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Iveco segue crescendo, apesar de cenário econômico desafiador

Conversei com Marcio Querichelli, presidente da Iveco Brasil para a América Latina. O executivo destaca os desafios que foram enfrentados no ano de 2023, as perspectivas para 2024 e o Programa Natural Power - GNV, Biometano, Elétricos e Hidrogênio.

Tarcisio Dias, gerente de conteúdo do Mecânica Online®, entrevista Márcio Querichelli, presidente da IVECO para a América Latina. O executivo destaca os desafios enfrentados no ano de 2023, as perspectivas para 2024 e o Programa Natural Power – GNV, Biometano, Elétricos e Hidrogênio.

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Durante coletiva de imprensa realizada em São Paulo, o presidente da Iveco fez uma retrospectiva do ano e como os resultados foram alcançados num cenário desafiador, enfrentado pelo segmento de transporte de cargas, fortemente impactado pela taxa de juros, baixa disponibilidade de crédito e entrada em vigor da fase de emissões Proconve P8 (também conhecida como Euro VI).

“O Brasil é um mercado de extrema importância para a IVECO. Tivemos um primeiro semestre extremamente complexo. A combinação dos produtos Euro VI, de custo mais alto, com a elevada taxa de juros e baixa disponibilidade de crédito acabou por travar o mercado de caminhões e segue sendo motivo de grande preocupação. Ainda assim, conseguimos mostrar resiliência e alcançar um resultado expressivo graças ao trabalho dos colaboradores, fornecedores e da nossa rede de concessionários”, destaca Márcio Querichelli, presidente da IVECO para a América Latina.

“Estamos investindo sempre. Trabalhamos em busca de novos caminhos para o transporte e continuamos fazendo a nossa parte. Acreditamos na redução da taxa Selic para os próximos meses. O Finame, linha de financiamento que no passado foi mecanismo propulsor das vendas de veículos comerciais pesados, pode voltar a ter um papel importante no setor. A intenção é que a linha do BNDES, aliada ao programa de renovação, ajude a destravar as vendas do segmento. Acreditamos muito no potencial do país e seguimos forte na missão de proporcionar o melhor TCO do mercado para os clientes”, afirmou Querichelli.

No segmento de veículos médios e semipesados, abrangendo modelos de 9 a 32 toneladas, a Iveco apresentou um crescimento expressivo no decorrer de 2023, com aumento na participação da linha Tector no segmento de caminhões médios.

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No segmento de pesados, após o lançamento do S-Way, a Iveco tem conquistado cada vez mais novos clientes. O “bruto” é o caminhão 100% conectado da marca, oferecendo novas tecnologias, conforto e alta eficiência de consumo de combustível. A empresa comercializou todas as 1.000 primeiras unidades produzidas em Sete Lagoas.

Nos últimos cinco anos, a Iveco contabiliza o dobro das vendas de veículos comerciais na região da América Latina, com salto em torno de 10 mil para 20 mil unidades, em 2023.

Outro ponto importante é foco total no cliente que a Iveco segue colocando nos negócios. A montadora acredita que a proximidade com os clientes é fundamental para entender suas necessidades e oferecer soluções personalizadas. Por isso, a montadora investe em iniciativas como o IVECO ON, uma plataforma digital que facilita a comunicação e o suporte aos clientes, e a expansão da linha NEXPRO, que oferece uma diversidade de componentes e acessórios originais destinadas a veículos da marca com mais de seis anos, com custos altamente competitivos.

Essas ações visam proporcionar uma experiência única no relacionamento entre cliente e marca, garantindo que suas demandas sejam atendidas de forma eficiente e satisfatória. O reflexo disso foi o crescimento sólido nas vendas totais de peças, com destaque para o aumento nas peças genuínas e também na linha NEXPRO.

Querichelli também revelou que está atualmente revisando o planejamento da fábrica em Sete Lagoas (MG) para atender à demanda prevista para 2024. A unidade passa por uma pausa desde outubro para ajustes e retomará as atividades em janeiro, operando em dois turnos. “Ao contrário de algumas operações concorrentes que pararam no primeiro semestre, continuamos em funcionamento. No entanto, a previsão inicial para o segundo semestre não se concretizou. Agora é hora de nos prepararmos para o próximo ano.”

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Em sintonia com as projeções da Anfavea, o presidente da Iveco antecipa um crescimento de mercado em torno de 10%, com uma inclinação positiva de até 15%.

Confira no vídeo a entrevista completa:

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