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Bicicleta a hidrogênio: kit híbrido com bateria e células a combustível

Preço da recarga da bateria, feita em uma tomada, fica em torno de R$ 45 centavos.

Isto significa um custo de 1 centavo por quilômetro rodado, muito menor que o gasto com passagens de ônibus ou com automóveis, que fica acima de 20 centavos por quilômetro

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Horas e mais horas presos no caótico trânsito das grandes cidades, bem como a má qualidade do transporte público, principalmente nos horários de pico, tem levado muitas pessoas a procurar por soluções de transporte para o trabalho, tal como o uso das bicicletas.

Se adicionarmos a oportunidade para economizar dinheiro e queimar algumas calorias, o uso das bicicletas já seria uma justificativa bem interessante.

Porém, muitas pessoas ainda sofrem para dar uma boa pedalada, principalmente nas subidas. Mas uma empresa de Curitiba promete revolucionar o transporte individual por meio do uso de bicicletas elétricas, ou mais carinhosamente, as “magrelas elétricas”.

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A Brasil H2, empresa de Curitiba e que desenvolve projetos com a energia do hidrogênio, está desenvolvendo duas soluções de bicicletas assistidas eletricamente, Em ambas, o ciclista pode pedalar enquanto o motor elétrico funciona, principalmente naquelas subidas mais temidas e desgastantes, cujo suor pode ser evitado.

De acordo com o Engenheiro Emilio Hoffmann Gomes Neto, o objetivo da bicicleta elétrica não é substituir a tradicional bicicleta e muito menos o exercício físico, mas adicionar uma opção de propulsão elétrica quando necessário.

Emilio explica que alguns estudos científicos comprovam que as bicicletas assistidas eletricamente contribuem para um melhor rendimento na pedalada em relevo plano, após utilizar a ajuda do motor elétrico na subida.

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“Normalmente após uma subida, o ciclista de uma bicicleta convencional não rende muito bem no relevo plano. Com uma bicicleta assistida eletricamente na subida, o ciclista, além de pedalar levemente neste trecho, rende melhor no relevo plano”, explica o engenheiro.

Emilio conta que a empresa lançará nesse mês dois kits de conversão para bicicletas elétricas. Uma utilizará baterias de níquel metal-hidreto, que são mais ecológicas que as baterias de chumbo-ácido, além de mais leves, e um kit híbrido com bateria e células a combustível de hidrogênio.

“Apresentaremos esse mês a primeira bicicleta elétrica a hidrogênio do país, desenvolvido no Brasil”, revela Emilio.

O kit, que já tem nome, Mobius FLS, foi inspirado no conceito de mobilidade urbana sustentável, cada vez mais presente nos planos diretores das grandes e médias cidades em todo o mundo.

“Criamos o conceito de Mobilidade Urbana Sustentável para o Futuro Limpo e Saudável, de onde surgiu o nome Mobius FLS, que também tem ligação com a forma geométrica de Mobius e que inspirou o símbolo de reciclagem, do ciclo de sustentabilidade”, explica o engenheiro.

O diretor de tecnologia da Brasil H2, o engenheiro William Záccaro Gomes, conta que há no Brasil uma movimentação por parte de algumas cidades e do Ministério das Cidades, para se ampliar a infra-estrutura de ciclovias e ciclo-faixas, justamente para motivar o uso da bicicleta como meio de transporte para o trabalho, dentro da linha de mobilidade urbana sustentável.

“Cidades como Curitiba, Florianópolis, Blumenau e Pomerode estão ampliando e padronizando, em conjunto com o Ministério das Cidades, as sinalizações das ciclovias e ciclo-faixas”.

Uma preocupação nova e que não havia sido abordada pelos órgãos que estão padronizando a sinalização das ciclovias, e que foi alertado pelos engenheiros da Brasil H2, é o limite de velocidade nas ciclovias e ciclo-faixas.

“Já existem no Brasil alguns fabricantes e fornecedores cujas bicicletas elétricas atingem velocidades entre 40 e 60 quilômetros por hora, o que é um perigo para os ciclistas e pedestres”, conta William.

De fato, em algumas cidades as bicicletas elétricas com velocidades próximas aos dos ciclomotores, bem como design semelhante às das scooters movidas por gasolina, já tem causado polêmica com os órgãos de trânsito, os quais têm exigido carteira de habilitação para conduzir as bicicletas elétricas.

William revela que a Brasil H2 oferecerá kits que limitam a ajuda do motor até a velocidade de 25 km/h, que é a média da velocidade permitida na Europa, EUA e Ásia.

Se o ciclista desejar pedalar acima desta velocidade, será pela própria força da pedalada, algo muito difícil para as bicicletas elétricas parecidas com scooters, pois estas são pesadas. No caso dos kits oferecidos pela empresa de Curitiba, o motor elétrico será o mais leve e compacto do mercado, oferecendo pouca resistência à pedalada do ciclista que ainda deseja queimar algumas gordurinhas.

Custo por km rodado é de 1 centavo – De acordo com os engenheiros, as bicicletas assistidas eletricamente têm, em média, autonomia entre 30 e 45 km, suficiente para pessoas que realizam trajetos diários dentro desta faixa de quilometragem. “Com a célula a combustível de hidrogênio, a autonomia será maior”, revela William.

A empresa curitibana fornecerá kits de conversão da linha Mobius FLS para os ciclistas que desejam converter a própria bicicleta em uma assistida eletricamente.

“Os kits poderão ser usados em bicicletas com aro de 26 polegadas. O ciclista trocará a roda original pela roda com motor elétrico, basicamente, além de instalar a bateria, o controlador e o acelerador. A instalação é fácil e terá um manual multimídia explicando como instalar”, observa Emilio.

Quantos aos possíveis usuários das “magrelas elétricas”, os engenheiros destacam desde estudantes universitários e advogados ecologicamente corretos e que não desejam chegar à aula ou trabalho pingando suor, até empresas como Correios e concessionárias de energia. “As bicicletas podem ser usadas por carteiros e funcionários de concessionárias de energia que fazem a leitura do consumo de energia das residências”, diz William.

Com relação ao custo, a Brasil H2 afirma que o preço da recarga da bateria, feita em uma tomada, fica em torno de R$ 45 centavos. Isto significa um custo de 1 centavo por quilômetro rodado, muito menor que o gasto com passagens de ônibus ou com automóveis, que fica acima de 20 centavos por quilômetro.

Com relação à bicicleta elétrica com células a combustível de hidrogênio, o Engenheiro William revela que serão comercializadas apenas algumas unidades, principalmente para empresas do setor de energia.

Segundo o engenheiro, as bicicletas elétricas a hidrogênio fazem parte da linha de pesquisa da Brasil H2 e deverão ser efetivamente comercializadas com preços competitivos dentro de 2 a 3 anos. Entretanto, se houver interessados, a empresa venderá a bicicleta do futuro.

Desde a sua fundação, William explica que a Brasil H2 tem fundamentado as suas atividades no incentivo ao uso e desenvolvimento de tecnologias eficientes de geração de energia, como as células a combustível, bem como o uso de fontes de energias renováveis de energia.

Porém, apesar dos carros a hidrogênio contribuírem, no futuro, para a redução da emissão de poluentes nos grandes centros urbanos, os congestionamentos nas grandes cidades continuarão.

Desta forma, surge o conceito de mobilidade urbana sustentável que busca aumentar a acessibilidade das pessoas, reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera e gastos com transporte, além de proporcionar uma melhor qualidade de vida.

Para quem deseja mais informações sobre as bicicletas assistidas eletricamente, visite www.brasilh2.com.br

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