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CSN teve lucro líquido de R$ 296 milhões em 2001

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) registrou lucro líquido de R$ 296 milhões (R$ 4,13 por lote de mil ações) em 2001.

Este desempenho difere substancialmente do resultado de 2000, quando a empresa apresentou lucro líquido atípico de R$ 1,6 bilhão, devido principalmente aos ganhos não-recorrentes resultantes da venda de suas participações na Light – Serviços de Eletricidade S.A. e na Valepar S.A., controladora da Companhia Vale do Rio Doce.

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No consolidado em 2001, a CSN registrou lucro líquido de R$ 299,8 milhões. Pelas mesmas razões já mencionadas, este resultado foi muito aquém do registrado em 2000, de R$ 1,8 bilhão.

O ano de 2001 foi marcado pela finalização do programa de atualização e modernização da Usina Presidente Vargas (UPV), que totalizou US$ 2,25 bilhões nos últimos seis anos, incluindo a construção da Central Termelétrica.

O quarto trimestre já refletiu os efeitos positivos das reformas do Alto-Forno 3 (AF#3) e do Laminador de Tiras a Quente 2 (LTQ#2), realizadas no segundo e no terceiro trimestres de 2001: a produção de aço bruto cresceu 13% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando 1,3 milhão de toneladas; e as vendas aumentaram 11%, chegando a 1,14 milhão de toneladas.

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No entanto, apesar do bom desempenho operacional do quarto trimestre, a empresa foi impactada pelos efeitos da volatilidade do câmbio e registrou prejuízo líquido de R$ 130,8 milhões no período.

A CSN optou por diferir parte dos efeitos negativos da desvalorização cambial de 18,7% registrada em 2001, conforme as Deliberações da CVM (nº 404 e nº 409/01). O saldo a amortizar nos próximos três anos é de R$ 745,5 milhões.

Neste total não estão incluídos os R$ 107,4 milhões referentes ao diferimento resultante da desvalorização cambial ocorrida no primeiro trimestre de 1999.

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EBITDA consolidado recorde de R$ 1,7 bilhão-O EBITDA (lucro bruto menos despesas de vendas, gerais e administrativas, mais depreciação e exaustão) alcançou R$ 1,3 bilhão, em 2001, em linha com o registrado em 2000.

A margem de EBITDA (EBITDA/Receita Líquida), afetada pela compra de placas externas, ficou em 38,7%, contra 40,1% em 2000, mantendo-se como uma das mais altas da siderurgia mundial.

O consumo de placas externas teve impacto estimado sobre o EBITDA de R$ 97 milhões, ou 3 pontos percentuais.

O EBITDA consolidado cresceu 28% e foi de R$ 1,7 bilhão, com margem de 42,6% sobre a receita líquida.

Este aumento deve-se principalmente à contribuição das vendas de excedente de energia, através da controlada CSN Energia S.A.

Em 2001 a receita bruta proveniente destas vendas foi de R$ 566 milhões, e a contribuição para o EBITDA consolidado foi de R$ 425 milhões.

Produção de aço bruto foi de 4,0 milhões de toneladas-A produção anual sofreu os efeitos das paradas para reformas do AF#3 e do LTQ#2.

A produção de aço bruto alcançou 4,0 milhões de toneladas e a de laminados ficou em 4,1 milhões de toneladas, o que significou queda de 700 mil e de 500 mil toneladas, respectivamente, em comparação a 2000.

Por outro lado, a alta produtividade do AF#3 após a reforma vem proporcionando ganhos de escala e menor utilização de sucata externa na aciaria.

No LTQ#2, foram implantados controles digitais de produção, entre outras melhorias, o que já está propiciando um substancial ganho de qualidade e de produtividade.

O novo AF#3, com vida útil de 20 anos, proporciona ganho de escala, com elevação do volume de produção de placas da ordem de 15% e conseqüente redução de custo.

