sexta-feira, 4 outubro , 2024
28 C
Recife

Pirelli faz o pneu para o carro mais caro do mundo

O visual clássico que esconde um interior completamente moderno.

Como o resto da gama Pirelli Collezione para carros históricos de prestígio, o novo pneu Stelvio Corsa, criado especificamente para o Ferrari 250 GTO, mantém uma aparência clássica, incorporando tecnologia de ponta.

- Publicidade -

Este nome clássico da história da Pirelli foi ressuscitado para seu mais recente pneu, em comum acordo com a Ferrari.

No renascimento do Rally Histórico Coppa Milão-Sanremo, onde a Pirelli é uma parceira, o pneu recém-criado para o Ferrari 250 GTO será mostrado ao público pela primeira vez.

Este é um carro que quebrou todos os recordes anteriores em 2014, já que uma unidade foi vendida em leilão por mais de 38 milhões de dólares.

- Publicidade -

A Pirelli irá exibir vários dos seus pneus da gama Collezione no Paddock Club em Monza, na Itália, onde o Rally Histórico Coppa Milão-Sanremo irá começar.

Além do novo Stelvio para o 250 GTO, o Cinturato CN72 para a Maserati, bem como o P7 e CN36 para a Porsche também serão expostos.

O Stelvio é o mais recente pneu de renome da família Pirelli Collezione, que serve para alguns dos carros mais desejáveis do mundo, construídos entre 1950 e 1980, ajudando-os a manter originalidade perfeita.

- Publicidade -

O projeto da banda de rodagem e a parede lateral são semelhantes aos pneus de época, mas o charme vintage esconde o estado da arte da tecnologia.

Graças à utilização dos compostos mais recentes e avançados, os pneus da gama Pirelli Collezione oferecem melhor aderência e estabilidade em superfícies molhadas, garantindo elevados níveis de segurança e confiabilidade, sem comprometer o estilo clássico.

Durante o processo de desenvolvimento dos pneus, os engenheiros da Pirelli utilizaram os mesmos parâmetros que os desenhistas dos carros da época trabalharam.

Isso tudo para complementar perfeitamente a suspensão original e as características mecânicas.

O resultado alcançado combina desempenho, estilo e originalidade.

Imagens arquivadas pela Pirelli Fondazione também foram usadas, buscando o desenho correto, enquanto a produção destes pneus especializados usa técnicas sob medida semelhantes aos utilizados no automobilismo.

O Stelvio Corsa – Faça uma viagem de volta para a história. O piloto era Alberto Ascari e o carro era um Ferrari 500 com pneus Pirelli Stelvio.

Em 1952 e 1953, o piloto milanês conquistou dois títulos mundiais consecutivos no então recém-criado Campeonato Mundial da Fórmula 1, colocando a parceria Ferrari-Pirelli no topo do mundo.

No ano seguinte, Maurice Trintignant e Froilan Gonzalez venceram as 24 horas Le Mans em um Ferrari 375 Plus: mais um triunfo para o Stelvio Corsa.

Durante estes anos, a Pirelli tinha o costume de batizar alguns dos seus pneus com o nome de algumas partes mais famosas dos Alpes.

Os produtos Rolle e Sempione nasceram após a segunda guerra mundial, mas foi o Stelvio, disfarçado de Corsa, que representava o produto mais orientado para o desempenho até meados da década de 1960.

Por isso foi uma decisão fácil trazer este nome de uma lenda do passado de volta quando a Pirelli decidiu criar um pneu dedicado para o Ferrari 250 GTO, o carro clássico mais caro do mundo.

Os engenheiros da Pirelli trabalharam com os desenhos originais, fornecidos pela Pirelli Fondazione, para produzir um pneu com o visual clássico do carro icônico para o qual estava destinado.

O respeito ao meio ambiente também foi garantido – graças a um composto livre de óleos aromáticos –, bem como de desempenho, com uma estrutura interna derivada da experiência da Pirelli no automobilismo.

O tamanho do pneu para o 250 GTO é 215/70 R15 98W na frente e 225/70 R15 100W na parte de trás.

Nenhum outro tamanho está disponível, e nenhum outro carro pode usar o Pirelli Stelvio Corsa. Só o Ferrari 250 GTO.

Cinturato CF67/CA67 – Na metade da década de 1950, um pneu com estrutura radial foi introduzido, com um padrão cruzado das cintas.

A função estabilizadora delas impediu que o pneu se deformasse, não importando quão duras fossem as condições de condução.

A aderência foi aumentada consideravelmente e o desgaste foi reduzido em mais da metade, em comparação com a geração anterior de pneus com lonas cruzadas.

O uso de uma cinta especial, reforçada pela concepção de novos perfis e padrões de desenho da banda, levou a melhora da aderência.

Patenteado em 1951 e lançado no mercado na metade da década de 1950, o Pirelli Cinturato manteve o desenho clássico ‘367’ que se tornou famoso em todo o mundo por mais de uma década.

Em 1966, este projeto da banda de rodagem foi batizado com a sigla CF67/CA67.

Este nome é derivado das 67 licenças que foram concedidas pela Pirelli para os mais importantes produtores de pneus em 25 países.

O CA67 foi o primeiro pneu radial têxtil a ser avaliado com um código de SR, significando que era bom para uso em até 180 km/h.

