Reportagem | Mecânica Online® & Aponte
Com o início das férias escolares, muitas famílias programam viagens para relaxar, conhecer outros lugares, visitar a família ou simplesmente para descansar.
Como opção para chegar ao destino escolhido, muitas pessoas escolhem o carro como meio de transporte e pegam a estrada.
Mas o que pode ser um momento ‘zen’ pode se tornar um verdadeiro pesadelo quando a viagem começa com problemas no automóvel.
Um dos temores de quem viaja com veículo próprio é ter problema com a bateria do carro.
De acordo com o engenheiro de desenvolvimento da Baterias Moura, Thiago Dantas, para evitar surpresas desagradáveis, é importante tomar algumas precauções antes da hora de viajar.
“Peça ao seu eletricista de confiança para medir a tensão do alternador com o veiculo em funcionamento”, sugere.
“Dessa forma, ele pode verificar se o dispositivo está funcionando corretamente. Isso garantirá a recarga da bateria”.
Segundo Dantas, se houver muitos equipamentos instalados no veiculo – como faróis de milha, som de alta potência, DVD e rastreadores – também é importante medir a tensão do alternador com o veiculo em funcionamento e com todos os equipamentos ligados.
“Com isso, pode-se avaliar se a peça não está sobrecarregada pelo excesso de equipamentos. Se a tensão estiver abaixo de 13,6V, a bateria não estará sendo recarregada adequadamente”, aponta.
Para não descarregar a bateria, é importante evitar utilizar o som por períodos prolongados com o veiculo desligado.
Ao desligar o carro, mesmo que por pouco tempo, verifique se não deixou nenhum instrumento ligado, como som ou faróis.
Se, ao dar a partida, houver dificuldade ou demora em acionar o motor, procure um técnico de confiança para avaliar a bateria e o motor de partida.
“O motor de partida pode estar com defeito ou a bateria pode estar com carga baixa ou no final da vida útil”, diz o engenheiro de desenvolvimento da Moura.
O clima frio também exigirá mais energia da bateria.
“Caso ela tenha descarregado, deve-se recarregá-la completamente utilizando a carga lenta por 24 horas. Isso evita a formação de cristais de sulfato, que podem causar danos irreversíveis ao equipamento”, aconselha Thiago Dantas.
“É importante mantê-la sempre recarregada e em bom estado”.
Caso seja a hora de trocar a peça, é fundamental exigir uma de boa qualidade.
A bateria Moura possui três componentes que a diferenciam das demais: agente químico, mecânico e elétrico.
O agente químico é uma composição de aditivos que facilitam a recarga da bateria e a protegem dos danos da descarga profunda em uso prolongado.
O agente mecânico promove a robustez da bateria, garantindo seu uso prolongado.
Por fim, o agente elétrico, uma composição de ligas especiais, promove a melhor condução de corrente da bateria.
“Com isso, a energia consegue fluir livremente, facilitando a partida mesmo em temperaturas mais baixas”, conclui Dantas.
Amortecedores também exigem atenção
O trafegar do veículo impõe oscilações às suas molas e, consequentemente, à sua carroceria.
Cabe aos amortecedores controlar estas oscilações para garantir a estabilidade do veículo e, também, as condições de conforto dos ocupantes. Por isso, garantir a durabilidade do amortecedor, responsável por manter os aspectos estruturais do automóvel, dentro dos critérios de cada montadora, é algo importante e que exige atenção.
Não exceder a carga máxima do veículo; não fazer alterações das características originais da suspensão; utilizar coxins, batentes e coifas de boa qualidade; fazer alinhamento de direção e balanceamento das rodas na frequência indicada pela montadora do veículo; e evitar arrancadas e freadas bruscas são algumas das atitudes que contribuem para o aumento da vida útil do amortecedor.
De toda forma, é sempre bom lembrar que os amortecedores e molas fazem parte de um conjunto.
“Para que ele tenha sua vida útil prolongada é importante que todas as outras peças que fazem parte desse sistema estejam em perfeitas condições” alerta Jair Silva, Supervisor de Assistência Técnica e Serviços da Nakata, marca que pertence à Affinia Automotiva.
É possível ao usuário avaliar a necessidade de troca do amortecedor de diversas formas.
Observar se o desgaste dos pneus acontece de forma regular, pois amortecedores desgastados fazem com que o pneu perca contato com o solo provocando desgaste desigual; e ficar atento ao desconforto na dirigibilidade do veículo.
Além disso, observar se há perda de estabilidade e, ainda, se há impactos ao passar por irregularidades do solo como quebra-molas ou depressões.
Caso alguma dessas situações aconteça, é uma boa hora para procurar o mecânico, pois o amortecedor precisa ser inspecionado ou substituído.
Os amortecedores Nakata possuem dois anos de garantia para veículos de passeio e seis meses para veículos comerciais e pesados ou 50 mil km rodados.
“Do ponto de vista prático, podemos afirmar que a vida útil do amortecedor está diretamente ligada às condições gerais do sistema de suspensão, à forma de condução do veículo e ao tipo de piso onde ele trafega”, explica Jair.
“Entretanto, já tivemos casos de amortecedores Nakata com mais de cem mil quilômetros rodados que mantiveram praticamente todas as especificações originais” afirma.
Na hora de comprar um bom amortecedor, o consumidor deve procurar uma loja ou um mecânico de referência.
É importante ficar atento à peça. O consumidor deve sempre adquirir um amortecedor novo, nunca um recondicionado.
Os amortecedores usados podem causar instabilidade, vibrações e ruídos na suspensão e, ainda, comprometer o desempenho dos freios. Além disso, pode reduzir o contato entre o pneu e solo e, com isso, causar acidentes.
“Manter o veículo com molas e amortecedores em bom estado é uma garantia para que outros componentes da suspensão e direção como, por exemplo, borrachas, buchas, articulações e até mesmo a estrutura do veículo não sofram danos” finaliza Jair.
Em 2011, a Affinia prevê colocar no mercado, sob a marca Nakata, 36 novas aplicações de amortecedores das Fiat, Ford, General Motors, Honda, Hyundai, Mercedes Benz, Peugeot, Renault, Volkswagen e Volvo.
As famílias de automóveis com maior oferta de itens são Corolla da Toyota de 2008 a 2011 e Uno Mille Way, Ideia e Línea, os três últimos da Fiat.
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