A iniciativa que entrou em vigor nesse mês de junho pode ter vida curta e o prazo estipulado pelo governo, de durar cerca de quatro meses, pode ser encurtado para apenas 30 dias.
O motivo fica por conta da estimativa feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) de que o programa com desconto para compras de carros novos lançado pelo governo terá vida curta.
Pelas regras do programa o desconto varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos que custam R$ 120 mil de limite máximo. O melhor foi que as montadoras já reduziram valores em até R$ 10 mil.
O governo compensará as empresas por meio de créditos tributários, ou seja, permitirá que elas façam o abatimento desses valores em impostos a serem pagos.
Ao todo, o governo disponibilizou R$ 1,5 bilhão em créditos tributários. Desses, cerca de R$ 500 milhões são para automóveis populares. Assim que esses recursos acabarem, os descontos não poderão mais ser dados pelas montadoras.
Na semana passada, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estimou que cerca de 100 mil a 110 mil automóveis e comerciais leves deverão usufruir dos descontos, antes do esgotamento dos créditos tributários disponibilizados pelo Ministério da Fazenda.
As vendas de carros com desconto serão exclusivas para pessoas físicas nos primeiros 15 dias, prazo que pode ser prorrogado por até 60 dias, a depender da resposta do mercado. Depois disso, as empresas também poderão se beneficiar do programa.
“Isso deverá ocorrer em pouco mais de um mês, ou seja, bem antes dos 4 meses de prazo estipulado pela MP 1175”, informou a Anfavea, em nota.