O avanço das tecnologias de navegação, que se tornaram populares graças à marca GPS (Global Position System), sistema de geolocalização norte-americano que ficou conhecido no mundo todo, sem sombra de dúvidas representa um marco para a humanidade, afinal, não conseguimos mais ir a algum lugar sem antes consultar nossos dispositivos de localização, seja no celular ou no carro, em busca do melhor caminho para seguir, informações do trajeto e o tempo que levará para chegar ao lugar desejado. Perguntas, essas, que imperam cada vez mais no nosso dia a dia, em especial nas grandes cidades, para compor o planejamento de nossas ações cotidianas.
Mas, embora sejam imensuráveis os benefícios para nossas vidas, é preciso tomar alguns cuidados ao utilizar os sistemas de navegação, para não acontecer o que ocorreu no dia 8 de agosto, com a atriz da TV Globo, Fabiana Karla, que teve o carro baleado ao entrar em uma área de risco na cidade do Rio de Janeiro, após a indicação de um caminho alternativo sugerido pelo GPS. Pensando nisso, montei um Guia Básico de como lidar com essa tecnologia para melhorar a experiência dos usuários e motoristas de todo o Brasil e ajudá-los a desviar dos perigos que possam surgir.
Em primeiro lugar, é preciso entender que existem diversos tipos de sistemas de navegação e que são diferentes uns dos outros, marcas e modelos, o que pode gerar certa confusão, uma vez que o funcionamento e a atualização de mapas e informações acontecem de maneira diferente de sistema para sistema.
Há, inclusive, diferenças nos modelos para automóveis e smartphones, que já explico. Em segundo lugar, e que pouca gente sabe, é que os aparelhos de navegação possuem três configurações de rotas: A mais fácil, a mais curta e a mais rápida.
Por exemplo, a rota mais fácil indica trajetos considerados de grande movimento (avenidas, vias rápidas, ruas principais, etc.), é a rota mais comum, pois em geral, vem configurada de fábrica para servir ao usuário, e, esta é a melhor opção quando você está visitando uma cidade que não conhece direito, pois evita itinerários alternativos.
A rota mais curta oferece caminhos de menor distância, o que acarreta em menor consumo de combustível, e que fogem de possíveis gargalos do trânsito, em geral se valendo de informações enviadas por outros usuários, podendo levar a vielas sem asfalto, becos e locais ermos, sendo que esta rota é indicada para quem já conhece a região por onde anda.
Já a rota mais rápida leva em conta a fluidez e os limites de velocidade das vias, supostamente, mostrando o percurso com menor tempo a ser percorrido, também recomendada para usuários que conhecem os lugares por onde passam.
Abaixo, listo alguns passos a serem seguidos para evitar que um passeio ou a ida ao trabalho, se torne uma experiência ruim:
- Explore o seu sistema de navegação: Gastar alguns minutos estudando a opção de configurações do seu aparelho de navegação é uma ótima forma de conhecer o potencial da ferramenta que você tem em mãos. Tipos de rotas, idiomas, guia vocal (a voz do GPS), modo de visualização da tela, tudo isso pode ser configurado de acordo com a preferência do usuário.
- Estude o caminho antes: Procurar saber com antecedência o trajeto a ser percorrido é importante para evitar imprevistos e erros causados, por exemplo, por informações desatualizadas, ou mesmo em caso de homônimos de ruas, quando o endereço de repete em pontos distintos da cidade. Apesar de ser uma dica básica, não são todos que a seguem.
- Off-line e On-line: Alguns sistemas funcionam apenas quando estão conectados na internet, como é o caso dos smartphones, e outros que podem ser utilizados no modo off e on-line, como na maioria dos aparelhos em automóveis. A diferença está na atualização dos dados em tempo real, enquanto conectados, os aparelhos fornecem dados mais precisos de fluxo do transito, direção das ruas, e até alertas para acidentes e obras na pista. Checar se o sistema está recebendo os dados de real time permite ao usuário a melhor tomada de decisão.
- Bases de dados oficiais ou colaborativos: Outro motivo de atenção é o fornecimento das informações ao sistema de navegação, pois muitos dos mais populares, GoogleMaps e Waze, por exemplo, são abastecidos de forma colaborativa, sem averiguação dos dados. Enquanto outros sistemas utilizam fontes oficiais de informações, como órgãos de trânsito, polícia e bombeiros, e da própria prefeitura da cidade, garantindo a confiabilidade das indicações fornecidas ao usuário.