A banda de rodagem foi projetada com canais separados, saindo quatro sulcos longitudinais principais, com um padrão distinto e muita drenagem, enquanto o composto é igualmente resistente à abrasão e altas temperaturas.

Em meados da década de 1960, o Pirelli Cinturato foi o ponto de referência para a maior parte da indústria automotiva global.

Cinturato CN72-CN73 – A crescente especialização dentro do mundo automotivo a partir de meados da década de 1960 levou à introdução dos pneus com a marcação HR (até 210 km/h).

Foram desenvolvidas novas versões do Cinturato, rotuladas H e HS (High Speed), diferenciadas por um padrão da banda CN72, que também garantia um passeio tranquilo e confortável.

Introduzido em 1966, o CN72 equipou toda a gama da Ferrari (GT 250, 400 Superamerica e 275 GTB) assim como o Maserati 4000 e 5000.

No ano seguinte, foi adotado pela Lamborghini para o 350 GT, 400 GT e Miura.

Em 1969 foi criado o primeiro pneu de perfil baixo, chamado GR70 VR 15 (225/70 VR 15), que foi escolhido pela Ferrari para o 365 GT e GTB, assim como pela Lamborghini para o Miura e Jarama e a Maserati no Ghibli, Quattroporte, Mistral e México.

A próxima evolução do CN72 foi o CN73.

No final da década de 1960, após muitos anos de estudos e experimentos, começou uma nova era tecnológica com o uso de correias de aço em pneus de alta performance para a série HR e VR (disponível para velocidades acima de 210 km/h).

Cinturato CN36 – Em 1968, o Cinturato CN36 foi feito especialmente para o Fiat Dino, na especificação 185 HR 14.

Ele foi projetado para atender todas as exigências de alta performance e grand turismo, e foi o primeiro pneu radial com aço à venda.

Este pneu também marcou o retorno do Pirelli aos ralis, acumulando inúmeras vitórias.

O pneu foi descrito como sendo “suave em baixas velocidades e preciso em altas” com um desenho que significava que obstáculos eram superados mantendo a aquaplanagem sob controle.

Este foi um pneu HR com diversas características técnicas importantes que, em poucos anos, aumentou a gama da Série 70, destinada a modelos BMW, bem como os tamanhos de 13 polegadas, que equipavam o Fiat 124 Sport em 1971.

Esta combinação vencedora – o pneu Fiat 124 Sport e CN36 – iniciou a longa história da Pirelli no topo dos ralis internacionais.

Cinturato CN12 – Enquanto o Cinturato CN72 atendeu todos os tamanhos padrão de alto perfil, com um intervalo que, no início da década de 1970, passou de 175 HR 13 para 235 VR 15, aumentou a disponibilidade de tamanhos de perfil baixo com o lançamento da Série 60 (245/60 VR 14 e 255/60 VR 15) bem como os tamanhos de novos na Série 70 (205/70 VR 14 e 215/70 VR 15).

O padrão da banda de rodagem do CN12 foi criado especificamente para estes novos tamanhos e equipou modelos como o Lamborghini Miura P400, Jarama, Urraco e o Maserati Bora.

Cinturato P7 – O Pirelli P7 estava disponível para compra a partir de janeiro de 1976 como um pneu de estrada, mas ele já tinha marcado presença no Campeonato Mundial de Rali de 1974, com o Lancia Stratos.

Conhecido como o Supersport, este novo pneu radial trouxe algumas inovações-chave para o mundo dos pneus de competição, tais como o perfil ultrabaixo da Série 50.

O desenvolvimento de pneus de perfil baixo que Pirelli começou com o Cinturato CN72, CN12 e CN36, entre o final da década de 1960 e início da década de 1970, seguiu adiante com o P7.

Da mesma forma que o automobilismo levou à criação da Série 50 para modelos de estrada, os P7 usados na competição também rapidamente abriram o caminho para pneus para uso diário de perfil ultrabaixo até a Série 30.

O pneu P7 de carro para uso nas ruas foi usado pela primeira vez pelo Porsche 911 Carrera Turbo, seguido em 1976 pelo Lamborghini Urraco e Countach, bem como o De Tomaso Pantera.

Além disso, o Pirelli P7 utilizou-se para a homologação do carro para uso diário do premiado Fiat 131 do Campeonato de Rally no tamanho de VR 15 195/50.

Cinturato P5 – A Jaguar também desempenhou um papel importante no desenvolvimento de uma nova série de pneus.

Em 1976, a montadora pediu à Pirelli para desenvolver especificamente o P5.

O novo pneu colocou exclusivamente o foco na excelência técnica dos carros de luxo da Jaguar, bem como seu conforto, dirigibilidade e qualidade.

Em 1979, o Pirelli P5 foi oficialmente homologado em tamanho de 205/70 VR 15 em todos os modelos Jaguar indo do XJ6 para o XJ12 e até o XJS.

Seguindo sua opção, vieram atrás a Lancia com o Gamma (saloon e o coupé), bem como a Alfa Romeo com o Alfetta 2.0 e o GTV.

Juntamente com o P7 de “corrida” e o “esportivo” P6, o P5 completou a família de pneus Pirelli largos com perfil ultrabaixo da década de 1970 em diante.

Matérias relacionadas

Novo Peugeot 2008

Mais recentes

Serviço Premiado Chevrolet

Destaques Mecânica Online

Avaliação MecOn

Ofertas FIAT