Muitos dos cuidados adotados na aquisição de um carro usado normal também devem ser tomados na compra de veículos blindados.
O alerta é da Abrablin (Associação Brasileira de Blindagem). Uma das preocupações específicas é verificar se o revendedor possui o Certificado de Registro (CR) junto ao Exército.
É o mesmo documento exigido das blindadoras, porque os blindados são produtos controlados.
A blindadora também é obrigada a emitir a seus clientes um Termo de Responsabilidade.
Nele está contido o Relatório Técnico Experimental (ReTex), que confirma se os materiais utilizados na blindagem foram aprovados em testes feitos pelo Exército, afirma Franco Giaffone, presidente da Abrablin.
É preciso levar em consideração não apenas o custo e o acabamento do veículo, mas, acima de tudo, a segurança que oferece.
É necessário conferir se a blindagem foi realizada tanto na parte transparente (vidros), quanto nas áreas opacas.
O Exército não permite blindagens parciais. Deve-se checar se toda a cabine está devidamente protegida.
Os principais pontos do carro a serem observados são a suspensão e freios. É comum haver um desgaste devido ao excesso de peso adicionado ao veículo, o que pode prejudicar itens de suspensão, como amortecedores e molas, e o desempenho do motor.
Normalmente, a blindadora que executou o serviço é a encarregada pela conservação dos equipamentos. Porém, é prudente confirmar junto à revendedora quem é o responsável por essa manutenção.
No momento da compra, deve-se observar se a blindadora que efetuou o serviço ainda existe. Se a empresa já tiver fechado, não há a quem recorrer em caso de defeito. Além disso, o veículo perde valor no mercado.
O vidro blindado é um item que merece muita atenção. Ele é formado por lâminas de vidro e outros produtos, que são vulneráveis ao calor e umidade em excesso.
Com o passar do tempo, pode haver a delaminação (descolamento das lâminas), que diminui a resistência balística.
Isso se verifica facilmente pelo surgimento de bolhas. Neste caso, a Abrablin recomenda a troca do vidro.
Fonte: Franco Giaffone, presidente da Abrablin