Com os constantes aumentos no preço do combustível, os motoristas devem ficar atentos aos problemas que podem elevar o consumo. Um deles se refere ao catalisador automotivo danificado, falsificado ou que já tenha perdido sua eficiência.
A OMG, principal fabricante de catalisadores automotivos, com 60% de participação no mercado brasileiro, alerta que um veículo com injeção eletrônica de combustível, que não mais possua catalisador ou foi substituído por uma peça falsa, além de contribuir para o agravamento da poluição do ar, eleva o consumo mensal de combustível em até 20%.
Atualmente, estima-se que cerca de 3,5 milhões de veículos, no Brasil, circulam com catalisadores falsos, o que gera graves prejuízos ao veículo, ao meio ambiente e ao bolso do proprietário.
Considerando que o dono do veículo gaste, em média, R$ 320,00 por mês de combustível, ele estaria aumentando seu custo mensal em até R$ 60,00.
Já se o proprietário realizar a troca da peça por uma original ou apropriada, em aproximadamente 5 meses pagaria o custo do equipamento que está em torno de R$ 300,00 (valor para Gol 1.0 ano 98).
O catalisador é projetado para trabalhar em sintonia com o sistema de alimentação do motor. A injeção eletrônica recebe informações sobre a qualidade dos gases pela sonda lambda e controla a dosagem de combustível em relação ao ar.
Quando o catalisador é falso ou está danificado, a leitura da sonda lambda é afetada, gerando uma informação incorreta para o sistema, o que ocasiona o aumento do consumo de combustível e a perda de rendimento do motor.
A falta do catalisador ou um equipamento falsificado provoca outras falhas como alteração da contrapressão do sistema de escapamento e ruídos. Isso porque o catalisador falso não possui a cerâmica interna, que contém metais nobres responsáveis pela transformação dos gases poluentes em inofensivos.
No seu lugar, é introduzida uma palha de aço ou apenas um pedaço de tubo metálico de escapamento para dar peso, consistência e volume semelhantes à peça original. Assim, o produto é totalmente ineficiente e não desempenha sua função.
Qual o momento de trocar o catalisador? Para detectar se é a hora de trocar o catalisador, o motorista deve observar se o veículo apresenta sintomas como perda de força do motor, barulho no escapamento como se tivesse uma peça solta e “escape preso”, ou seja, entupido, o que leva a cerâmica interna a se desprender da carcaça metálica.
Além disso, a OMG recomenda ao consumidor fazer freqüentemente uma análise do sistema de escapamento do automóvel.
A simples inspeção poderá indicar se há necessidade de substituir a peça. “O catalisador é um componente projetado para ter o mesmo tempo de vida útil que o automóvel.
O equipamento pode ter a sua carcaça danificada por impactos, afetando a sua estrutura física, podendo causar a sua perda total.
Situações extremas de má conservação do carro ou de abastecimento com combustível adulterado, comprometem a durabilidade da eficiência na conversão de gases do catalisador, regulamentada em 80 mil quilômetros.
Além disso, a peça perde a garantia de fábrica”, explica Stephan Blumrich, gerente de Tecnologia de Aplicação e Industrial da OMG.
Dicas para a substituição do catalisador Para não comprar um catalisador falso, antes de autorizar a troca da peça, o consumidor deve verificar o seu preço. Se estiver muito baixo – em torno de R$ 100,00 – não corresponde a um catalisador original.
O produto, encontrado nas revendas, também deve estar dentro de caixas padronizadas com a marca do fabricante, especificação de suas aplicações e, principalmente, com o certificado de garantia e a nota fiscal. Além disso, é aconselhável acompanhar a substituição da peça.
Após a retirada do catalisador danificado, o consumidor deve pedir o equipamento que foi retirado do veículo e verificar o desconto a ser oferecido caso deixe o produto no local, em torno de R$ 30,00.
Outra opção é encaminhá-lo para reciclagem. O catalisador corre o risco de voltar ao mercado como um equipamento falso, para que seja utilizado em outro veículo. Isso não é correto e é crime ambiental.