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Máquinas e equipamentos caminham para o equilíbrio na balança comercial

Com o mercado interno contraído, o faturamento do setor de bens de capital mecânicos continua em expansão graças ao aumento expressivo das exportações, da ordem de 31% .

Esta é a avaliação do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Carlos Delben Leite, ao analisar os indicadores econômicos dos primeiros cinco meses deste ano, em relação a idêntico período do ano anterior.

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No acumulado até maio, o crescimento de 7,8% do faturamento nominal foi impulsionado pelas vendas externas, que passaram a ter mais de 40% de participação no movimento do setor, enquanto no mesmo período do ano passado a participação era de 26%.

O setor de bens de capital mecânicos faturou um total de R$ 13,8 bilhões no período de 2003, contra R$ 12,8 bilhões em 2002, enquanto as vendas externas alcançaram US$ 1,8 bilhão de janeiro a maio de 2003, contra US$ 1,4 bilhão nesse período de 2002.

Ao mesmo tempo, as importações brasileiras caíram 11,8%, passando de US$ 2,6 bilhões, de janeiro a maio de 2002, para US$ 2,3 bilhões no mesmo período de 2003.

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Nesse sentido, o item máquinas e equipamentos reduz pela primeira vez o déficit na balança comercial, que está em US$ 483 milhões, contra US$ 1,2 bilhão em igual período do ano passado.

“Com o aumento das exportações e a queda das importações brasileiras de máquinas e equipamentos no período, comportamento que tem sido constante nos últimos meses, podemos afirmar que o item máquinas e equipamentos caminha para o equilíbrio na balança comercial”, disse o dirigente empresarial.

A Argentina mantém o terceiro lugar no ranking do mercado externo, com um aumento de 192% nas vendas no período em relação ao ano passado.

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A balança comercial com os Estados Unidos também tende a ser superavitária, uma vez que foram importados US$ 617 milhões desse país e exportados US$ 607 milhões de máquinas e equipamentos para o mercado norte-americano.

Os pedidos em carteira continuam apresentando queda no período (-2,9%), enquanto o nível de utilização da capacidade instalada de 76,26% está com uma variação de 1,5% inferior à média do ano passado.

“Os dados do setor indicam que ainda estamos com queda nos pedidos em carteira. Mas já era esperado que isso acontecesse, em face da turbulência verificada no final do ano passado e começo deste ano. Contudo, acreditamos que a expectativa de um novo panorama da economia brasileira deverá contribuir para a reversão desse quadro”, afirma Delben Leite.

Na opinião de Delben Leite, a reversão das expectativas da economia brasileira somente será possível com o estímulo aos investimentos, “de forma bastante agressiva, para que se crie um ambiente de crescimento econômico. As diretrizes de políticas econômicas anunciadas pelo governo precisam – segundo o presidente da Abimaq – ser transformadas em propostas definitivas e com isso o País ganha condições de voltar a crescer de forma saudável. O crescimento do investimento é a única maneira de promover o crescimento do consumo sem a criação de tensões inflacionárias”, explica Delben Leite.

Os indicadores da Abimaq apontam ainda que o número de empregados mantém-se estável, uma vez que o setor empregou até maio de 2003 um total de 178.041 trabalhadores contra 177.928 trabalhadores no mesmo período de 2002, o que representa uma ligeira elevação de 0,1%.

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