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Indústria brasileira do aço não recupera as perdas dos últimos 3 anos

O crescimento da atividade econômica nacional é lento e ainda não suficiente para que a indústria brasileira do aço se recupere da pior crise de sua história.

A previsão do Instituto Aço Brasil de vendas internas é de aumento de 1,2%, em 2017, tímido para compensar a queda acumulada de 32,2%, de 2013 a 2016.

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A produção deve aumentar 9,2% em relação ao ano passado, devido à entrada em operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), enquanto o consumo aparente de aço deve crescer 5,2% em 2017.

Consumo este significativamente suprido pelas importações, cuja previsão de crescimento é de 33,5% este ano.

Tal fato reforça a necessidade do Governo brasileiro estar atento a medidas ágeis e eficazes de defesa comercial contra práticas abusivas de comércio praticadas por outros países, como é o caso do antidumping de bobinas a quente.

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No curto prazo, devido ao baixo nível de utilização da capacidade instalada, em média de 63%, a saída das empresas aqui instaladas para manter nível mínimo de suas operações é a exportação.

A previsão do Aço Brasil é que as exportações de aço cresçam 14,5% este ano na comparação com 2016, ressaltando-se que este aumento em relação ao ano anterior deve-se às exportações da CSP.

Para a efetiva recuperação não só da indústria do aço, mas da indústria de transformação em geral é preciso que o Governo brasileiro corrija as assimetrias competitivas, como elevados custos financeiros e cumulatividade de tributos e concretize as reformas trabalhista e tributária.

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Outra questão relevante é a elevação da alíquota do Reintegra para 5% para ressarcir os resíduos tributários embutidos nas exportações dos produtos brasileiros.

Sem a correção das assimetrias competitivas e da retomada dos investimentos em infraestrutura, a estimativa do Aço Brasil é de que as vendas de aço no mercado interno só retornarão aos níveis de 2013 em 2028, ou seja, 15 anos depois!

A expectativa do setor é que o governo implemente concretamente as obras de infraestrutura, assim como sejam mantidas as regras de conteúdo local como sinais de alento no médio prazo para a indústria no Brasil.

Cabe reforçar o aumento, em 2017, de medidas de defesa comercial no mercado internacional, por pressão do excedente de capacidade produtiva no mundo, especialmente na China, levando a práticas predatórias de comércio e preços depreciados.

Exemplo relevante é a decisão anunciada pelo presidente Donald Trump de abrir investigação para barrar o ingresso de aço de outros países sob a “égide” da segurança nacional, com base na Seção 232.

Já no Brasil, a expectativa do setor é que o governo implemente medidas legítimas de defesa comercial para se proteger de práticas desleais de comércio adotadas pelos países.

No caso do antidumping de bobinas a quente, por exemplo, o MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços) avaliou o processo e constatou claramente a ocorrência de dumping praticado por empresas chinesas e russas e o dano à indústria nacional.

Os dados consolidados de janeiro a outubro de 2017 do setor do aço no Brasil estão publicados em www.acobrasil.org.br/site2015/estatisticas.asp.

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