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Os chineses chegaram

Quem pensou que os chineses seriam apenas evento tópico no mercado, causando pequenos e inconseqüentes arrepios, pode rever o critério. Os fatos exigem.

Duas das oito montadoras expondo no Salão do Automóvel, novembro do ano passado, anunciaram construir fábrica.

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Outra, implantar centro de desenvolvimento, montar no Uruguai, vender através de consórcio próprio.

Futuros fabricantes anunciam-se a Chery, em sociedade com grupo nacional, em operação a ser realizada a partir de 2013 em Jacareí, SP, em área de 1M m2, intentando produzir 170 mil unidades/ano, com elevada nacionalização.

Outra, de pretensões proclamadas nesta semana, é de produtos JAC, em capital formado por maioria do grupo brasileiro SHC, hoje o maior vendedor de automóveis no país – previsão de 145 mil unidades! – e a JAC.

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Não decidiu local – e começa a nadar de braçada entre as propostas feitas por estados e municípios para instalação – mas o produto: hatch, motor acima de 1.000 cm3, versões entre R$ 30 mil e 40 mil.

Presença – Hoje a presença dos chineses é de 1% do mercado nacional. Pequena, mas curiosamente influente. Foi a presença da JAC e seus carros completos, que fez as montadoras antigas a baixar preços e melhorar o conteúdo dos veículos.

Provocou outras mudanças, como a inexplicável – aliás é explicável dentro do tipo de costura que existe no Brasil a juntar espécies, idéias e posturas diferentes como sindicalistas, industriais e governo – passeata dos metalúrgicos da Mercedes-Benz.

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Foi contra a presença dos importados, encerrando empregos. Vamos combinar que a Mercedes no Brasil produz apenas caminhões e, ao que se saiba, nenhum caminhão importado e aqui vendido ceifou um único emprego em montadora.

Ou seja, um factóide para motivar ações oficiais contra os importados e o que podem representar de perigo: exigir mais segurança, melhor conteúdo e atualização mecânica, itens que os carros brasileiros estão descompromissados.

Quantas fábricas de automóveis terá o Brasil? Ninguém sabe, mas é número entre 30 e 40. Uma a mais ou menos não fará diferença – exceto se forem chinesas e sua rapidez de reação.

Roda-a-Roda – Rédeas – A Fiat assumiu as ações do governo do Canadá na Chrysler, e sua condução. Criou Conselho Executivo do Grupo, e quadro sub grupos: mercados internacionais; marcas; processos; apoio e novos negócios.

Escola – Na prática os executivos não estão envolvidos, mas comprometidos com resultados, festejados no êxito, degredados na falha. Sergio Marchionne, no. 1, será também o número 1, e a Fiat brasileira tem dois executivos de proa no CEG: Cledorvino Belini, responsável pela América Latina e Vilmar Fistarol, por compras do grupo.

Futuro – A separação por marcas exibe um sub-grupo, unindo Chrysler à Lancia. Assim, fusão de plataformas serão feitas ocorrerão entre as duas marcas, ao contrário de informações anteriores, de novos Alfa em plataforma Chrysler. Alfa está em grupo de pouca expressão, com Abarth e Maserati.

Simples – Anunciado em abril, em setembro a Ford iniciará vender o Fusion com motor V6 e tração simples, dianteira.

Quer preencher o intervalo entre o L4 2,5 litros e o V6 3.0 com tração integral. Carros completos, tecnologicamente atualizados, assistência técnica, responsável, garantem 30% do mercado.

Penetração – Quem pensava que os chineses seriam apenas coceira no mercado, deve rever conceitos. Duas fábricas anunciadas – Jac e Chery – e o grupo Effa com montagem no Uruguai, Centro de Desenvolvimento Tecnológico no Brasil e, agora, consórcio da marca para dinamizar vendas.

Bolso – No varejo o Lifan 320 – aquele parecido com os Mini – tem dividido seus R$ 31 mil em 60 prestações de R$ 619,00, incluindo seguro-garantia para a sua quitação. A modalidade consórcio é a que mais cresce após as medidas de restrição ao crédito impostas pelo governo.

Dona – A matriz Volkswagen foi ao mercado e comprou 55,9% das ações da MAN. Está em expansão e agora controla Scania e MAN.

O mundo empresarial é das surpresas. Há dois anos a MAN comprou a VW Caminhões. Agora a VW comprou a compradora. A operação de caminhões e ônibus está em expansão mundial e o mercado brasileiro é o maior e mais rentável do mundo.

Proteção – O Inmetro, enfim, iniciou exigir que componentes de reposição para automóveis cumpram os seus parâmetros e portem seu selo de certificação.

É a Portaria 301, e os itens são: amortecedores de suspensão; bombas elétricas de combustível para motores Otto; buzinas; pistões, pinos, travas, anéis de pistão; bronzinas; lâmpadas.

Quebra-galho – Preocupado com nova sinalização de crise econômica mundial; com as contas brasileiras que não reduzem gastos internos; com a queda de competitividade dos produtos brasileiros, subitamente encarecidos pela desvalorização do dólar e, de carona, com a crescente desnacionalização da indústria, pelo aumento na importação de componentes, reduzindo a utilização de peças nacionais, e o número de intervenções industriais nos produtos, o governo federal agiu.

Timidez – Com parcimônia. Retirou contribuição social – o Tesouro pagará – devolverá créditos gerados por importação, facilitará financiamentos, manter reduzido o IPI sobre veículos comerciais leves, bens de capital e materiais de construção.

Como é conta a ser paga pela população, deveria ter ouvido órgãos representantes dos segmentos envolvidos.

Mercado – Consequencia mensurável será a expansão de vendas dos comerciais. As outras parecem tíbias, meramente contemporizadoras.

Expansão – Pioneira, maior como fabricante de aditivos para veículos, a Bardahl fez acordo operacional com a rede de trocas rápidas de óleo Lubrax+. Prevê estar em 300 postos de vendas neste ano.

Do ramo – Convidada a experimentar um monoposto de Fórmula 3 Sudamericana, há 11 anos sem sentar num carro destes, a carioca Suzane Carvalho surpreendeu.

Com macacão e capacete emprestados, carro sem ajustes para suas medidas, ganhou a primeira etapa e foi vice na segunda.

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