A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) divulga o balanço setorial do primeiro semestre de 2016. Segundo a associação, o volume de vendas de pneus, em unidade, teve queda de -1,9% em relação ao mesmo período de 2015.
Com destaque para as vendas para as montadoras que fechou o semestre com retração de -20,8% – saindo de 7,76 milhões de unidades para 6,14 milhões de unidades – e apresentou, pela 30º vez consecutiva, queda em todos os segmentos, em unidade de pneus: Industriais (-66,6%, saindo de 6,2 mil para 1,1 mil), OTR (-38,6%, saindo de 14,9 mil para 9,2 mil), Duas Rodas (-35,3%, saindo de 1,3 milhão para 844,9 mil), Carga (-32,0%, saindo de 581,1 mil para 394,9 mil), Agrícola (-24,5%, saindo de 189,9 mil para 143,3 mil), Passeio (-20,1%, 4,48 milhões para 3,6 milhões) e Camioneta (-0,9%, saindo de 1,2 milhão para 1,2 milhão).
“Os resultados negativos são reflexos da crise econômica e da baixa competitividade dos pneus nacionais. Por conta dos elevados custos operacionais e tributários no país, a indústria brasileira não consegue oferecer melhores preços, o que acaba limitando a competitividade do produto tanto para o mercado interno quanto para a exportação”, avalia Alberto Mayer, Presidente da ANIP.
A necessidade de adoção de políticas que melhorem a competitividade do setor de pneus levou a ANIP a apresentar propostas para alavancar o crescimento do setor, tais como questões fiscais e tributárias, desoneração do processo de logística reversa, melhor acesso a insumos essenciais para a produção de pneus, estímulos à exportação, implantação de margem de preferência para a indústria nacional nas compras públicas.
“O país precisa adotar políticas mais competitivas para estimular a indústria nacional e, consequentemente, aquecer a economia. Produzimos produtos de altíssima qualidade internamente, contudo não conseguimos disputar em pé de igualdade com os preços ofertados no mercado externo”, afirma Mayer.