Limite estabelecido pelo Conama vale para todos os tipos de carro
Qual o limite estabelecido para a emissão de gases poluentes por automóveis? O Programa de Controle de Emissões Veiculares, instituído pela Comissão Nacional do Meio Ambiente (Conama), define que os veículos só podem emitir 0,3 gramas de monóxido de carbono por quilômetro rodado, no ano de 1997 – 91,6% a menos do que quando o programa teve início, em 88, quando o limite era de 24 gramas. Desde então, as montadoras passaram a adotar instrumentos que possibilitassem o enquadramento nos parâmetros definidos pelo controle.
A General Motors possui um sistema de injeção monitorado por computador que regula a quantidade de combustível necessária e suficiente para que o nível de emissão seja obedecido. Seus carros ainda possuem catalisador e um sensor para medir, continuamente, a relação entre os gases emitidos e o oxigênio.
Os carros da Fiat possuem, desde 1990, um filtro de carvão ativado que serve para evitar que o combustível evapore, produzindo mais poluição.
Já os da Ford possuem um sistema com vários sensores que detectam aumento na emissão de gases poluentes e que regulam essa emissão de acordo com os fatores ambientais, como temperatura e pressão, além de outras determinantes mecânicas.
CUIDADOS – Para que o sistema funcione perfeitamente, qualquer que seja o veículo, o motorista não pode violar os sensores, dispostos em várias partes do carro. “Mas isso não basta, é imprescindível que o catalisador seja trocado quando estiver danificado ou quando seu tempo de vida útil acabar”, previne o gerente de engenharia da Ford, Miltom Lubraico.
Os motoristas também devem ficar atentos à eficiência na dirigibilidade do veículo. “Quando ela não vai bem, é sinal de que o motor está queimando mais combustível do que o necessário e, portanto, emitindo poluição acima dos níveis definidos pelo Conama”, explica Lubraico.
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DATA: 01 / 06 / 2000
Perfume substitui desejo de ter supercarro
Fragrâncias de marcas como Jaguar ou Ferrari traduzem promessas e fantasias sugeridas pela posse de carro exclusivos
Jaguar for Men, diz a propaganda nos Estados Unidos, é um perfume que cheira a “lavanda, grapefruit, tangerina, manjericão, gardênia e folhas de groselha, com subtons de almíscar, samambaia, couro, âmbar e tabaco”. Também se pode dizer que cheira a dinheiro: perfumes Jaguar, uma marca do fabricante inglês, vendeu em todo o mundo mais de US$ 2 milhões em fragrâncias no ano passado, desde o Desodorante Jaguar até o Essencialmente Jaguar, um novo perfume dirigido a mulheres em busca de parceiros.
Outros fabricantes de carros de ponta – Ferrari, Bugatti, Corvette – também apostam em perfumes, em geral vendendo os direitos de uso da marca e cobrando uma pequena porcentagem das vendas.
No mercado brasileiro, pelo menos uma dessas marcas – a Ferrari – está presente, em duas versões, uma masculina e outra unissex. Uma terceira, também masculina, será lançada em setembro, informa Magali Merida, gerente comercial da Mira Comércio e Representações, que importa os perfumes Ferrari da Itália. No varejo, segundo Magali, um frasco de 40 ml do perfume Ferrari Rossa custa de R$ 60,00 a R$ 70,00.
Casamento – Carros e perfumes fazem um bom casamento, garante o executivo norte-americano Victor Zast, que negociou um acordo para a produção da Colônia Corvette quando trabalhava na Coty dos Estados Unidos. “Um carro é visto como a amante de um homem, um meio de realizar uma fantasia”, diz Zast, agora presidente da Private Perfumery. “E a compra de uma fragrância é baseada em esperanças.”`
Gian Luigi Longinotti-Buitoni, presidente da Ferrari North America, concorda com ele. “O produto licenciado precisa inspirar as mesmas emoções que o carro: velocidade e bombeamento de adrenalina, por exemplo”, afirma. “Eu não estou vendendo carros, estou vendendo um sonho.”
Longinotti-Buitoni admite que muitos compradores de perfumes Ferrari não podem adquirir uma Ferrari. “Entretanto”, ele diz, “os dólares que o consumidor tem no bolso não limitam a satisfação.”
Annette Green, diretora da Fundação Fragrância, uma associação da indústria norte-americana do setor, pensa que perfumes baseados em nomes de carros baseiam-se na identificação das mulheres com algum modelo.
Mas não espere encontrar qualquer marca de carro associada a um perfume. Zast, por exemplo, só procuraria alianças de marketing com automóveis que forneçam “uma imagem que transcenda o carro em si”. Como Land Rover, um carro que ele descreve como “vigoroso e aventuroso”. E que tal uma água-de-colônia Volvo? “Se nós tivéssemos uma fragrância”, diz Dan Johnston, porta-voz da Volvo nos Estados Unidos, “ela certamente se chamaria Sexy mas Segura.”