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Brasil: primeiro tímido passo rumo à ainda distante era do hidrogênio

Coluna Fernando Calmon nº 1.328 – 19/11/2024 – O hidrogênio apresenta várias vantagens, sendo sua abundância na natureza e a ausência de emissões de gás carbônico (CO₂), material particulado, monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio ou enxofre os principais destaques.

O único subproduto gerado pelo uso desse combustível de alta eficiência é o vapor d’água. Quando produzido a partir de fontes e/ou tecnologias renováveis, como hidrelétricas, energia eólica, solar, biomassa ou biogás, ele recebe o nome de hidrogênio verde (H₂V).

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Seu uso em automóveis e caminhões não é uma novidade, e já existem testes também em aviões. Em 1979, por exemplo, a BMW desenvolveu o primeiro sedã experimental movido a hidrogênio líquido, o 520, seguido do modelo 750 hL. Embora o projeto não tenha avançado na época, a marca alemã volta ao tema com o lançamento do iX5 Hydrogen previsto para 2028. A Toyota, por sua vez, tem sido mais persistente e já produz cerca de 2.000 unidades anuais do sedã Mirai. A Honda também investiu no segmento com o Clarity, cuja produção foi encerrada em 2021, mas há sinais de que ambas as marcas japonesas estão retomando os esforços nesse campo.

Apesar de iniciativas promissoras, os principais desafios permanecem: a produção de hidrogênio em larga escala e a criação de uma infraestrutura de abastecimento. Até mesmo os veículos elétricos ainda enfrentam problemas de cobertura de recarga, especialmente em estradas. Nesse aspecto, apenas a Noruega apresenta avanços significativos.

No Brasil, embora a era do hidrogênio ainda pareça distante, houve um avanço simbólico recente. No final de outubro, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) inaugurou um Centro de Hidrogênio Verde. Além de realizar pesquisas, a instituição iniciou a produção em escala simbólica, suficiente para atender, teoricamente, até 20 carros compactos por dia. O projeto contou com apoio financeiro do governo alemão e do Ministério de Minas e Energia, conforme explicou o reitor Edson Bortoni ao jornal O Estado de S. Paulo. O governo de Minas Gerais e a chinesa Great Wall Motors (GWM) também assinaram um memorando de entendimento para apoiar a tecnologia.

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Contudo, é importante destacar as limitações do hidrogênio. O armazenamento exige tanques ou cilindros capazes de suportar pressões de até 900 Bar (13.000 psi), o que equivale a quase 400 vezes a pressão de um pneu comum e 4,5 vezes a de um cilindro de GNV. Esse requisito impõe desafios consideráveis em termos de volume e peso, tanto para carros atuais quanto para os futuros.

Portanto, é necessário avançar com calma e cautela nesse novo horizonte energético.

Carde eleva o padrão dos museus de automóveis no Brasil – O Brasil ganhará um dos museus automotivos mais impressionantes em nível internacional. O Carde – Carro, Arte, Design e Educação será inaugurado no próximo dia 28, em Campos do Jordão (SP). Mais do que um espaço de exposição, o local destaca o automóvel como protagonista do desenvolvimento histórico, econômico, político e social do Brasil no século XX.

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A entrada do museu já impressiona: um estilizado cajueiro em metal serve de base para um raro Uirapuru, o charmoso cupê esportivo criado no Brasil em 1964, derivado do Brasinca 4200 GT. No Carde, o modelo recebeu pintura temática tribal assinada pelo artista Rudá Jenipapo.

O museu conta com nove salas temáticas que narram a evolução da mobilidade no Brasil, além de um grande salão superior com um sistema rotativo de exposição de veículos. O acervo, com cerca de 500 automóveis, inclui modelos adquiridos no Brasil e no exterior, além de veículos repatriados, como um McLaren GTR.

Parte significativa do acervo pertencia ao saudoso colecionador Og Pozzoli, falecido em 2017. Sua coleção foi adquirida em 2018 por Lia Maria Aguiar, que a doou para a fundação que leva seu nome.

O ingresso custará R$ 120 e o museu estará aberto de quinta a segunda-feira.

BMW X2 M35i entrega performance digna da linha M – O menor SUV cupê da BMW ganhou um reforço de peso com a versão M35i, que combina desempenho, tecnologia e design esportivo. Equipado com um motor 2.0 turbo de quatro cilindros, que entrega 317 cv e 40,8 kgf·m de torque, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em apenas 5,4 segundos. A tração integral e o câmbio automático de sete marchas com duas embreagens completam o conjunto mecânico.

Em um primeiro contato no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu (SP), o X2 M35i demonstrou excelente comportamento dinâmico, mesmo em condições de pista molhada. A suspensão adaptativa e os modos de condução ajustáveis garantem uma experiência esportiva, mesmo para um SUV de centro de gravidade elevado.

O modelo custa R$ 512.950 e traz acabamentos internos em camurça Alcantara, rodas de 21 polegadas e o pacote M Sport Pro. Entre as novidades tecnológicas, destaca-se a melhoria no sistema de destravamento por celular ou smartwatch, que agora dispensa aproximação física.

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