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Ford usa Fusion Hybrid para demonstrar o comportamento dos veículos autônomos em situações críticas

A Ford testou o Fusion Hybrid autônomo em situações críticas de rodagem para conhecer o comportamento do veículo com essa tecnologia. Conhecida como um dos piores cenários que qualquer motorista – humano ou virtual – pode enfrentar, a condição de neve trouxe experimentos resumidos em seis itens principais de abordagem para o desenvolvimento futuro dos veículos autônomos.

Rodando na cidade simulada Mcity, no campus da Universidade de Michigan, o Ford Fusion enfrentou uma tormenta de neve que tornou a pista escorregadia e cobriu os sinais e pontos de localização.

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Além disso, a neve pode bloquear totalmente a visão numa nevasca. Enfrentar esse desafio é considerado um passo importante para tornar os veículos autônomos uma realidade, como mostra este vídeo.

Conheça algumas curiosidades usadas para o sucesso dessa experiência.

– Mapas 3D de alta resolução –Antes de rodar na neve, o Ford Fusion Hybrid autônomo percorre a rota de teste com tempo bom e escaneia o ambiente para criar mapas digitais 3D de alta resolução.

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Usando quatro sensores LiDAR que geram um total de 2,8 milhões de pontos de laser por segundo, ele cria modelos digitais de alta precisão da pista e da infraestrutura local. Escaneando o ambiente em tempo real, o carro depois pode se localizar dentro da área mapeada com a pista coberta de neve.

– Grande volume de dados –Ao mapear o ambiente, os veículos autônomos da Ford coletam e processam muito mais dados em uma hora de mapeamento do que uma pessoa comum usa no celular em 10 anos.

O carro coleta até 600 gigabytes de dados por hora sobre a pista e o local – placas, prédios, árvores e outros pontos – para criar o mapa em 3D de alta resolução. Nos Estados Unidos, um assinante médio de celular usa 21,6 gigabytes por ano, ou 216 gigabytes em 10 anos.

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– Sensores superinteligentes –Os veículos autônomos da Ford geram tantos pontos de laser com os sensores LiDAR que conseguem identificar até flocos de neve e gotas de chuva caindo. Para evitar que isso seja interpretado como um objeto no caminho, a Ford criou com os pesquisadores da Universidade de Michigan um algoritmo que reconhece neve e chuva, permitindo que o carro continue o seu caminho.

– Navegação mais precisa que o GPS – Quando se pensa em navegação, vem à mente o GPS, que hoje tem uma precisão de pouco mais de 9 metros, mas a navegação dos carros autônomos requer uma localização exata.

Os veículos autônomos da Ford podem se localizar com precisão de 1 centímetro, varrendo os pontos de referência do ambiente e comparando essa informação com os mapas 3D do banco de dados.

– Fusão de múltiplos sensores – Além dos sensores LiDAR, a Ford usa dados de câmeras e radares para monitorar o ambiente ao redor do veículo, num processo chamado fusão de sensores. Esse processo resulta em uma percepção robusta de 360 graus. Assim, se um sensor ficar inativo – seja pela interferência de gelo, neve ou sujeira nas lentes – a direção autônoma não é necessariamente afetada. Todos os sistemas LiDAR, câmeras e radares têm o seu funcionamento monitorado. Os carros também poderão contar com sistemas autolimpantes e de desembaçamento das lentes.

– Físico no volante – A primeira pessoa a testar um carro autônomo na neve no banco do motorista foi o físico Wayne Williams, um “geek” assumido que antes de se juntar ao time da Ford trabalhou com tecnologia de sensores remotos para o governo dos EUA.

Ele lembra que, naquele dia, o clima era de trabalho, com um colega monitorando o sistema de computação no banco de trás do carro. “Devido ao extenso desenvolvimento, estávamos confiantes que o carro faria exatamente o que queríamos. Mas só depois do teste percebemos o que tínhamos conseguido realizar”, conta.

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