A Volkswagen do Brasil comemora milhão e meio de unidades vendidas da Kombi. Veículo curioso, com história idem, nasceu de sugestão de Ben Pon, importador holandês das primeiras horas.
A matriz alemã adequou o desenho à realidade industrial em produto com referência única: transportar seu peso em carga: 1.ooo kg x 1 t.
No Brasil foi lançamento em 1957, na nascente fábrica em S Bernardo do Campo – com pouca montagem anterior -, e as reduzidas exigências legais de segurança, vibrações, ruídos, emissões, mantiveram-na em produção basicamente imutável, apenas com mudanças cosméticas sobre mesmo projeto e estrutura. Na Alemanha seis gerações a sucederam.
É de montagem agora defasada, com a simplória metodologia industrial do pós-guerra, sem refinamentos construtivos, e a margem de lucro pela falta de concorrência, e o volume de vendas projetado neste ano em 25 mil unidades, não justificam trocar a mão de obra barata dos 736 funcionários por caros robôs e automatização.
Sua ala de produção, é verdadeiro museu em procedimentos industriais, choque de realidade apresentado aos novos diretores quando chegam ao Brasil.
O motor refrigerado por ar, inicialmente com 1.100 c3; depois 1.200; 1500 e 1.600 cm3 foi substituído pelo improviso de um 1.4, em linha, refrigerado por água.
E durará até 2013 pois, no ano seguinte, a inexplicavelmente tardia exigência do uso de almofadas de ar – inadaptáveis à estrutura antiga – forçará seu fim. Terão sido 56 anos de produção, ou 59 se contada à partir da montagem.
Tem histórias peculiares – Kombi é igual frigideira, explicam os que com ela trabalham: use até furar – e outras sem graça, como os registros de muitos acidentes, capotagens, incêndios, danos, perdas humanas.
Ford tira linha F de produção – Medida corajosa, a Ford rasgou uma página da história, ao encerrar produzir veículos da cabine recuada.
Do grande picape F 250, aos caminhões. A linha F esteve no Brasil desde 1949. Sem explicações, exceto etéreo especular sobre a mudança das regras de emissões, provocando mudanças em motores e veículos.
A família de picapes F começa no F 150, dos veículos mais vendidos no mundo. O Brasil produzia os irmãos maiores, a partir F 250, exportando-os à América Latina, África do Sul e Austrália.
Como fica o buraco aberto pela supressão dos caminhões F cedido aos concorrentes? A Ford diz, oficiosamente, produzir o F 250 e F 350 e 4000 até o final de dezembro, prazo legal antes da vigência das novas regras para emissões.
Quanto ao 8-15, trocará a motorização, painel, detalhes, e se transformará em 8-16. Também, fará tentativa de transformar o turco Transit em caminhãozinho.
No caso do F 250, o recado foi dado há tempos, quando a empresa anunciou o ambicioso projeto Ranger 2012, ampliando versões, fabricando seus próprios motores diesel e gasolina na Argentina, abrindo amplo leque para concorrer com picapes menores e com o topo do mercado, Toyota e Amarok.
Agora irá acima para herdar os usuários do F 250 que, no catálogo está dois degraus adiante.
Roda-a-Roda- Kia – Decisão do Superior Tribunal de Justiça livrou a Kia Motors do pagamento de compensações, indenizações, multas e juros cobrados por comportamento da extinta Asia Motors, que aprovou projeto de produção, conseguiu incentivos, aproveitou-os – e não compensou nem devolveu as vantagens ao país.
Como fica – No mais de R$ 1B questionado, entendeu o Tribunal, a Kia, que assumiu a marca, não teve ingerência na gestão. Espera-se, a Receita Federal deve cobrar a conta do empresário brasileiro então à frente do negócio, e continua por aí, fagueiro.
Vinda – Retirado o óbice, afastado o receio de cobrança, a Kia-Hyundai deve acelerar providências para fincar pé no Brasil.
Irmão menor – Convite para entrar pela porta da frente na família BMW, o coupé M1. Carroceria esportiva, o prefixo M indica conjunto harmônico com rendimento esportivo e segurança. R$ 268.000.
Fim – A Daimler AG, holding com a marca Mercedes, informou não haverá 2013 para seus ultra luxuosos Maybach. Poderosos, caros, os Maybach, superiores aos Rolls-Royce em refinamentos, sempre deram monumental prejuízo e, diz Autoweek, a Daimler se aplicará aos seus carros da série S.
Corte – A crise européia fez a Fiat rever suas projeções para 2.012: baixou de 1,3M para 1M o volume de produção.
Em compensação, quer comprar os 19% de ações que a Volkswagen tem da Suzuki – em sociedade, entrar na Índia.
Xing Alfa – Mesma Fiat resolveu fazer Alfas na China, na joint venture com a GAG – Guangzhou Automobile Group.
A empresa, com capacidade anual de 140 mil veículos, ampliará capacidades para fazer Alfa e Chrysler. Não informou o modelo, mas vendas no meio do próximo ano.
Otimismo – Marcos de Oliveira, engenheiro, presidente da Ford, otimista, prevê em 2012 crescimento das vendas de veículos igual ao PIB – 3,5 a 4%.
Global – Disse também, até 2015 todos os produtos locais da Ford serão globais, a começar pelo novo Ecosport. Na prática botou prazo de vida para toda a linha, incluindo Novo Ka. Troller está em outra conta.
Mercado – A fim de carro novo ? Apresse-se. Dia 18 passa a vigorar o aumento de 30% sobre os importados extra Mercosul e México. E as importadoras criarão atrativos e facilidades para zerar estoques.
Prática – Na verdade o clima de liquidação vale para todas as marcas. Ninguém sabe as conseqüências para o Brasil das crises norte-americana, que não melhora, e européia, que se instala. Assim, melhor ter dinheiro no cofre que carro no pátio.
Corrida – Com a legislação de emissões chegando, e sem que os usuários saibam o que acontecerá operação e preços, revendedores gastam todos os seus sorrisos para comprar veículos produzidos até 31 de dezembro.
Legal – Poderão ser vendidos até 31 de março, com demanda e ágio. Os novos modelos devem ter preços maiores. O governo federal não se pronunciou.
Sucesso – Marcado para 26 a 29 de janeiro, no Riocentro, o 2º. Salão Bike Show já comercializou 85% de seu espaço. A fim ? www.salaobikeshow.com.br
Imagem – Encerrada a temporada de Fórmula 1, os motores Renault venceram disparados sobre Mercedes e Ferrari. Pena que esta imagem não seja transmitida pelos concessionários da marca.
Derrapou – Nem a ligação familiar com o ídolo Ayrton, nem o fato do patrocinador maior, a Renault, ter no Brasil seu segundo mercado mundial, sensibilizou manter Bruno Senna como piloto titular na equipe Lotus Renault Fórmula 1. A equipe foi buscar o aposentado Kimmi Räikkönen e Bruno, que tinha torcida e esperanças, será reserva.
Cromagem – Tida como a de tecnologia mais atualizada em cromagem, a paranaense Phoenix oferece desconto especial de 10% no fim de ano.
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FeNeMistas – Ex funcionários e colegas da Fábrica Nacional de Motores, pioneira e fechada em 1985, tem encontro sábado, 03/12, no restaurante Estação República, Rua do Catete 104, Rio. Rever amigos, ouvir histórias, é lá.
Gente -Marco Antônio Lage, diretor corporativo da Fiat-Chrysler, diplomado. OOOO Cidadão Honorário de Belo Horizonte, pela Câmara de Vereadores. OOOO