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Sistema Flex beneficia mercado de crédito de carbono no Brasil

País também se destaca pela extensa área verde e pela grande produção de cana-de-açúcar, um dos maiores consumidores de CO2 da atmosfera

O crédito de carbono é uma das saídas alternativas para que os países mais desenvolvidos, participantes do Protocolo de Kyoto, possam atingir as metas de redução da poluição.

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Por meio deste sistema, as empresas de países em desenvolvimento, que em princípio não são obrigados a cumprir o tratado, que realizam projetos de redução de emissão de gases por meio de ações como o reflorestamento, podem vender esse ‘crédito’ às nações que necessitam se enquadrar no acordo, o que rende vantagens financeiras e ambientais.

O Brasil terá destaque neste mercado por ter grandes áreas verdes e por ser um dos maiores produtores de cana-de-açúcar do mundo.

A planta é uma das fontes alternativas mais eficientes do ciclo de carbono, devido a sua grande absorção de CO2, uma vez que este é utilizado pela cana-de-açúcar por meio da fotossíntese.

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Esta situação privilegiada é reforçada pela aplicação de tecnologias renováveis no setor automobilístico.

Uma delas é o desenvolvimento do Sistema Flex, que prevê tanto a utilização de álcool, de gasolina ou a mistura de ambos.

Este sistema, pelo uso do álcool, mostra-se importante pela capacidade de explorar o seqüestro de carbono com o plantio da cana-de-açúcar. Além disso, esta tecnologia permite flexibilizar o uso de combustíveis de acordo com a disponibilidade local.

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Para a AEA – Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, os veículos equipados com o Sistema Flex são uma das contribuições brasileiras para que os objetivos do Protocolo de Kyoto sejam alcançados.

“As nossas particularidades beneficiam diretamente o País, que apresenta grande potencial para a comercialização do crédito de carbono e para a exportação destas inovadoras tecnologias, já amplamente aceitas pelo consumidor nacional”, conta Alfredo Castelli, diretor de Meio Ambiente da AEA.

Entenda o Protocolo – Em vigor desde fevereiro desde ano, o Protocolo de Kyoto estabelece que os países industrializados devem reduzir a quantidade de gases poluentes, causadores do efeito estufa, em pelo menos 5% em relação aos níveis emitidos em 1990.

A redução da poluição deverá acontecer em várias atividades econômicas, principalmente nos transportes, responsáveis por um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono na atmosfera, seguido das queimadas e queima de combustíveis fósseis.

A AEA, fundada em 1984, é uma entidade sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover discussões técnicas ligadas ao setor automotivo, energético e de transporte em geral.

Entre os membros associados estão: montadoras de veículos, fabricantes de motores e autopeças, produtores e distribuidores de combustíveis, representantes da área acadêmica, institutos de pesquisa públicos e privados e órgãos governamentais.

Os trabalhos e avaliações realizadas na AEA se desenvolvem por meio de comissões técnicas.

A AEA atua junto à sociedade como um todo, consolidando sua condição de entidade tecnicamente isenta e independente.

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