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Especialista da FEI comenta qualidade dos asfaltos e como melhorá-los 

Felipe Cava, professor de Engenharia Civil, fala sobre regras a serem seguidas para que pavimentos sejam mais resistentes e população sofra menos com os buracos nas vias

Problema frequente nas vias brasileiras, os buracos muitas vezes surgem em decorrência de um fluxo excessivo nas ruas e remendos maus feitos. Os buracos geram grande estresse na população, além de danos em veículos que podem ter pneus furados ou problemas de suspensão. O professor de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Pe. Sabóia de Medeiros), Felipe Cava, comenta quais passos devem ser seguidos e explica algumas causas dos buracos.

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O professor explica que é possível aumentar a qualidade dos asfaltos. “A boa qualidade dos pavimentos asfálticos pode ser alcançada desde que 3 etapas sejam seguidas: dimensionamento dos pavimentos, escolha adequada dos materiais e uma boa execução. O dimensionamento dos pavimentos é essencial para garantir que a estrutura tenha uma espessura suficiente para atender ao volume de tráfego. A escolha dos materiais deve estar de acordo com as exigências do projeto, que são definidas durante a fase de dimensionamento. Por fim, a execução deve ser realizada com equipamentos de porte compatível com o projeto, além é claro de um bom controle tecnológico para que as especificações de projeto sejam atendidas. A negligência em uma dessas etapas acarretará uma falha prematura do pavimento e, consequentemente, o aparecimento de trincas, afundamentos e buracos.”

Além das 3 etapas descritas anteriormente, para que os consertos durem mais tempo, o docente da FEI explica que o monitoramento e a realização de manutenções são essenciais para prolongar a vida útil de estruturas de pavimentos. A realização de ensaios nos pavimentos para medir características funcionais e estruturais permite identificar as causas dos defeitos que aparecem na superfície dos pavimentos. Assim, ao longo do tempo, os dados coletados seriam importantes para alimentar um sistema de gerência de pavimentos, permitindo definir manutenções em momentos oportunos e com custos reduzidos.

O material que muitas vezes chamamos de asfalto é, na verdade, uma mistura asfáltica, isto é, a combinação de um ligante asfáltico com agregados em faixas de tamanho que são rigorosamente selecionadas.

Existem diferentes tipos de ligantes, cada um com um desempenho distinto. Como exemplo, podemos citar os ligantes convencionais e os modificados por polímeros ou por borracha de pneu moída. A adição dos polímeros ou da borracha resulta em um desempenho superior ao ligante convencional, melhorando diversas características do material asfáltico. Do mesmo modo, diferentes tamanhos de agregados podem ser selecionados para compor uma mistura asfáltica e, essa diferença também proporcionará um outro desempenho na mistura asfáltica. Ou seja, asfalto não é tudo igual.

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Por fim, cada local deveria receber uma mistura distinta em função da intensidade do tráfego, da espessura necessária e do clima da região. Por exemplo, as avenidas necessitam de uma mistura asfáltica diferente da que é colocada em ruas, devido à intensidade do tráfego. Ainda nesse mesmo raciocínio, regiões diferentes do Brasil, que apresentam climas diferentes, também precisarão de misturas asfálticas com características distintas.

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