O custo de produção, em 2001, foi impactado pelo consumo de 571 mil toneladas de placas adquiridas externamente para as reformas e pelo reflexo negativo da desvalorização do real sobre as matérias-primas importadas e referenciadas em dólar, principalmente carvão e coque.

O aumento no custo de carvão, anunciado em julho de 2001, foi parcialmente compensado pela queda nos preços das ligas (estanho e zinco) no mercado internacional e pelo menor fuel rate nos altos-fornos.

O consumo de placas externas correspondeu a 11% do custo total de produção e o total de matérias-primas mais placas adquiridas foi equivalente a 44%.

Exportações de placas foram reiniciadas no 4º trimestre-O quarto trimestre registrou uma forte recuperação em relação ao trimestre anterior, com vendas de 1,14 milhão de toneladas, 43% a mais do que no terceiro trimestre de 2001, quando houve perda de volume devido às paradas programadas para as reformas.

O quarto trimestre também marcou o reinício das exportações de placas, que totalizaram 212 mil toneladas, correspondendo a 19% do volume total vendido.

A participação do mercado doméstico foi de 71% do volume total vendido, em comparação aos 77% do mesmo período do ano anterior.

No ano, as vendas de laminados e placas alcançaram 3,98 milhões de toneladas, 8% menores que em 2000.

Essa redução é decorrente das reformas na UPV que tiveram impactos sobre o volume produzido e disponibilizado para venda até o 3º trimestre.

O mercado doméstico absorveu 82% do total vendido, em comparação aos 76% em 2000.

O fornecimento de produtos galvanizados e folhas metálicas, de maior valor agregado, foi priorizado.

Assim, mesmo com a participação de placas em torno de 6%, os produtos revestidos representaram 42% do volume total vendido em 2001, em linha com o percentual de 2000.

Considerando-se apenas os produtos laminados, a proporção de revestidos aumenta 2 pontos percentuais, atingindo 44%.

O volume de vendas consolidado em 2001 atingiu 4,05 milhões de toneladas, comparadas às 4,45 milhões de toneladas de 2000.

A variação de 62 mil toneladas em relação à Controladora deve-se à realização de estoques na controlada Inal. A participação de revestidos ficou em 44% em 2001, um aumento de 1 ponto percentual.

Receita líquida foi de R$ 3,3 bilhões em 2001-A receita líquida anual permaneceu estável em R$ 3,3 bilhões. A participação doméstica foi de 86% contra 82% em 2000.

Apesar da queda de 8% no volume, o preço médio obtido para laminados aumentou 11%, decorrência de melhores preços e do melhor mix de produtos e mercados.

A receita líquida consolidada atingiu R$ 4 bilhões, o que correspondeu a um aumento de 15%.

Concorreram para este aumento as maiores receitas com venda de energia elétrica em 2001, no valor de R$ 545 milhões.

Deste total, R$ 425 milhões ainda aguardam liquidação financeira. Devido ao pleno funcionamento da Hidroelétrica de Itá (a última turbina começou a operar em fev/01) e à excepcional performance da Central Termelétrica (CTE), na UPV, registrou-se uma maior venda de excedente de energia no ano.

Despesas com vendas, gerais e administrativas caíram 5%-O custo dos produtos vendidos (CPV) cresceu 5% em 2001, totalizando R$ 2,1 bilhões.

Influenciaram este resultado o aumento dos custos devido ao impacto negativo aproximado de R$ 101 milhões referente à desvalorização do real no período, principalmente sobre as matérias-primas importadas ou referenciadas em dólar, e o consumo de placas adquiridas, com efeito negativo líquido, em torno de R$ 28 milhões.

Além disso, com a redução de produção, houve uma maior absorção dos custos fixos pelos produtos, o que gerou impacto negativo de cerca de R$ 78 milhões no resultado. O CPV consolidado foi de R$ 2,3 bilhões em 2000.

