Na linha 2026, a Volkswagen retira os modelos Virtus, T-Cross e Nivus do programa “revisões de série”, que garantia as três primeiras manutenções gratuitas — mesmo em versões mais caras.
A decisão da Volkswagen impacta diretamente os consumidores que buscam menor custo de pós-venda na hora da compra de um carro novo. O benefício das revisões gratuitas, que incluía trocas preventivas e atualizações de software, agora está restrito aos modelos Jetta, Taos e Tiguan, e apenas nas versões 2025. O Polo, vale lembrar, já havia sido retirado da ação desde o ano passado.
As revisões de série da marca ofereciam, sem custo, os três primeiros serviços recomendados pela montadora, realizados com intervalos de 10.000 km ou 12 meses — o que ocorresse primeiro. Contudo, a gratuidade depende do cumprimento rigoroso desse cronograma. Caso o prazo seja ultrapassado, o cliente perde o benefício.
O programa, apesar de atrativo, não inclui itens de desgaste natural, como filtro de óleo, fluido de freio, pastilhas e velas de ignição. Esses componentes, que sofrem desgaste com o uso, continuam sendo cobrados à parte nas manutenções.
Entre os modelos agora excluídos, estavam disponíveis condições diferenciadas até a linha 2025. No caso do Nivus, apenas as versões Comfortline e Highline contavam com as revisões gratuitas — ficando a versão de entrada Sense de fora. O mesmo ocorria com o T-Cross 2025, que oferecia o benefício nas versões 200 TSI, Comfortline e Highline.
No Virtus, o benefício se limitava às versões Highline e Exclusive, com Sense e Comfortline fora da política de gratuidade. Mesmo assim, agora, nenhuma versão desses modelos contará com o programa na linha 2026.
Os únicos modelos que ainda mantêm as três primeiras revisões gratuitas são os médios e grandes da gama, como o sedã Jetta, o SUV médio Taos e o SUV grande Tiguan — e somente enquanto ainda estiverem sendo comercializados como linha 2025.
A mudança ocorre num momento estratégico: todos os modelos que ainda contam com o benefício gratuito estão próximos de atualizações ou reestilizações, o que pode indicar uma reformulação completa das condições comerciais futuras.
A remoção do benefício pode ter impacto direto nas decisões de compra, especialmente para clientes que valorizam a previsibilidade e o custo-benefício no pós-venda. Vale lembrar que o custo médio das três primeiras revisões em modelos compactos da Volkswagen gira em torno de R$ 2.500 a R$ 3.500, dependendo da versão e região.
Enquanto outras marcas buscam ganhar mercado oferecendo pacotes de manutenção gratuita ou estendida, a Volkswagen segue no caminho oposto, o que pode prejudicar sua competitividade em um mercado cada vez mais sensível ao custo total de propriedade.
A estratégia levanta questionamentos: a montadora realmente está comprometida com a fidelização do cliente? Ou está mais preocupada em cortar custos mesmo que isso signifique sacrificar benefícios já consolidados e valorizados?