A Ford vai colocar em operação, a partir de 1º de agosto, um novo centro de distribuição de peças para exportação que visa a atender 12 unidades de produção da marca em vários países.
Localizado na cidade de Suzano, na Grande São Paulo, esse centro logístico estará instalado no entreposto aduaneiro Cragea (Companhia de Armazéns Gerais e Entrepostos), numa área de 1.900 metros quadrados, com estrutura dentro do padrão global da Ford.
Com uma série de vantagens operacionais de logística, governança e redução de complexidade, a instalação trará mais agilidade no fornecimento de peças brasileiras para a Argentina, Venezuela, México, Rússia, China, Vietnã e Tailândia, Índia e África do Sul, estas últimas com duas unidades cada.
Para atender esses países, a Ford utiliza operações multimodais que envolvem transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e marítimo.
O centro de peças para exportação tem instalações completas: escritório, duas docas físicas, além de outras 17 docas virtuais considerando os espaços no solo para depósito de contêineres.
Conta também com o suporte de outros departamentos da Ford, como finanças, jurídico, compras e tecnologia da informação.
Operação logística – No modelo anterior, o depósito instalado em São Bernardo do Campo, SP, recebia as remessas de 166 fornecedores externos, totalizando mais de 2.000 peças diversas para carros, picapes e caminhões.
Nessa lista estão, por exemplo, itens como lanternas da Ranger, radiadores do Focus, motores da linha Cargo, além de vários componentes do EcoSport, Ka e New Fiesta.
Na operação, São Bernardo consolidava o material e realizava o transporte para o centro de distribuição no Cragea para o desembaraço e exportação.
Para se ter uma ideia dessa complexidade, no ano passado a operação movimentou mais de 1.050 contêineres, equivalentes a 54.000 mil metros cúbicos de carga.
Modelo racionalizado – “Com o novo entreposto, a logística agora será racionalizada. A entrega será feita diretamente no Cragea e de lá as exportações seguem para os destinos de saída do País, como o Porto de Santos, os aeroportos de Guarulhos ou Viracopos, em Campinas, e ainda por rodovia na fronteira do Brasil e Argentina. Isso significa economia de recursos, tempo e controle”, diz Emerson Miguel, supervisor de Logística da Ford.
As principais alterações passam pela realização da operação externa dentro de área alfandegada, bem como a otimização de embalagens de exportação com o padrão Ford e redução de reembalagem.
A agilidade no recebimento e expedição e o atendimento diferenciado aos clientes globais são outros fatores que colocam a Ford Brasil nos padrões internacionais nesse tipo de operação.
Outros ganhos com a área exclusiva são mudanças no controle diferenciado de inventário (formação de lote), retorno imediato ao fornecedor em caso de problemas na chegada do material e emissão de documentos de exportação pela Ford para todas as peças.