A Ford Motor Company anunciou um acordo com o Grupo Alcoa para o desenvolvimento de novos componentes automotivos com ligas de alumínio de nova geração. Essa parceria está permitindo a criação de uma série de peças mais resistentes, maleáveis e leves, aprimorando o trabalho de design.
Como resultado inicial, a Ford vai usar o novo material, Micromill, em vários componentes da picape F-150 ano-modelo 2016, tornando-se a primeira fabricante a aplicar comercialmente esse avançado alumínio automotivo.
”A redução de peso permite oferecer veículos mais eficientes para os clientes. Hoje, a proposta da F-150 é ser a picape capaz de carregar e rebocar mais carga, acelerar e parar mais rápido que o modelo anterior, além de ser mais econômica no consumo de combustível”, diz Raj Nair, vice-presidente e diretor de Desenvolvimento do Produto Global da Ford.
“A parceria com a Alcoa faz parte da nossa pesquisa contínua para a inovação nos nossos veículos.” A tecnologia Micromill da Alcoa produz uma liga de alumínio 40% mais moldável que o alumínio automotivo usado atualmente.
É o sistema de fundição e laminação de alumínio mais rápido e produtivo do mundo, combinando várias tecnologias. Enquanto um laminador tradicional leva cerca de 20 dias para transformar o metal fundido em bobina, o novo processo faz isso em apenas 20 minutos.
A maleabilidade do alumínio Micromill facilita a moldagem de formas intrincadas, como painéis internos de portas e para-choques. A maior resistência do material também permite o uso de folhas mais finas, sem comprometer a durabilidade.
“Ele é altamente diferenciado, com resistência, peso, maleabilidade e combinações de qualidade de superfície antes impossíveis”, diz Klaus Kleinfeld, presidente da Alcoa.
“Esse alumínio de alta tecnologia dá à Ford um material verdadeiramente de ponta que traz maior flexibilidade no design e melhor desempenho para os veículos, tornando os carros-conceito de amanhã uma realidade.”
A Ford pretende ampliar o uso do Micromill em vários componentes e plataformas de veículos. A expectativa é que a aplicação dessa liga nos carros da marca mais que duplique entre 2016 e 2017.
“O interior das portas é uma das partes mais difíceis na estampagem automotiva”, diz Peter Friedman, gerente global de Pesquisa e Engenharia Avançada da Ford.
“A capacidade de produzir essa peça com a nova tecnologia é uma prova real de como esse processo pode beneficiar a indústria automotiva e a Ford em particular, aumentando a nossa capacidade de avançar no design e na eficiência para os clientes.”