Tecnologias emergentes como veículos autônomos, metaverso e 5G enfrentaram desafios em 2024, sendo listadas entre as maiores decepções tecnológicas do ano em levantamento do TEC Institute e MIT Technology Review Brasil.
A expectativa era alta para as tecnologias emergentes em 2024. Inovações como inteligência artificial generativa, computação quântica e realidade aumentada prometiam transformar mercados e o cotidiano. No entanto, segundo um estudo realizado pelo TEC Institute em parceria com a MIT Technology Review Brasil, muitas dessas tecnologias enfrentaram dificuldades significativas, limitando seu impacto e os avanços projetados.
Entre os destaques negativos está o metaverso da Meta, que sofreu com baixa adesão de usuários, obstáculos técnicos e regulatórios, resultando em um desempenho muito abaixo do esperado. O setor de veículos autônomos também decepcionou, com incidentes de segurança e atrasos regulatórios que limitaram a implementação de carros totalmente autônomos por empresas como Tesla e Waymo.
A computação quântica, apesar de promessas ambiciosas, continua enfrentando dificuldades para demonstrar aplicações práticas em grande escala, frustrando investidores e o mercado. Já o 5G, esperado como uma revolução nas telecomunicações, viu sua adoção global limitada por custos elevados de infraestrutura e desafios técnicos.
Outro ponto sensível foi a inteligência artificial ética, que apresentou problemas de viés e discriminação em sistemas, levantando debates sobre a necessidade de maior regulamentação. Criptomoedas, apesar de uma valorização expressiva em alguns casos, permaneceram restritas a um nicho, enquanto questões de segurança cibernética voltaram ao centro das atenções após grandes empresas sofrerem ataques.
O levantamento destacou ainda a frustração com o Apple Vision Pro, que apesar de inovações em realidade aumentada e virtual, enfrentou críticas pelo alto custo e acessibilidade limitada. A tecnologia de reconhecimento facial também teve retrocessos, com preocupações éticas e regulatórias prejudicando sua implementação.
Segundo André Miceli, CEO da MIT Technology Review Brasil, os resultados do estudo refletem o descompasso entre expectativas e realidade: “O impacto e a adoção dessas tecnologias ficaram muito abaixo do projetado, o que resultou em grandes lacunas”.
Apesar das dificuldades, o cenário para 2025 pode mudar, especialmente para criptomoedas e tecnologias relacionadas à descarbonização, dependendo de novas políticas globais. Resta aguardar se as inovações conseguirão superar as barreiras e cumprir seu potencial transformador.