se lembrarão do rali do ano passado, quando os três pilotos chegaram ao último estágio com chances reais de vitória – a menos que o rali deste ano seja ainda mais excitante que o de 2015.”
O mais emocionante rali da história – O Rali da Suécia de 2015 entrou para a história como um dos mais disputados da era moderna. Apenas 4,6 segundos – o equivalente a 162,84 metros – separavam os três primeiros no início da última Super Especial (o estágio que encerraria o rali).
Difícil ser mais emocionante do que isso. Seriam 15,84 quilômetros, em um total de 308 que compunham o rali, contra o relógio para decidir o vencedor. Sebastien Ogier cravou o melhor tempo, garantindo a vitória para a Volkswagen.
Mas Andreas Mikkelsen, o último homem na pista, ainda tinha chances – quando uma pequena escorregada seguida por uma rodada comprometeram suas pretensões. Foram necessários apenas 40 segundos para que Mikkelsen voltasse à pista e conquistasse o terceiro lugar.
331,21 quilômetros através da Terra do Trovão – Através da neve e do gelo nas estradas das regiões de Värmland e Dalarna, além de trechos na vizinha Noruega – o Rali da Suécia é o único evento no calendário do WRC disputado em dois países.
Há mais ainda: a especial “Röjden”, que cruza a fronteira entre a Suécia e a Noruega. Isso torna o rali uma espécie de “corrida em casa” para a dupla Mikkelsen/Jæger. A prova de 2016 tem o total de 331,21 quilômetros contra o relógio, divididos em 21 estágios, incluindo clássicos genuínos.
O rali começa nesta quinta-feira com a super especial disputada em Karlstad – da mesma forma que em 2015. Também são iguais ao ano passado os estágios “Torsby”, “Röjden”, “Kirkenær”, “Fredriksberg”, “Rämmen”, “Hagfors Sprint”, “Lesjöfors” e o final “Värmullsåsen”.
O icônico estágio “Vargåsen”, com os saltos espetaculares de 40 metros de distância no chamado “Colin’s Crest” (Cume de Colin, em homenagem ao piloto escocês Colin McRae), também está no roteiro.
Curiosidades sobre o Rali da Suécia – Os “cravos suecos” (para provas sobre pisos de gelo e neve, os carros são equipados com pneus com cravos) garantem mais atrito sobre neve e gelo do que os pneus típicos para cascalho.
Na Argentina, são necessários 124,87 metros para que o Polo R WRC acelere de 0 a 100 km/h. Na Suécia, são 107,32 metros. Em apenas três anos desde 1950, quando foi disputada a primeira prova, o Rali da Suécia não fez parte do Campeonato Mundial de Rali.
Em 1974, o rali foi cancelado por causa da crise de energia. Em 1990, o clima estava muito ameno para comportar o rali. Em 2009, o sistema de rotatividade da FIA (Federação Internacional do Automóvel) excluiu o Rali da Suécia do calendário daquele ano.
O salto mais longo no lendário Colin’s Crest foi registrado em 2015 pelo piloto Thierry Neuville – foram 44 metros de distância, contados a partir do momento em que as rodas do carro saem do chão.
O segundo “voo” mais longo foi registrado também naquele sábado de fevereiro de 2015: Andreas Mikkelsen, com 41 metros. Os organizadores do rali premiam o autor do salto mais longo – e, portanto, mais corajoso – em honra ao lendário e destemido Colin McRae.