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Segurança no trânsito é dever do poder público – e das pessoas também

Uma decisão do Governo Federal se transformou em polêmica e acendeu um conhecido debate sobre segurança no trânsito: a necessidade dos radares móveis em rodovias.

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O equipamento, normalmente utilizado por um agente público, tem como função pegar os infratores que trafegam acima do limite máximo de velocidade.

A decisão do poder público de retirar estes equipamentos até que aconteça uma nova análise de sua eficácia surpreendeu especialistas da área.

Porém, mais do que polemizar em torno de um fato já consumado, o momento serve para levantar outras questões, como as obrigações dos motoristas para garantirem um trânsito mais seguro a todos.

O despacho assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e publicado no Diário Oficial em 15 de agosto de 2019 determinou a suspensão e retirada dos radares móveis de fiscalização de velocidade das rodovias federais em todo o território nacional.

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A medida entrou em vigor em 19 de agosto e tem como principal objetivo evitar que os motoristas continuem recebendo multas de infração sem que aconteça uma reavaliação de todos os procedimentos e equipamentos utilizados para este fim.

Entretanto, não há um prazo para que isto aconteça e os recursos voltem a funcionar.

Não há como negar que os radares são equipamentos de segurança importantíssimos para melhorar a segurança em ruas e rodovias.

Por meio deles, é possível averiguar a velocidade trafegada pelos veículos em determinados pontos da estrada e conferir se está dentro do limite exigido para aquele trecho ou não.

Os radares móveis, portanto, complementam o serviço efetuado pelos radares fixos já instalados previamente e sinalizados ao longo do trajeto – e que continuarão operando normalmente em todo o país.

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A questão é que quando falamos de segurança no trânsito, a fiscalização do poder público e das concessionárias em rodovias é apenas parte da história.

Os motoristas também possuem responsabilidades para prevenirem e evitarem acidentes em seus deslocamentos.

A grande maioria delas diz respeito à prudência e ao estado físico na hora de dirigir, como não consumir bebidas alcoólicas e/ou drogas ilícitas, respeitar limites de velocidade e sinalizações na pista, evitar ultrapassagens arriscadas e não utilizar o celular enquanto estiver ao volante. São dicas óbvias, mas que salvam vidas.

A pessoa também é responsável pelo estado do veículo que estiver utilizando no trânsito.

Ele deve estar com a manutenção em dia e ter todas as funcionalidades em perfeito estado para garantir que nenhum problema mecânico possa causar algum acidente.

Dessa forma, não adianta fazer apenas uma revisão antes de sair para a estrada. Afinal, o automóvel pode estar com um chamamento de recall aberto e o proprietário nem desconfiar.

Essas campanhas servem, justamente, para corrigir defeitos de fábrica antes que algum acidente grave aconteça.

Muitos dos problemas afetam os airbags, equipamentos que comprovadamente salvam vidas em colisões.

Quando o assunto é segurança no trânsito, todo cuidado é pouco. Os radares são essenciais e certamente exercem uma tarefa importante ao garantirem que os motoristas respeitem a velocidade máxima permitida.

Mas não adianta ter um monte de radar móvel na estrada se o motorista estiver embriagado ou andar em um carro que é uma bomba-relógio prestes a explodir por conta de um recall não atendido.

Somente quando o poder público e os cidadãos fazem suas partes é que conseguimos ter uma rodovia segura e tranquila para todos.

* Vinicius Melor é CEO do Papa Recall – Aplicativo que avisa o motorista se o automóvel cadastrado teve algum chamado da fabricante para conserto ou troca de peças.

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