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Fernando Calmon | Convergência tecnológica

A maneira de comprar carros vem mudando no mundo e o Brasil acompanhará de perto esse cenário.

Por isso, não foi surpresa que duas marcas tenham iniciado aqui, de forma quase simultânea, a introdução da assim chamada concessionária digital.

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Fiat e Volkswagen protagonizaram entre o final de novembro e este começo de dezembro uma espécie de corrida tecnológica para anunciar a primazia.

No exterior, em particular na Europa, onde tudo começou há mais de dois anos, esse modelo de negócio se consolidou.

A Fiat saiu na frente com a concessionária Amazonas, na capital paulista.

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Ambiente foi especialmente projetado para incluir uma interação de forma digitalizada por meio de telões de alta definição, totens e tabletes.

Mesmo que o comprador não seja especialista ou extremamente ligado em tecnologia, vai apreciar todas as opções que o sistema oferece.

Óculos de realidade virtual complementam a nova experiência de compra ao simular a atmosfera interna do veículo e noção de dimensões.

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Este recurso, em particular, já vinha sendo utilizado aqui pela Audi em suas lojas.

Por outro lado, a Volkswagen atuará de forma mais ampla.

Este mês o mesmo sistema estará disponível em 10 concessionárias em todo o País e no primeiro trimestre de 2019 até 30 outras serão abertas na América Latina.

Mais do que demonstração de tecnologia, esses recursos permitem grande ganho de tempo e de qualidade de venda.

As variedades de equipamentos e de acabamento podem se comparar de forma mais eficiente, no ritmo e disponibilidade do interessado.

Mesmo com a possibilidade de montar “ilhas” digitais em lojas já existentes, a vantagem mais expressiva é abertura de novos pontos de vendas a partir de 90 m², com apenas um ou dois carros em exposição e aumento de eficiência no atendimento.

Nas grandes cidades ficou muito caro ou até mesmo impossível encontrar áreas bem localizadas para abrigar um arranjo tradicional de showroom.

A concessionária digital também se enquadra como complemento ideal ao chamado comércio eletrônico que avança no País.

Iniciativas mais aprofundadas hoje existentes, da Renault e da Citroën, tendem a se expandir.

É até possível um cliente dessas duas marcas completar todo o processo de pesquisa e compra pela internet e ter seu carro novo entregue em casa, mas são casos raros.

O interessado estar limitado ao tamanho e resolução de uma tela de celular ou de computador agora deixa de existir.

Ele poderá se integrar a uma loja física com todos os recursos modernos.

Sites independentes de compra e venda de veículos usados pela internet também anunciam a possibilidade de atender quem deseja comprar um zero-km a partir de 2019, encaminhando interessados às concessionárias.

Esses clientes, digamos mais “tecnológicos”, vão apreciar um ponto de venda convergente com suas preferências.

ALTA RODA-NISSAN prepara uma surpresa para o SUV compacto Kicks.

De olho no acirramento da concorrência com a chegada do T-Cross, terá opção e-Power que tornou o Note o carro mais vendido no Japão.

Trata-se de versão elétrica de baixo custo: motor convencional atua apenas como gerador para uma bateria pequena.

Sem problemas de autonomia e tempo de recarga.

SÃO onze os lançamentos anunciados para 2019 pela GM.

Quatro já revelados: Bolt, Equinox Midnight e os Camaro cupê e conversível.

Dos sete que faltam, probabilidades maiores são: novos Onix e Prisma, novos motores de três cilindros para estes dois compactos, Cruze hatch e sedã Midnight (ou versões esportivas RS) e estreia de internet 4G e Wi-Fi a bordo (no Cruze).

RENAULT comemora 20 anos da fábrica paranaense com meta de ampliar participação no mercado de 8,7% para 10% até 2022.

Ao confirmar produção do SUV de teto baixo Arkana, o presidente da empresa Luiz Pedrucci previu a necessidade de outro SUV no segmento C.

Esse produto (porte do Jeep Compass) ainda está sendo projetado. A Coluna estima lançamento em 2023.

DESTAQUES visuais do novo Camaro são frente, lanternas traseiras e rodas de 20 pol.

Há ainda controle de largada (melhor combinação para aceleração máxima) , “aquecimento de pneus traseiros” (freia as rodas dianteiras e as traseiras patinam à vontade) e câmbio automático de 10 marchas.

Retrovisor interno por câmera, herdado do Bolt, avanço notável.

FINALMENTE, Governo Federal desistiu de “enfeitar” as novas placas padrão Mercosul com bandeiras dos 26 Estados e brasões dos 5.570 municípios brasileiros.

Esses penduricalhos obrigariam o motorista a comprar outro par de placas ao adquirir um veículo registrado antes em outra cidade.

Haverá atraso na implantação do programa, mas no caso por boa causa.

APÓS comemorar cinco milhões de turbocompressores produzidos no Brasil, quase 80% para motores pesados a diesel, a BorgWarner espera que a sua linha mais recente para motores leves flex poderá ser impulsionada pelo programa Rota 2030, visando a diminuir consumo de combustível.

Este é um dos objetivos centrais e exigirá grande esforço adicional em pesquisa.

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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

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