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Combustível adulterado: o motor do carro pode estar em perigo

Nos últimos tempos os valores dos combustíveis cobrados nas bombas dos postos têm oscilado muito e isso pode esconder um perigo ao consumidor, com a venda de produtos adulterados. Ao longo de 2022 o governo realizou algumas medidas para diminuir o preço dos combustíveis para o consumidor final, redução de PIS/PASEP, COFINS e ICMS único no território nacional.

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Outro ponto que contribuiu para essa queda no valor dos combustíveis nas bombas, foi a variação no preço do barril do petróleo no mercado internacional, por manobras comerciais dos Estados Unidos, para pressionar o Oriente Médio e também as pressões exercidas no mercado por conta do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O combustível adulterado, seja ele o etanol, a gasolina e até mesmo o óleo diesel, tem uma grande concentração de impurezas, que, durante seu processo de queima no motor, se transformam em resíduos, causando diversos danos mecânicos. No caso da gasolina, a adulteração mais comum é a mistura de uma quantidade de etanol anidro superior aos 27% que são permitidos por lei.

Já no etanol (álcool), a alteração ocorre com a mistura também do etanol anidro, mesmo produto que é misturado na gasolina. Já no óleo diesel, o que varia no produto adulterado é a quantidade de enxofre (acima de 10mg/kg no diesel S10 e 500mg/kg no S500).

Geralmente, logo após abastecer o veículo com combustível adulterado é possível perceber alterações em seu funcionamento, como falhas no motor, perda de potência, dificuldades de partida e ruídos estranhos, mas em algumas situações, o problema pode aparecer algum tempo depois, como o consumo elevado, sinalizações de painel como a luz de injeção eletrônica, grande perda de potência, entupimento dos bicos injetores e filtros, problemas de lubrificação, entre outros. Quando o carro apresentar um desses sintomas, procure imediatamente um profissional mecânico de confiança, pois o tanque precisa ser esvaziado para que o motor não continue sendo abastecido com combustível de baixa qualidade.

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O Instrutor Técnico da DPaschoal, Leonardo Tobias, fala sobre os principais sinais que o veículo indica com a utilização de combustível adulterado e o que isso pode acarretar em problemas no motor. “Quando identificado que o veículo foi abastecido com combustível de baixa qualidade e os sintomas forem perceptíveis, é importante procurar um profissional e realizar um diagnóstico no veículo. Hoje em dia não é mais necessário um diagnóstico desmontando o motor e parte do sistema de injeção, é possível realizar essa verificação através de uma micro câmera equipada com uma sonda”, indica Tobias.

Para diminuir o prejuízo com a utilização de combustível adulterado, é sempre importante solicitar o cupom fiscal no momento do abastecimento, pois ele é o documento que garante a possível utilização de produto em não conformidade com as normas vigentes.

Comprovada a existência de combustível adulterado, o posto deve ser acionado para ressarcimento. Caso os responsáveis pelo posto não queiram ressarcir os prejuízos, deve-se procurar o Procon e Agência Nacional de Petróleo – ANP, ou mesmo um advogado, para ingressar com uma ação judicial.

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