Salão Internacional do Transporte ocorreu de 15 a 19 de outubro, em São Paulo, com aumento no número de expositores em segmentos como rastreamento de cargas e veículos, autopeças, motores, pneus e equipamentos para terminais de carga
O maior evento da América Latina para o setor de transporte de carga e logística, a Fenatran 2007 – Salão Internacional do Transporte, que ocorreu de 15 a 19 de outubro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, reuniu todas as montadoras de caminhões do País entre Mercedes-Benz, Volkswagen, Ford, Agrale, Scania, Volvo, Fiat e Iveco e os principais fabricantes de implementos rodoviários do Brasil como Randon, Facchini, Guerra, Noma, Pastre, Rossetti, Librelato, Niju, Rhodoss, entre outros.
Outro destaque este ano foi o aumento na participação de empresas de segmentos como autopeças, fabricantes de motores, pneus, equipamentos para oficinas e rastreamento, distribuidores de combustíveis, seguradoras, bancos e financiadoras com linhas de crédito e financiamentos para o setor.
De acordo com Evaristo Nascimento, diretor do evento, que é organizado e promovido pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, a participação desses expositores demonstra o quanto a feira é diversificada.
“Hoje, no mercado global, eventos da grandeza da Fenatran têm que suprir as demandas de quem busca o aperfeiçoamento. Isso transcende a exposição, fazendo com que a participação no Salão passe a ser encarada como uma vitrine de oportunidades e soluções diversas dos negócios. Os segmentos de transporte e logística buscam essa ampliação para competir de forma equivalente com os mercados de outros países”, analisa.
Foram mais de 300 expositores, de 12 países, distribuídos pelos 78 mil metros quadrados de exposição do Pavilhão, com uma visitação estimada em 44 mil pessoas entre transportadores de carga, frotistas, industriais, compradores, comerciantes, profissionais e técnicos do setor.
Presidente Lula durante pronunciamento na abertura oficial da FENATRAN – Os números vão além da produção e venda de caminhões – É certo que 2007 deverá ficar para a história como o ano de maior produção e venda de caminhões.
De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o segmento de caminhões no período de janeiro a julho deste ano, teve vendas de 33,1 mil unidades, crescimento de 27,6%, acompanhado pela expansão da produção, no mesmo período, de 23,4%, com 74,5 mil unidades.
No último dia 6 de agosto, em entrevista coletiva, Jackson Schneider, presidente da Anfavea, ressaltou que o bom momento do mercado interno está fundamentado no trinômio aumento de massa de crédito, redução da taxa de juros e aumento dos prazos de financiamento.
Outros aspectos relevantes estão por conta do agronegócio e a alta demanda nos setores da cana-de-açúcar, mineração e construção.
Com o crescimento do mercado e a exigência de demandas como os “não-poluentes”, a profissionalização do setor de transporte e logística, a facilitação nas linhas de financiamentos, além da implantação de sistemas de localização e rastreamento, há uma tendência crescente de participação de outros segmentos que têm participação no transporte de carga e logística e isso deve refletir-se na exposição da Fenatran deste ano.
Abertura oficial -Um bom exemplo das novas exigências do setor é a alta na fabricação de rodas de alumínio para caminhões. Trinta por cento mais leves que as de aço, essa inovação garante menor desgaste nos pneus e sistemas de freios, além da redução no consumo de combustível.
Novas perspectivas, com leis mais abrangentes – O sistema rodoviário brasileiro é o responsável pelo transporte de 60% das cargas pelo território nacional, sendo que o debate a respeito das melhorias na eficiência desta alternativa passa por mudanças e melhorias em áreas como: monitoramento de cargas, armazenamento para transporte de cargas, fiscalização rigorosa nas dimensões e peso dessas cargas e investimentos público e privado no aprimoramento técnico e educacional do transportador.
Os avanços podem ser ainda maiores para o setor a partir da implantação do Plano Nacional de Pesagem, que deve ser implementado a partir de 2008, onde estão programadas 254 unidades espalhadas por todo o País, e o novo rumo tomado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no que tange à discussão pública sobre a lei número 11.442, sancionada em janeiro deste ano, estabelecendo que o registro para operar deixar de ser censitário e vira uma pré-condição para o exercício da atividade.