Ao comemorar os 35 anos da operação industrial de Betim, MG, a Fiat exibe ânimo juvenil. Mantém a liderança pelo décimo ano consecutivo; tem produção numericamente superior à matriz; é lucrativa; e, fato inusitado na organização Fiat, é a marca mais vendida.
Possui láurea adicional: mineirizou os fornecedores, ajudou a industrializar o estado de Minas, atraindo os fabricantes de auto-peças para a vizinhança, com as benignas consequências de gerar emprego, renda, impostos.
Contornou as dificuldades no fornecimento que espantaram sua antecessora Simca, nascida em Belo Horizonte e logo transplantada para São Bernardo do Campo, SP.
Talvez fosse maior se a capacidade industrial acompanhasse as vontades internas, a demanda da extensa rede de revendedores, a aceitação dos produtos.
Mas a fazenda comprada em 1973, ao ter seus morros cortados, transformados em platô, então área inacreditavelmente grande, está inteiramente tomada.
Não há mágica adicional para ampliar sua capacidade produtiva, e os aumentos de produção tem sido ganhos em produtividade.
Em dois anos, entretanto, a situação terá margem de manobra, ao funcionar a nova fábrica que instala em Goiana, PE, perto de Recife.
Para produzir 200 mil unidades ano, iniciará com novidade, novo carro pequeno substituindo o Mille antigo, projetado no Brasil, como a família Novo Uno, como este a suportar versões, como o novo Palio, e destinados aos novos compradores e, em especial, ao crescente mercado do Nordeste.
Esta operação dará pequena folga de capacidade industrial em Betim, suprindo a demanda.