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Vem aí o automóvel que fala

Até o fim do ano, centenas de milhares de motoristas dos EUA poderão trocar frases com seus carros. Não será propriamente uma conversa, mas o suficiente para dar ordens ou instruções e receber informações. Por exemplo, dizer ao carro para acessar uma supervia de informação e receber um e-mail, usando conexões de celular. Em seguida, ordenar que ele leia o e-mail por meio de voz computadorizada que sai pelos alto-falantes. Ou pedir os resultados da rodada esportiva, não dependendo mais da programação das estações de rádio. Os carros também darão as últimas cotações da bolsa de valores e avisarão o motorista se houver um congestionamento no caminho.

Dos veículos que serão vendidos este ano nos EUA, estima-se que 500 mil terão essas habilidades, usando um software de reconhecimento de voz para transformar as palavras do motorista em comandos de computador.

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Novo Cadillac já oferece visão noturna
Sistema que usa infravermelho detecta objetos e corpos a até 400 metros, projetando sua imagem no pára-brisa

Há um novo modelo da Cadillac que despertará a atenção de qualquer motorista que já tenha sido ofuscado pelo farol de outro carro ou surpreendido pela presença de um pedestre de roupas pretas numa estrada estreita e escura. Pela primeira vez um carro oferece a possibilidade de transformar a noite em dia, usando infravermelho, ou tecnologia de imagem térmica, para projetar uma imagem da estrada no pára-brisa.

Embora exija alguma prática do motorista para tirar proveito do sistema, a coisa funciona muito bem, detectando com antecedência objetos que à noite o motorista normalmente só vê no último instante. O problema é o custo: o preço desse opcional no novo Cadillac De Ville é US$ 2 mil. Mas afinal de contas talvez não seja muito, diante do preço total do carro, de US$ 53 mil.

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Suplementar – O sistema leva o nome de Night Vision, e emprega a mesma tecnologia que permite a atiradores militares no ar ou em terra atingir o alvo à noite. Um sensor na dianteira do carro “lê” a estrada numa distância de 400 metros à frente. Um projetor expõe a imagem infravermelha na parte inferior do pára-brisa, como uma pequena tela.

Assim como os espelhos retrovisores externos do carro, o Night Vision oferece uma imagem de ângulo aberto e, assim, faz os objetos parecerem mais distante do que realmente estão. Além disso, o pisca-pisca de outros carros e a sinalização da estrada não aparecem muito bem na “tela”. Isso significa que o Night Vision foi feito para suplementar, não substituir, o que os olhos do motorista dizem. Assim a idéia é dar uma olhada de relance na imagem ocasionalmente, exatamente como é feito com os retrovisores.

High tec – O sistema é quase sem valor em tráfego pesado ou em pistas bem iluminadas. Nesse último caso, afinal de contas, havendo tempo bom ninguém precisa de ajuda high tec para ver o que se passa à frente. Em tal situação, basta passar a mão sobre a parte esquerda da “tela” para desligar o sistema. O processo é semelhante para aumentar ou diminuir o brilho da imagem e para aumentar ou diminuir o tamanho dela, de forma a não interferir com a visão do motorista.

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O calor emitido por seres vivos e carros faz com que apareçam em formas brancas e fantasmagóricas no pára-brisa. Aparentemente tudo emite calor suficiente para aparecer na “tela”, mas objetos como árvores, postes de iluminação e defensas figuram em várias tonalidades de cinza.

Numa estrada escura, o Night Vision alcança distância duas vezes maior do que os faróis altos.

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