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Alta Roda | Mudar ou desaparecer

Que a indústria automobilística mundial terá de se reinventar nas próximas duas décadas ninguém mais duvida.

Alguns especialistas acreditam em prazo ainda mais curto – talvez 10 anos – para mudanças profundas em direção à mobilidade diversificada e onipresente.

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A consolidação, porém, seria gradual e irreversível porque certamente a produção tende a se acomodar não muito acima de 120 milhões de veículos/ano (hoje em torno de 85 milhões).

Uma das pesquisas interessantes sobre esse futuro foi publicada recentemente pela consultoria inglesa Ernst & Young (EY).

Traça um quadro sobre barreiras a superar em mercados cada vez mais integrados e compartilhados.

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EY identificou cinco desafios que os fabricantes devem superar. Em resumo, os seguintes:

  1. Inovação: Apesar de a indústria acumular histórico de aperfeiçoamentos e de os veículos de hoje serem muito avançados, poucas companhias demonstram abordagem sólida para desenvolver e avaliar novas ideias. Portanto, há necessidade de maneiras verdadeiramente disruptivas para revolucionar o próprio negócio.
  2. Conectividade: Necessário ver os consumidores como indivíduos para quem experiências, produtos e serviços devem ser personalizados. Este tema é crítico, principalmente para as novas gerações que se acostumaram com serviços móveis e sob demanda. Fundamental aprofundar o relacionamento contínuo com os consumidores. Após a venda, interações com clientes são infrequentes e impessoais e, em muitos casos, gerenciadas apenas pelas concessionárias.

Em contrapartida, potenciais operadores no mercado e os principais fornecedores de transporte compartilhado se beneficiam de uma ligação muito mais estreita com clientes, por meio de avaliações diretas e respostas pessoais nos aplicativos e nas redes sociais.

Como a escolha dos consumidores está cada vez mais baseada nas suas experiências, a conectividade entre empresas e consumidores será a chave para o sucesso.

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Por isso, é prudente a indústria melhorar drasticamente a capacidade de interação e de oferecer novos serviços.

  1. Colaboração externa: Por décadas houve relação muito rígida entre mercado e parceiros. A nova indústria de mobilidade, porém, requer trabalho de colaboração mais amplo, envolvendo todo o ecossistema. Apesar de motivações e objetivos diferentes, todas as engrenagens desse universo devem compartilhar experiências e informações, a fim de oferecer serviços focados e personalizados aos clientes.
  2. Novos talentos: A indústria automobilística sempre buscou os melhores engenheiros do mercado, porém a aposta agora é em inteligência artificial e cientistas de dados. Organogramas tradicionais e modelos de compensação e incentivos impedem as empresas de atrair e reter o talento necessário para inovar e sustentar um negócio disruptivo. Pesquisa com jovens profissionais de tecnologia e startups apontou que eles não enxergam o mercado de veículos como inovador.
  3. Modelos operacionais desatualizados: As grandes companhias preferem alavancar seus antigos processos operacionais e sistemas em vez de investir em novas formas de executar essas ações.

Então está na hora de mudar.

RODA VIVA – LANÇAMENTO do Citroën Cactus, importado da França, semana passada na Argentina. Estratégia estranha, pois o carro será produzido no Brasil (início de 2018) e sairá mais barato, sem imposto de importação, para os argentinos.

Já a VW prepara prévia de imprensa do novo Polo, na Alemanha, em meados de junho próximo. Para o público alemão em agosto e no Brasil, setembro.

SINDIPEÇAS confirma que frota brasileira de veículos leves e comerciais estagnou em 42,8 milhões de veículos, em 2016, apenas 0,7% acima de 2015.

Há ainda 14 milhões de motocicletas. Este ano, muito provavelmente, frota total começará a encolher, como ocorreu nos EUA, após a crise financeira de 2008/2009. Outro aspecto ruim: envelhecimento da idade média dos veículos.

CARROS da MINI continuam a ser anabolizados pela BMW. Novo crossover Countryman tem 45% a mais de comprimento (hoje, 4,3 m) em relação ao primeiro modelo inglês de 1959.

Três versões chegam ao mercado: Cooper, Cooper S e ALL4 (tração integral). Motores turbo de 1,5 L (3 cilindros), 136 cv e de 2,0 L (4 cilindros), 192 cv. De R$ 144.950 a 189.950.

CITROËN C3 e C3 Aircross finalmente estreiam o câmbio automático de seis marchas, da japonesa Aisin, como a Coluna antecipou. Seu funcionamento é suave e tem três modos, além de seleção sequencial.

Motor de 1,5 L saiu de linha. Como a potência do motor de 1,6 L caiu 4 cv as respostas ao acelerador ficaram algo mais lentas. Preços entre R$ 58.540 e R$ 76.400.

MINICIDADE da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), de São Paulo, foi modernizada em colaboração com o Instituto Renault.

Faz parte da ação “O Trânsito e Eu”, incluindo sala digital e realidade virtual. CET estima que 14.000 crianças anualmente visitem as novas instalações. Em 24 anos, mais de 200.000 jovens passaram por essa experiência meritória.

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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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