O início das férias escolares pede atenção especial com a manutenção do carro. Quem pensa em pegar a estrada deve ficar atento ao desgaste da vela de ignição, já que o componente está relacionado diretamente ao desempenho do motor.
A dica é da NGK, empresa especialista em sistema de ignição.
“Velas com desgaste excessivo ou funcionamento irregular podem causar falhas no motor, dificuldades na partida do automóvel, aumento do consumo de combustível e dos níveis de emissões poluentes”, explica o consultor de Assistência Técnica da NGK, Hiromori Mori.
De acordo com o especialista, o funcionamento irregular da vela de ignição nem sempre é percebido pelo motorista, o que torna as revisões periódicas muito importantes.
“Por conta da evolução tecnológica, os motores estão condicionados a trabalhar em situações adversas e, principalmente, quando há início de falha. Quando o problema começa a ser percebido, é sinal de que ele já está ocorrendo há algum tempo”, alerta Hiromori Mori.
Segundo o Consultor de Assistência Técnica da NGK, outra vantagem da inspeção da vela de ignição é que, por uma simples inspeção visual do componente, diversos outros problemas no motor do veículo podem ser identificados.
Caso da infiltração de óleo e de fluido de arrefecimento na câmara de combustão, ou do uso de combustível de má qualidade. “A aparência da vela diz muito sobre o estado do motor. Por isso, ela deve ser priorizada em qualquer revisão”.
A manutenção deste componente também gera economia. Velas com desgaste excessivo podem reduzir a vida útil de cabos, bobinas, transformadores, tampa do distribuidor, rotor e catalisadores.
Pesquisas do setor afirmam que o valor do reparo corretivo geralmente é 30% mais caro que o da revisão preventiva.
Por trabalhar em condições muito severas, como altas temperaturas e pressão, as velas de ignição sofrem um desgaste natural. A NGK recomenda a inspeção da peça a cada 10.000 quilômetros, ou anualmente, o que ocorrer primeiro.
Cada veículo, porém, possui uma tabela com o plano de troca especificado pela montadora que pode ser encontrado no manual de manutenção e garantia.
Bobinas de ignição – A manutenção preventiva das velas evita também problemas nas bobinas de ignição. Com vida útil entre 100.000 e 120.000 quilômetros, esse componente tende a apresentar problemas quando há um excesso de desgaste nas velas.
“A vida útil das bobinas reduz muito com o desgaste das velas de ignição”, explica o Consultor de Assistência Técnica da NGK. Por esse motivo, quando detectados problemas nas velas, deve-se aproveitar para examinar visualmente a bobina de ignição detectando possíveis trincas, rachaduras e oxidações no corpo das bobinas.
Velas aquecedoras – Já as velas aquecedoras, utilizadas em motores diesel, têm a sua vida útil determinada por ciclos de aquecimento. Por isso, motores mais antigos, em que as velas são acionadas em todas as partidas e não somente quando a temperatura do motor está fria, merecem atenção especial.
Em veículos com tecnologias mais antigas, o desgaste tende a ocorrer antes dos modelos mais novos onde a vela aquecedora é acionada somente quando necessário.
De acordo com Hiromori Mori, o motorista deve procurar assistência ao perceber dificuldade na partida ou quando notar a emissão de uma fumaça branca no escapamento com o motor frio.
Porém, a manutenção preventiva é sempre recomendada, já que o mau funcionamento das velas pode acarretar em outros problemas no motor.
Outro ponto importante é sempre fazer a substituição de todo o conjunto de velas aquecedoras quando um defeito for detectado. “Fazer somente a troca da vela que está queimada pode trazer prejuízos posteriormente, já que quando um dos componentes apresenta falha, os outros tendem a apresentar problemas logo em seguida.”