O aumento nos custos teve reflexo negativo na margem bruta, que alcançou 36,4% em 2001, em comparação aos 38,8% em 2000.

Estima-se que esta margem tenha sido prejudicada em cerca de 6 p.p. pelos efeitos não-recorrentes das reformas e pela maior cotação do dólar sobre os insumos importados ou referenciados nesta moeda.

Já a margem bruta consolidada foi de 42,7%, refletindo, principalmente, as vendas de excedente de energia elétrica no ano.

Em 2001, as despesas de vendas, gerais e administrativas, sem depreciação, foram reduzidas em 5%, alcançando R$ 303,4 milhões.

O melhor perfil de contas a receber, que possibilitou diminuição da provisão para devedores duvidosos, contribuiu para este decréscimo, sendo parcialmente compensado pelo maior pagamento de remuneração variável ao corpo gerencial e de abono aos empregados.

No ano, a CSN registrou outras despesas operacionais líquidas de R$ 159 milhões, com aumento de 163%.

A variação deve-se, principalmente, ao impacto negativo de R$ 68 milhões da provisão para perda de títulos a receber a longo prazo com empresas do setor de embalagens.

O resultado financeiro líquido (receita financeira menos despesa financeira e variação monetária/cambial líquida) de 2001 foi pior em R$ 316,6 milhões do que o de 2000, atingindo R$ 890 milhões negativos.

Esta variação é explicada pelo aumento das despesas financeiras, reflexo da variação cambial de 18,7% em 2001.

Resultado de equivalência patrimonial foi positivo em R$ 479 milhões-O resultado de equivalência patrimonial foi positivo em R$ 479 milhões em 2001.

A queda de R$ 939,5 milhões em relação a 2000 deve-se principalmente ao ganho registrado pela venda da participação na Valepar e na Light naquele ano, efeito parcialmente compensado pela maior receita com excedente de energia elétrica pela controlada CSN Energia em 2001.

Dívida líquida consolidada ficou em US$ 2,1 bilhões-Durante o quarto trimestre, a CSN registrou perdas resultantes de operações de hedge cambial realizadas ao longo do ano, visando a proteger sua dívida líquida consolidada contra flutuações da taxa de câmbio

. Estas perdas decorreram da apreciação da moeda brasileira nos dois últimos meses de 2001.

Para 2002, a estratégia de hedge da CSN estará voltada apenas para o endividamento externo de curto e médio prazos. Adicionalmente a empresa decidiu alterar gradualmente o seu mix de endividamento, substituindo linhas de crédito denominadas em dólares por instrumentos de dívida denomidada em reais.

A dívida bruta consolidada da CSN em 31 de dezembro de 2001 era de US$ 2,4 bilhões, em linha com a posição em 30 de setembro.

A posição de caixa em 31 de dezembro de 2001 era de US$ 289 milhões, sendo considerado neste cálculo o resultado das transações de hedge cambial.

A redução do caixa deve-se também a um crescimento das necessidades de capital de giro e aos investimentos operacionais no quarto trimestre, realizados com capital próprio.

A dívida líquida consolidada atingiu, então, US$ 2,1 bilhões em 31 de dezembro de 2001, US$ 300 milhões acima da registrada em 30 de setembro.

Em março de 2002, a Companhia realizou sua primeira emissão local de debêntures, no valor de R$ 690 milhões. Após a emissão, o caixa da Companhia era de aproximadamente US$ 600 milhões.

Investimentos na UPV foram de R$ 906,6 milhões-Em 2001, o total investido cresceu 23% e alcançou R$ 906,6 milhões, sendo R$ 219,3 milhões na reforma do AF#3, R$ 256,8 milhões no LTQ#2, R$ 89,9 milhões em meio ambiente e R$ 340,6 milhões em outros projetos. O investimento consolidado, em 2001, cresceu 21% e foi de R$ 1,08 bilhão.

Mecânica Online & Assessoria de Imprensa – CSN

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