A gasolina premium oferece benefícios de durabilidade e combustão mais limpa, mas seu uso só traz ganhos perceptíveis em motores importados de alta compressão ou turbo. Em carros populares flex fuel, a diferença frente à gasolina comum é mínima, embora a versão premium ajude a reduzir resíduos e preservar componentes como velas e sondas lambda.
O aumento da oferta de combustíveis premium nos postos brasileiros desperta curiosidade entre motoristas que buscam mais desempenho e durabilidade para seus veículos. A dúvida recorrente é se realmente vale a pena abastecer carros populares com esse tipo de combustível, já que a resposta depende do tipo de motor, da calibração do veículo e das expectativas do condutor.
Nos modelos flex fuel, a diferença entre gasolina comum e premium é mínima, pois esses motores são ajustados para o combustível nacional, com cerca de 93 RON e até 30% de etanol. Nesse caso, a gasolina premium não proporciona ganhos perceptíveis de potência ou consumo, embora sua formulação mais pura reduza a formação de resíduos e favoreça uma combustão mais limpa. Já nos veículos importados, equipados com motores apenas a gasolina e maior taxa de compressão ou turbo, a octanagem mais alta da versão premium, que pode chegar a 102 RON, garante funcionamento mais eficiente e evita a chamada batida de pino.
O uso contínuo de combustíveis comuns de baixa qualidade pode causar acúmulo de depósitos de carbono, aumentando o consumo e acelerando o desgaste das peças. Mesmo que o motorista não perceba diferença imediata no desempenho, o uso prolongado da gasolina premium tende a preservar o motor em melhor estado. Nesse contexto, a NGK, marca da Niterra especializada em sistemas de ignição, destaca como a qualidade do combustível influencia diretamente o funcionamento do motor.
O combustível premium contém menos etanol anidro (E25) que a gasolina comum (E27–E30), o que faz o sistema eletrônico do motor ajustar a mistura ar/combustível de forma mais precisa. Isso pode gerar ligeira melhora no consumo e uma combustão mais estável, especialmente em trajetos rodoviários. Além disso, por ser mais puro e sofrer menos adulterações, o premium mantém a sonda lambda limpa por mais tempo, favorecendo a leitura correta da mistura e garantindo que o motor opere sempre na faixa ideal de eficiência.
Já combustíveis de má qualidade, com excesso de etanol, solventes ou impurezas, podem contaminar a sonda lambda e os bicos injetores, alterando a leitura da mistura ar/combustível. Isso provoca falhas na aceleração, aumento nas emissões de poluentes, elevação do consumo e até danos ao catalisador, que perde eficiência e pode exigir substituição antecipada.
Enquanto o uso de gasolina comum de boa procedência é suficiente para carros flex, o combustível premium oferece benefícios de durabilidade, como menor formação de resíduos, maior resistência à oxidação e proteção extra em períodos longos de inatividade. Veículos que ficam muito tempo parados — como os usados apenas em viagens ou colecionáveis — se beneficiam da maior estabilidade química da gasolina premium, que reduz a degradação do combustível e facilita a partida mesmo após semanas sem uso.
A gasolina de má qualidade acelera a formação de depósitos de carbono nas válvulas e nas velas de ignição, reduz a eficiência da queima e aumenta o risco de entupimento de bicos injetores. O resultado é perda de desempenho, maior consumo e necessidade de manutenção mais frequente. Em casos extremos, o combustível adulterado pode comprometer o funcionamento da bomba de combustível e dos sensores do sistema de injeção.
Um dos usos mais vantajosos da gasolina premium é no reservatório de partida a frio (tanquinho) dos veículos flex fuel mais antigos. Devido à sua maior durabilidade e resistência à evaporação, o combustível premium evita falhas na partida e o entupimento do sistema. Como o volume utilizado é pequeno, o custo adicional é baixo, mas o benefício em confiabilidade é alto.
O uso de gasolina comum de má procedência nesse reservatório, por outro lado, pode causar a degradação prematura do combustível, formação de goma e entupimento de dutos, dificultando a partida em dias frios. Com o tempo, o sistema pode apresentar corrosão e exigir limpeza ou substituição de componentes.
Em casos em que o uso de combustíveis de má qualidade resulta em falhas ou necessidade de substituição de componentes, como velas de ignição, cabos, bobinas e sensores, incluindo a sonda lambda, a Niterra disponibiliza no mercado de reposição uma linha completa de produtos NGK e NTK. Esses componentes são desenvolvidos com a mesma tecnologia aplicada no fornecimento original às montadoras, garantindo desempenho, durabilidade e confiabilidade do sistema de ignição e controle do motor.
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O termo octanagem (RON) indica a resistência do combustível à detonação espontânea no motor, sendo essencial para motores de alta compressão.
A sonda lambda é um sensor que mede a proporção ar/combustível, garantindo que o motor opere na faixa ideal de eficiência.
O conceito de batida de pino refere-se à detonação irregular da mistura, que pode causar danos sérios ao motor.
