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Fábricas brasileiras já detêm a tecnologia do carro que roda com os dois combustíveis

Os postos de serviço do Brasil oferecem dois tipos de combustível para carros de passeio, a gasolina e o álcool. Como queimam de modo diferente dentro do motor e requerem regulagens próprias, trocar um produto pelo outro causaria sérias avarias ao automóvel.

Esta é, pelo menos, a regra atual. Uma nova categoria de motores, batizada de flex-fuel (do inglês flexible fuel, ou flexibilidade de combustível), pode rodar com gasolina ou álcool, ou qualquer mistura dos dois, sem problemas. A diferença básica está num sensor eletrônico que identifica o combustível e ajusta a injeção eletrônica na regulagem correta.

A Ford já mostrou um Fiesta Flex-Fuel 1.6. A Volks já havia apresentado um Gol parecido, em 2000, e a GM um Omega, em 1998. Um carro desses é uma opção interessante para os brasileiros. O consumidor teria maior chance de se defender das altas no preço do petróleo e de eventuais quebras na safra de cana-de-açúcar.

Estima-se que nos Estados Unidos estejam rodando 2,3 milhões de veículos flex-fuel. Há dezesseis modelos, de quatro fabricantes — Ford, GM, DaimlerChrysler e Mazda. Mas não podem ser simplesmente importados para cá, pois o tipo de álcool dos americanos é diferente do brasileiro.

O americano é feito de milho e leva 15% de gasolina em sua composição. Aqui, o álcool é do tipo hidratado, ou seja, leva na mistura 4% de água.

Os carros capazes de rodar com gasolina e álcool fazem parte da renovação tecnológica que também gerou os automóveis híbridos, movidos pela combinação de dois motores, um a gasolina e outro a eletricidade. Atualmente existem dois modelos comercializados nos Estados Unidos, o Toyota Prius e o Honda Civic.

Em 2001 foram vendidos 20.000 automóveis híbridos nos Estados Unidos, mas alguns especialistas calculam que até 2006 esse número chegue a 500 000 por ano.

É pouco quando comparado aos 17 milhões de veículos comercializados anualmente nos EUA — mas os híbridos já se tornaram objeto de desejo entre os ricos e famosos.

A atriz Cameron Diaz, por exemplo, tem um Prius que custa 20.000 dólares. Leonardo DiCaprio comprou três — para ele, para sua mãe e para seu pai. Os carros híbridos começam a fazer sucesso nos Estados Unidos, mas dificilmente vão chegar ao Brasil. São muito caros e requerem tecnologia extremamente complexa.

Toyota Prius (motor elétrico e motor a gasolina)
O problema: o motor elétrico tem pouca autonomia
A solução: o motor a gasolina dá maior potência e recarrega as baterias do elétrico

Fiesta Flex-Fuel (álcool e gasolina no mesmo tanque)
O problema: cada combustível exige regulagem específica do motor
A solução: um sistema eletrônico detecta a mistura de combustíveis e regula o motor

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