A Ford realizou recentemente um seminário sobre Tecnologia e Conectividade, em São Paulo, com a participação da imprensa e representantes das mídias sociais do Brasil e Argentina, em que especialistas falaram sobre o papel da inovação no futuro dos automóveis.
O presidente da Ford América do Sul, Steven Armstrong, participou do evento que teve a participação especial do vice-presidente mundial de Pesquisa Avançada da Ford, Ken Washington, líder do laboratório da empresa em Palo Alto, no Vale do Silício, nos EUA.
O jornalista Reginaldo Leme, especializado em automobilismo, e Marcio Alfonso, diretor de Engenharia da Ford América do Sul, também participaram do seminário apresentado por Alexandre Youssef, do programa Navegador.
Em um estúdio de cinema, recursos de projeção mapeada foram utilizados para demonstrar quatro tecnologias do Novo Focus: sistema SYNC com AppLink, Assistência de Emergência, estacionamento automático e frenagem de emergência.
Foi a primeira exibição da nova geração do Focus, que deve chegar ao mercado sul-americano nos próximos meses, antecipando algumas das tecnologias que o carro vai oferecer no segmento de carros médios de volume.
Segundo Marcio Alfonso, o sistema SYNC mostra o pioneirismo da Ford em sistemas de conectividade embarcados, com comandos de voz para operação do celular, rádio e climatização do veículo, sem a necessidade de tirar as mãos do volante. “Com o sistema AppLink, o SYNC também passou a acessar aplicativos de smartphones que abrem várias opções de informação, entretenimento e conveniência, dentro do conceito de conectividade com segurança.”
A Assistência de Emergência, já oferecida também em outros modelos da Ford, como Novo Ka, New Fiesta, EcoSport e Ranger, faz uma ligação automática ao serviço de atendimento médico de urgência, SAMU, em caso de acidente com acionamento dos airbags ou corte de combustível.
O estacionamento automático que será introduzido no Brasil com o novo Focus funciona com o apoio de sensores e câmera e é capaz de manobrar tanto em vagas paralelas como perpendiculares, sem que o motorista precise mexer no volante. Além de tornar a direção mais simples, contribui para pavimentar o caminho do futuro carro autônomo.
O assistente de frenagem de emergência é outra tecnologia inovadora voltada para a segurança. Também conhecido como Active City Stop, ele conta com sensores que monitoram o tráfego e, ao detectar a possibilidade de uma colisão, reduz a velocidade e aciona os freios do veículo. Ele opera em velocidades de até 50 km/h e ajuda a evitar acidentes causados por desatenção no trânsito.
Inovação e mobilidade – Steven Armstrong destacou o papel da inovação nos mais de 100 anos de história da Ford, que hoje quer ser vista não só como uma empresa automotiva, mas também de tecnologia. “Estamos trabalhando para antecipar as necessidades e desejos dos consumidores, especialmente em conectividade, mobilidade e veículos autônomos, e para tornar essas tecnologias acessíveis para todos, não apenas para os consumidores de luxo.”
Ken Washington, líder global da área de inovação da Ford, falou sobre as quatro grandes tendências mundiais associadas ao desafio da mobilidade: o avanço da população urbana, o crescimento da classe média, a sustentabilidade ambiental e as mudanças de hábitos e prioridades dos consumidores.
“Vemos um mundo onde os veículos se comunicam uns com os outros, os motoristas e veículos se comunicam com a infraestrutura da cidade para evitar congestionamentos e as pessoas compartilham veículos e múltiplas formas de transporte em seus deslocamentos diários”, disse o especialista, que tem mais de 20 anos de experiência em pesquisa avançada, grande parte dela adquirida no Vale do Silício, nos EUA, e se juntou à Ford no ano passado.
A Ford inaugurou em 2012 o seu Centro de Pesquisa e Inovação em Palo Alto e deu um passo importante para se envolver na comunidade que está no centro dessas inovações e entender as suas oportunidades, criando parcerias com universidades e empresas de tecnologia.
“O laboratório de Palo Alto começou com um pequeno escritório, quase uma start-up, e hoje conta com tecnologia de ponta”, completou Ken Washington. “Nosso laboratório digital de imersão tem um simulador de direção 3D com tela curva de 180 graus e alta definição. Também usamos impressoras 3D e temos especialistas de diversas áreas, em permanente contato com os demais centros de desenvolvimento da Ford no mundo.”
Segurança e Fórmula 1 – Reginaldo Leme, um dos jornalistas de automobilismo mais experientes do Brasil, acompanhou mais de 650 grandes prêmios e as oito conquistas de títulos mundiais de pilotos brasileiros na Fórmula 1. Com base nessa experiência, ele falou sobre a evolução da segurança nos automóveis, para a qual as competições sempre serviram de laboratório.
“Como exemplo dessa evolução, basta lembrar que no tempo de Ayrton Senna ainda nem havia internet. O desenvolvimento do carro dependia quase que exclusivamente da sensibilidade do piloto. Hoje, a telemetria dá todos os parâmetros do carro em tempo real”, disse. “Essa e várias outras tecnologias, como os sistemas de injeção, turbo, freio ABS, controle de tração e paddle shift, são exemplos de desenvolvimentos feitos para as pistas que depois chegaram aos carros de rua.”
A segurança, pontuou, foi uma das áreas que mais se beneficiaram dessa parceria. “A tecnologia está ajudando os motoristas a dirigir de forma mais segura e é elogiável a atitude da Ford de tornar as novas tecnologias mais acessíveis para o mercado. A engenharia sempre teve a função de tornar o carro mais equilibrado e previsível e agora está indo além, fazendo alertas ao motorista e se antecipando a situações em que pode haver risco.”