quarta-feira, 1 maio , 2024
28 C
Recife

Alta Roda | De olho no consumo

A utilização de recursos eletrônicos nos automóveis modernos levou à crescente disponibilidade de medidores de consumo de combustível.

- Publicidade -

No começo a precisão não era grande, mas agora os resultados permitem ao motorista avaliar consumo médio e instantâneo em várias condições de utilização.

Tornou-se dispositivo relativamente barato, presente em computadores de bordo até de modelos compactos.

Em tempos de preços altos e preocupações com emissões de CO2, é um dispositivo bastante útil.

Afinal, única forma de combater o efeito estufa provocado por esse gás é economizar combustível.

- Publicidade -

Filtros ou catalisadores não servem, no caso. Ao final, um monitoramento que traz vantagens pecuniárias.

Hoje os controles de consumo e emissões para homologação são feitos em testes padronizados em laboratórios, a fim de garantir repetibilidade.

Este cenário começa a mudar na Europa com obrigação, em breve, de certificação nas ruas e estradas em condições reais de uso, o que trará mais credibilidade aos números.

O Grupo PSA (Peugeot, Citroën, DS e agora Opel) se adiantou. No final de 2015 começou a desenvolver um protocolo de aferição em colaboração com duas ONGs e o Bureau Veritas.

Frota de 60 veículos rodou mais de 40.000 quilômetros, numa iniciativa inédita no setor automobilístico, e tornou possível agora estimativas com respeitabilidade para mais de mil versões de modelos das três marcas.

- Publicidade -

Trabalho semelhante foi anunciado semana passada no Brasil pelo Instituto Mauá de Tecnologia, de São Caetano do Sul (SP), porém com intuito específico de comparar consumo de gasolina e etanol em motores flex.

Foram escolhidos quatro modelos: Fiat Uno 1,0 manual, Hyundai HB20 1,6 automático, Renault Duster 2,0 automático e Toyota Corolla 1,8 automático.

Depois de instalados medidores de combustível, percorreram 15 vezes o mesmo percurso, em cidade e igual número, em estrada.

O resultado demonstrou que, na média, consumo de etanol ficou entre 70,7% e 75,4% do observado com gasolina.

As referências do Programa Brasileiro de Etiquetagem estão entre 66,7% e 72,1%, porém com gasolina padrão que contém 22% de etanol anidro.

Nos postos de serviço está autorizado até 27% de etanol anidro, o que aumenta um pouco o consumo de gasolina.

Daí a utilidade da medição do computador de bordo para aferir o gasto em cada modelo e não deixar de economizar ao abastecer.

Outra forma seria fazer cálculos entre abastecimentos ou usar aplicativos com essa função.

No entanto, deve-se observar que adição de etanol à gasolina não aumenta o consumo de forma absolutamente direta à diferença de poder calorífico (energético) entre os dois combustíveis.

Etanol proporciona melhores rendimentos térmico e volumétrico ao motor. Este pode aproveitar melhor as diferenças, se bem projetado.

Testes recentes feitos na Alemanha pela Clariant em três modelos Mercedes-Benz, por 12 meses, indicaram que se o volume adicionado de 10% de etanol de cana ou celulose à gasolina alemã subisse para 20%, o consumo seria exatamente o mesmo.

E ainda ajudaria na redução de CO2 no ciclo de vida do combustível. Nesse aspecto específico (CO2) rivalizaria com um motor Diesel.

RODA VIVA – COMO se esperava, novo programa de diretrizes de longo prazo à indústria automobilística vai atrasar.

Batizado de Rota 2030, esperado para 1º de janeiro próximo, cria estímulos para melhorar segurança e economia dos produtos.

Renúncia fiscal seria de apenas 0,5% do que recebe o conjunto do setor industrial. Ainda assim, ministérios envolvidos não se entendem.

DOS recentes boatos nos bastidores do setor um é particularmente curioso.

O Grupo CAOA, que tem instalações industriais completas e corpo próprio de engenharia, aproveitaria incentivos do Rota 2030 para produzir em Anápolis (GO), além dos atuais produtos Hyundai, um automóvel elétrico de projeto próprio. A empresa nega, mas sem tanta ênfase.

AUDI Q7 tem dimensões generosas (cinco e sete lugares), mas se comporta com agilidade de um SUV menor.

A começar pelo diâmetro ideal do volante, posição de guiar e respostas vigorosas do silencioso motor diesel com torque de nada menos que 61,2 kgfm.

Há modo de condução semiautônoma, nível 2, sujeito a limitações de nossas ruas: faixas estreitas e mal sinalizadas.

AINDA falta aprovação em plenário da Câmara dos Deputados, mas o projeto de efeito suspensivo de multas de trânsito até última instância, ou seja, depois de julgada pela Junta Administrativa de Recursos de Infração, merece total apoio.

Hoje o Código de Trânsito Brasileiro estimula o motorista a não recorrer, ao firmar prazos inviáveis, burocracia e até oferecer descontos.

ENTRE aplicações mais ousadas de inteligência artificial, uma vem sendo desenvolvida pela japonesa Sumitomo, dona das marcas Dunlop e Falken.

Trata-se do sensoriamento das atividades dos pneus em movimento para um futuro não tão distante. É um algoritmo planejado para medir o desempenho em tempo real, a partir de vibração e rotação geradas.

____________________________________________________

fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

Matérias relacionadas

Monte seu Fiat Pulse

Mais recentes

Menos combustível, mais Volvo!

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn

TRW - Qualidade de topo para máxima segurança