Principal novidade da atualização do Renault Captur, o novo motor turbo TCe 1.3 flex foi desenvolvido pela aliança Renault-Nissan-Mitsubishi em parceria com a Daimler, tendo como características um alto torque em baixas rotações e baixo consumo de combustível., entregando principalmente destaque dinâmico na condução.
O propulsor turbo TCe 1.3 flex traz ainda tecnologias como a injeção direta central com 250 bar de pressão, turbocompressor com válvula wastegate eletrônica e duplo comando de válvulas variável com atuadores elétricos, buscando uma combustão otimizada com mais performance e economia de combustível.
O turbo TCe 1.3 flex é um motor global, que equipa modelos da alta gama em diversos países. Produzido na Espanha, esse propulsor rodou mais de 40 mil horas de testes no seu desenvolvimento, mais de 300 mil km de validação em condições extremas e já teve mais de 1,2 milhão de unidades produzidas em 2020.
Todo o desenvolvimento da versão flex ficou a cargo da equipe de engenheiros do RTA (Renault Tecnologia Américas), que fica no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR).
Entre as principais características do motor turbo TCe 1.3 flex estão:
• Turbocompressor: trabalha com a pressão máxima de 1.4 bar controlada com precisão pela wastegate comandada eletronicamente, que proporciona o torque máximo a 1.600 rpm. Com essa tecnologia, o motor ganha em agilidade, para responder melhor às variações de pressão na admissão.
• Cabeçote em formato delta: essa construção permite um tamanho mais compacto reduzindo massa, centro de gravidade mais baixo e auxiliando no controle térmico do motor. O coletor de escape integrado ao cabeçote proporciona uma melhor resposta do turbo, otimizando a curva de torque.
• Comando de válvulas: o duplo eixo do comando de válvulas no cabeçote tem temporização variável das válvulas de admissão e escape, comandada eletronicamente permitindo variação contínua dos ângulos de abertura e fechamento das válvulas. Além disso, o comando tem balancins roletados, que proporcionam redução de atrito.
• Tratamento DLC (Diamond-Light Carbon): utilizando nano tecnologia, os componentes móveis do cabeçote, anéis e pinos dos pistões receberam tratamento superficial (DLC).
• Bronzinas polímero-metálicas: aplicação de tratamento superficial de polímero para redução de atrito no sistema virabrequim-mancais e aumento da durabilidade.
• Injeção direta de combustível: a adoção de injetores centrais com pressão de 250 bar com design desenvolvido para o etanol (vazão, direção e tamanho de jato), com seis furos por injetor, garantem uma maior atomização do combustível, proporcionando maior torque e potência.
• Cilindros com BSC (Bore Spray Coating): o bloco de alumínio tem tratamento superficial inovador na parede dos cilindros, chamado de Bore Spray Coating (BCS). Isso permite troca térmica mais eficiente entre a câmara de combustão e a camisa d’água, reduzindo atrito com os anéis e pistões, além de um melhor controle da pré-detonação. Só esta medida já permite reduzir o consumo e as emissões em aproximadamente 1%. Essa tecnologia é utilizada com sucesso na Aliança no esportivo Nissan GT-R.
• Sonda lamba proporcional: analisa qualitativamente os gases, que permite controle mais preciso da qualidade da combustão assegurando a melhor performance em qualquer situação e de maneira mais rápida.
A transmissão também é nova na Renault, a CVT XTRONIC® tem foco no conforto, especialmente para grandes centros urbanos.
Um dos seus destaques é um software de gerenciamento que simula a troca de marchas no modo automático, sempre que o pedal do acelerador estiver solicitando a alta performance do motor.
Essa transmissão continuamente variável oferece a possibilidade de troca manual na alavanca de câmbio, simulando oito marchas. Ao motorista, cabe posicionar a manopla à esquerda para assumir o controle. A opção traz vantagem em performance, especialmente nas ultrapassagens e arrancadas, e vantagens em consumo de combustível onde é possível usar o freio-motor.
Entre as novidades do câmbio automático CVT XTRONIC® de oito marchas estão:
• Faixa de atuação do lock-up ampliada, reduzindo a sensação de deslizamento nas arrancadas, com máxima transferência do torque do motor para as rodas.
• Bomba de óleo de dimensões reduzidas e cárter com menor volume.
• Válvula de controle hidráulico de maior precisão.
• Corrente de menor largura, ampliando a relação de transmissão para acelerações mais vigorosas e menores rotações do motor em velocidades de cruzeiro.
• Novo óleo de baixa viscosidade, gerando menos atrito e um consumo de combustível menor.
Outra tecnologia aplicada para a redução do consumo de combustível é o sistema Start&Stop, que desliga o automóvel automaticamente em semáforo ou outras paradas prolongadas. Este moderno sistema, muito comum em carros topo de gama, garante uma economia de até 5% de combustível no trânsito urbano.
Para auxiliar ainda mais o condutor na economia de combustível e no monitoramento de suas viagens, a central multimídia Easy Link mantém as funções Eco Scoring e Eco Monitoring.
Toda a tecnologia embarcada no motor e câmbio do Captur TCe 1.3 turbo flex garantiram nota A no selo do programa brasileiro de etiquetagem do Inmetro.
Com gasolina, o consumo na estrada é de 12 km/l e na cidade de 11,1 km/l. Com etanol, o consumo é de 8,3 km/l no percurso rodoviário e 7,5 km/l no urbano.