Avaliar periodicamente os componentes do carro significa trafegar com mais segurança e garantir mais economia.
Peça responsável pela queima da mistura ar/combustível, a vela de ignição, quando desgastada, pode danificar outros equipamentos importantes do veículo como, por exemplo, o catalisador, que chega a custar de quatro até dez vezes mais do que uma vela.
De acordo com o consultor de Assistência Técnica da NGK, empresa especialista em sistemas de ignição, Hiromori Mori, a relação entre a vela e o catalisador ocorre quando a vela em mau funcionamento não consegue cumprir adequadamente a sua função.
“Com isso, parte do combustível deixa de ser queimado na câmara de combustão e sai pelo escapamento, entrando em contato com o catalisador”, explica.
Como o catalisador trabalha em altas temperaturas, esse combustível é queimado dentro do catalisador e acaba derretendo o componente.
“Esse dano pode ser superficial ou mais abrasivo, dependendo da quantidade de combustível. De qualquer forma, quando isso ocorre, o funcionamento da peça fica comprometido e é preciso realizar a troca”, comenta Cláudio Furlan, gerente comercial da Umicore, principal fabricante de catalisadores do País.
Equipamento responsável por transformar até 98% gases tóxicos emitidos pelo motor em vapores inofensivos e garantir que o veículo não emita poluentes além dos limites permitidos por lei, o catalisador tem seu uso regulamentado.
Trafegar sem o componente pode gerar multa ao motorista, além de colocar em risco o meio ambiente e a saúde da população.
“O catalisador pode ter a mesma vida útil do veículo, quando o mesmo tem boa manutenção. Por isso, é essencial que se faça as revisões periódicas e, principalmente, verifique o componente quando detectado algum problema nas velas de ignição”, alerta o especialista da Umicore.
Segundo Hiromori, a verificação das velas, que são itens de desgaste natural, deve ocorrer a cada 10 mil quilômetros ou conforme indicar a montadora.
“Velas com desgaste excessivo além de causar falhas no catalisador, ocasionam dificuldades na partida do automóvel e aumento do consumo de combustível”, afirma o consultor da NGK que acrescenta: “Por conta da evolução tecnológica, os motores estão condicionados a trabalhar em situações adversas o que torna difícil para o dono do carro perceber o problema no início. Por esse motivo, é tão importante realizar as revisões”, finaliza.