A compra do carro próprio continua sendo o sonho de muitos brasileiros, mas os altos preços dos modelos novos e o custo do financiamento têm levado cada vez mais consumidores a considerarem a assinatura de veículos como alternativa. A decisão, no entanto, depende do perfil de uso e das prioridades de cada motorista.
Segundo dados da Jato Dynamics, o valor médio de um carro 0 km no Brasil ultrapassou os R$ 140 mil em 2024, enquanto o modelo de entrada mais barato, o Citroën C3, parte de R$ 73.490. A isso se soma a taxa Selic, que em maio de 2025 chegou a 14,75%, encarecendo significativamente o crédito automotivo.
Neste contexto, os serviços de assinatura ganham destaque. De acordo com a ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), 26% dos veículos 0 km emplacados no Brasil no último ano vieram de locadoras, com mais de 649 mil unidades adicionadas à frota.
A modalidade de assinatura oferece planos mensais, trimestrais ou anuais, e costuma incluir IPVA, seguro, licenciamento, manutenção preventiva, assistência 24 horas e carro reserva — fatores que reduzem a burocracia e aumentam a previsibilidade de gastos.
De acordo com Luiz Bonini, Diretor de Crescimento da Turbi, quarta maior locadora B2C do país, a assinatura é vantajosa principalmente para quem busca flexibilidade e praticidade. “Esse modelo atende melhor motoristas em transição de cidade, com mudanças de emprego ou que gostam de experimentar diferentes modelos de carro”, afirma o executivo.
Além disso, um estudo recente do BTG Pactual revelou que a assinatura pode ser até 40% mais barata que um financiamento e 14% mais econômica que a compra à vista, considerando todos os custos embutidos.
Por outro lado, a compra ainda é o melhor caminho para quem utiliza o carro diariamente e busca estabilidade no longo prazo. Neste cenário, o seminovo aparece como solução intermediária, oferecendo veículos com baixa quilometragem, garantia de fábrica e menor depreciação.
A Turbi, que também atua na venda de seminovos, oferece modelos com cerca de 30 mil km rodados e pouco mais de um ano de uso, todos com histórico de manutenção completo e laudo cautelar, garantindo procedência e segurança para o comprador.
A escolha entre assinar ou comprar depende essencialmente do momento de vida, disponibilidade financeira e da forma como cada pessoa utiliza o carro. Quem preza por liberdade, comodidade e controle de gastos pode se beneficiar da assinatura. Já quem valoriza patrimônio e estabilidade tende a preferir a compra.
Independentemente da decisão, a recomendação é analisar cuidadosamente os custos totais, o uso pretendido do veículo e o impacto no orçamento pessoal. Comparar as ofertas e simular os diferentes cenários pode fazer toda a diferença na hora de escolher a melhor opção de mobilidade.
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Assinatura de veículos – Modalidade de aluguel de longo prazo com serviços inclusos (manutenção, seguro, impostos), ideal para quem busca flexibilidade e previsibilidade de gastos.
Seminovo – Veículo com pouco tempo de uso e baixa quilometragem, que já sofreu parte da depreciação e pode representar melhor custo-benefício que um modelo 0 km.
Selic – Taxa básica de juros da economia brasileira. Quando está alta, encarece o crédito, como os financiamentos de automóveis.
Depreciação veicular – Perda de valor do veículo com o tempo, influenciada por idade, quilometragem, estado de conservação e demanda de mercado.
